segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O México faz a “lição de casa”: salário-mínimo de R$ 10,75 por dia, R$ 323 mensais

11 de agosto de 2014 | 16:14 Autor: Fernando Brito
sueldo
O sempre atento Mauro Santayanna traz informações muito interessantes para os que apontam o México e sua aliança com os Estados Unidos como exemplo.
Aliás, Robert Rennhack, diretor do Fundo Monetário Internacional para as Américas, acaba de fazer os mais rasgados elogios ao processo de “reformas” que vem sendo implantado no país, embora até a mais impiedosa instituição financeira do mundo moderno veja a necessidade de “políticas de inclusão social” no país.
O México está longe de ser uma economia pequena e pobre. É o segundo maior PIB da América Latina, maso o salário mínimo no país que é  exemplo dos neoliberais, está em 10,75 reais.
É o sonho de Armínio Fraga, protoministro da Fazenda de Aécio Neves.
Só que, ao contrário do Brasil, nunca rompeu, mesmo em parte, com o neoliberalismo.
Mas nãos se escandalize com este valor lá, achando que seria impensável aqui.
Se o salário mínimo deixado por Fernando Henrique Cardoso tivesse sido corrigido apenas pela inflação, seria hoje de R$ 364 reais.
É o “padrão” México.
Um aviso para quem anda achando que pode voltar ao passado.

Aliança do Pacífico: Salário Mínimo do México está abaixo da linha da pobreza

Mauro Santayanna
Para os que adoram citar as “maravilhas” da Aliança do Pacífico, o México, que, nunca é demais lembrar, cresceu a metade do Brasil no ano passado, é o único país da América Latina em que o salário mínimo está situado abaixo da linha de pobreza. A informação é da CEPAL, que fez um estudo sobre a base de remuneração vigente nos países da região e sua influência no combate à desigualdade.  
As principais conclusões do estudo são que, em países como a Argentina, o Brasil, o Chile e o Uruguai, salários mínimos mais fortes, aumentados progressivamente, além de não prejudicar a criação de empregos, melhoram a distribuição de renda, fortalecem o consumo e o mercado interno, combatem a desigualdade e aumentam a formalização dos trabalhadores.
O levantamento também mostra que a Costa Rica é o país que está melhor nesse aspecto, com um salário mínimo equivalente a 3,18 vezes a renda que equivale à 
linha de pobreza, e o México, o que está pior, com um salário mínimo um pouco abaixo da linha de pobreza.
Comentando as conclusões da CEPAL, Miguel Angel Mancera, que chefia o executivo da Cidade do México, afirmou que o país,  no qual a maior parte dos trabalhadores se encontra na informalidade,  está vivendo “um novo processo de precarização do emprego”, e José Narro, reitor da UNAM, Universidade Nacional Autônoma do México,  lembrou que “é preciso aprofundar a distribuição da riqueza e equilibrar a macro e a micro economia, com a participação de todos os setores sociais, para combater a desigualdade e a pobreza”. 
Para quem acha que a situação está muito ruim no Brasil, um deputado federal ganha, por mês, 148.446 pesos no México, e um trabalhador que ganha salário mínimo  – omeme que ilustra o post é do ano passado - recebe, atualizados, na área geográfica “A”, 67.29 pesos, e, na área geográfica “B”, 63.77, ou, no câmbio de ontem, 10.99 reais por dia. E depois dizem que os escravos estão na China.
fonte: TIJOLAÇO

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