domingo, 30 de junho de 2013

BRASIL É TETRA DA COPA DAS CONFEDERAÇÕES - É FESTA - AGORA IMAGINE SE ELE TIVESSE PERDIDO CEDO O QUE A MÍDIA GOLPISTA NÃO IRIA FALAR


BOA FELIPÃO!!!!


Em um raro momento que perdeu o bom humor, no seu encontro com os jornalistas depois da conquista da Copa das Confederações, o técnico Luiz Felipe Scolari se irritou com a pergunta de um jornalista inglês e o criticou duramente: "Antes de falar mal do meu país, olhe para o seu".
Tariq Panja, da Bloomberg, questionou o técnico sobre o contraste entre a alegria dentro do Maracanã e os protestos fora do estádio, reprimidos pela polícia. "Um amigo comentou que havia policiais em número suficiente para invadir o Paraguai." De pronto, Felipão disse: "Não vou responder".

Mas emendou: "Aos ingleses, eu gostaria de perguntar: o que aconteceu lá antes dos Jogos Olímpicos?" A referência era às manifestações ocorridas em Londres por causa dos gastos com o evento.

O tom nacionalista do técnico reapareceu, mas em chave bem-humorada, em várias respostas sobre o papel do público na conquista da seleção. "O que estivemos vendo é muito bonito, gente. É assim que precisamos agir, não só no futebol como na vida".

O técnico também observou: "A nossa equipe hoje representa os anseios do povo brasileiro. É isso que queremos: representar o povo na nossa área. Na outra (a política), não podemos".

FONTE: http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2013/06/30/antes-de-falar-mal-do-meu-pais-olhe-para-o-seu-diz-felipao-a-jornalista-ingles.htm

Protestos: não confie na grande mídia


sábado, 29 de junho de 2013

Plebiscito pode economizar bilhões

Paulo Moreira Leite
Desde janeiro de 2013, é diretor da ISTOÉ em Brasília. Dirigiu a Época e foi redator chefe da VEJA, correspondente em Paris e em Washington. É autor dos livros A Mulher que era o General da Casa e O Outro Lado do Mensalão.

Plebiscito pode economizar bilhões

Em minha humilde ignorância, confesso que não entendo quem diz que o plebiscito sobre reforma política pode custar caro demais. Meio bilhão, disse alguém.


Até ministros do STF tocaram neste assunto.
Data Venia, eu acho estranho.
 
Falar em meio bilhão ou até mais é falar de uma pechincha.
 
Nós sabemos que o Brasil tem um dos sistemas eleitorais mais caros do mundo. Isso porque é um sistema privado, em que empresas particulares disputam o direito de alugar os poderes públicos para defender seus interesses em troca de apoio para seus votos. As estimativas de gastos totais – é disso que estamos falando -- com campanhas eleitorais superam, com facilidade, meio bilhão de reais. São gastos que ocorrem de quatro em quatro anos, aos quais deve-se acrescentar uma soma imponderável, o caixa 2. Sem ser malévolo demais, não custa recordar que cada centavo investido em campanha é recuperado, com juros, ao longo do governo. Quem paga, mais uma vez, é o contribuinte. 
 
O debate não é apenas este, porém.  
 
Um plebiscito pode dar um impulso decisivo para o país construir um sistema de financiamento público, em que os recursos do Estado são empregados para sustentar a democracia – e não negócios privados.
 
Explico. Nos dias de hoje, o limite dos gastos eleitorais é dado pelo volume dos interesses em jogo. Falando de um país com um PIB na casa do trilhão e uma coleção de interesses que giram em torno do Estado na mesma proporção, você pode imaginar o que está em jogo a cada eleição.
 
Bancos contribuem com muito. Empreiteiras e grandes corporações, também. Como a economia não é feita por anjos nem a política encenada por querubins, o saldo é uma dança milionária na campanha. Troca-se o dinheiro da campanha pelo favor do governo. Experimente telefonar para o gabinete de um simples deputado e pedir para ser atendido. Não passará do cidadão que atender o telefone e anotar o recado, certo?
 
Mas dê um milhão de reais para a campanha deste deputado e conte no relógio os segundos que irá esperar para ouvir sua voz ao telefone. Não é humano. É político.
 
Não venha me falar que isso acontece porque o brasileiro está precisando tomar lições de moral na escola e falta colocar corruptos na cadeia em regime de prisão perpétua.
 
O sistema eleitoral norte-americano é privado, os poderes públicos são alugados por empresas de lobistas e muito daquilo que hoje se faz por baixo do pano, no Brasil, pode-se fazer às claras nos EUA.
 
A essência não muda, porém. Empresas privadas conseguiram impedir uma reforma do sistema de saúde que pudesse atender à maioria da população a partir de uma intervenção maior do Estado, como acontece na Europa. Por causa disso, os norte-americanos pagam por uma saúde mais cara e muito menos eficiente em comparação com países de desenvolvimento semelhante.
 
A força do dinheiro privado nos meios políticos explica até determinadas aventuras militares, estimulando investimentos desnecessários e nocivos ao país e mesmo para a humanidade.
 
