quinta-feira, 7 de agosto de 2014

“Gambiarra-2″ de Alckmin começa a sugar Atibainha na semana que vem

6 de agosto de 2014 | 19:48 Autor: Fernando Brito
curvadaseca
Enquanto os jornais divulgam o “la garantía soy yo” de Geraldo Alckmin de que não faltará água em São Paulo, debaixo do nariz de todos eles os fatos vão acontecendo.
Semana que vem acaba a água disponível por gravidade na represa do Atibainha – que em abril estava em 50% de seu nível máximo.
Restavam, hoje cedo, 9 bilhões de litros lá, acima do nível de saída normal. Meio metro de água, se preferirem.
Que estão sendo drenados à razão cerca de 900 mil litros por dia, enquanto caiu à metade a retirada do  Jacareí, que ainda assim continua baixando e só tenha mais 33 bilhões dos 104 bilhões de litros de suas águas de fundo.
Do Atibainha, espera-se tirar pelas bombas 78 bilhões de litros.
Desta vez, por conta da lei eleitoral, seremos poupados da cena constrangedora de ver o governador do Estado inaugurando a “Gambiarra-2″.
Os ambientalistas que acordem, porque a água do Atibainha é conhecida pela quantidade de algas. É só lembrar como pegaram o tal Mizael Bispo justamente por tê-las nos sapatos.
Quem já anda achando a água esbranquiçada, quando volta às torneiras, por excesso de cloro, vai ver sair “leite” delas.
Reproduzo lá em cima um gráfico, que tomo emprestado de um dos leitores do Nassif, que o elaborou em maio.
Ele considera o volume de água na hipótese de que, a partir de novembro, as chuvas voltem à normalidade, sendo de 80% da média. E é até generoso, porque considera um “volume morto” de  196 bilhões de litros, mais do que a Sabesp hoje estima: 182 bilhões de litros.
Ou seja, se tudo correr muito bem, como todos esperamos, São Paulo entrará no período seco de 2015 com zero, em lugar dos 10% com que entrou este ano.
Mas isso é o sonho das noites de inverno de Alckmin.
Como a curva toca o ponto mínimo, qualquer período sem pouca chuva que seja faz a corda balançar.
Talvez com alguém na ponta.

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