Só para lembrar: na Guerra do Iraque, que fez pelo menos 200.000 mortos, George W. Bush beneficiava, entre outros, interesses dos lobistas privados do petróleo, negocio dos amigos de sua família, e de empresas militares, atividade do vice Dick Cheney.
 
Essa é a questão. A reforma política poderá consumar a necessária separação entre dinheiro e política, ao criar um sistema de contribuição pública exclusiva para campanhas eleitorais, ponto decisivo para uma política feita a partir de ideias, visões de mundo, valores e propostas – em vez de interesses encobertos e fortunas de bastidor.
 
Pense na agenda do país para os próximos anos. Os interesses privados, mais do que nunca, estarão cruzados no debate público. Avançando sobre parcelas cada vez maiores da classe média e dos trabalhadores, os planos privados de saúde só podem sobreviver com subsídios cada vez maiores do Estado. O mesmo se pode dizer de escolas privadas.
 
Não se trata, é obvio, de uma batalha fácil. Não faltam lobistas privados para chamar o financiamento público de gigantismo populista e adjetivos do gênero. Eles não querem, na verdade, perder a chance de votar muitas vezes. No dia em que vão à urna, como eu e você. No resto do mandato dos eleitos, quando pedem a recompensa por seus favores.
 
Com este dinheiro, eles garantem um privilégio. Impedem a construção de um país onde cada eleitor vale um voto.
 
Os 513 congressistas que irão debater a reforma política são filhos do esquema atual. Todos têm seus compromissos com o passado e muitos se beneficiam das receitas privadas de campanha para construir um patrimônio pessoal invejável. As célebres “sobras de campanha” estão na origem de muitas fortunas de tantos partidos, não é mesmo?
 
O plebiscito é um caminho para se mudar isso. Permitirá um debate esclarecedor a esse respeito. Caso o financiamento público seja aprovado, colocará a opinião da população na mão dos deputados que vão esclarecer a reforma.
 

Argentinos fazem piada com a mídia brasileira


sexta-feira, 28 de junho de 2013

Nota: São fantasiosas as informações publicadas nesta sexta-feira pela Folha de S.Paulo


São fantasiosas, sem qualquer base real, as opiniões que me foram atribuídas pela Folha de S.Paulo, em matéria publicada hoje na página 4 do jornal. Não fiz qualquer crítica nem em público, nem em privado à atuação da presidenta Dilma Rousseff nos recentes episódios. Ao contrário, minha convicção é de que a companheira Dilma vem liderando o governo e o país com grande competência e firmeza, ouvindo a voz das ruas, construindo soluções e abrindo caminhos para que o Brasil avance, nossa democracia se fortaleça e o processo de inclusão social se consolide.
Em particular, a presidenta mostrou extraordinária sensibilidade ao propor a convocação de um plebiscito sobre a reforma política. A iniciativa tem o mérito de romper o impasse nessa questão decisiva, que há décadas vem entrando e saindo da agenda nacional, sem lograr mudanças significativas. Ouvindo o povo, nosso sistema político poderá se renovar e aperfeiçoar. É o que se espera dele.
Luiz Inácio Lula da Silva

400.000 PESSOAS CONTAMINADAS POR AGROTÓXICOS ANUALMENTE NO BRASIL

quinta-feira, 27 de junho de 2013

HOSPITAL REGIONAL DE MAU A PIOR - ESTÁ TERCEIRIZANDO TRABALHO ATRAVÉS DE COOPERATIVA ONDE NÃO EXISTE DIREITO DO TRABALHADOR


Nada pode ser tão ruim que não possa piorar, Cid não fez concurso público, apenas uma seleção, ao menos os empregados tinham direitos, agora o Hospital Regional Norte está inovando, ou piorando para os trabalhadores, terceirizando o serviço com o uso de cooperativa, como os garis, veja matéria da TV VERDES MARES pior que tudo isso é ter um prefeito que se diz do PT, era para já ter acabado com essa pouca vergonha, afinal o coitado que ganha 1 salário mínimo, está no fundo do poço, merece mais respeito e não custa nada pra prefeitura que arrecada milhões, lamentável que isso ocorra na nossa cidade.
O QUE É SER COOPERADO EM SOBRAL - BRILHANTE IDEIA DE CID QUE VEVEU NÃO FAZ NADA!
 MATÉRIA POSTADA EM 2011- VERDES MARES


CQC LEMBRA DO MENSALÃO DO PSDB


Entra na pauta o mensalão do PSDB


No vídeo, o CQC lembra dos 16 anos de Mensalão Tucano e estraga a festa do PSDB

MUITO BEM!! LEMBRARAM DA CÂMARA MUNICIPAL DE SOBRAL, ONDE PRATICAMENTE NÃO EXISTE OPOSIÇÃO - FRANCISQUINHA DO TORTO FICA SOZINHA NA OPOSIÇÃO

NO MOVIMENTO TINHA UMA PESSOA TRAJADO DE CALANGO, SEGUNDO UM PARTICIPANTE O ATO ERA UMA CRÍTICA  ALGUNS VEREADORES DA CÂMARA MUNICIPAL DE SOBRAL.

Tucanos querem por voto do
povo no cabresto com referendo

26 de Jun de 2013 | 23:34
Os líderes tucanos, com Aécio à frente, estão em desespero com o plebiscito que será proposto  na segunda-feira pela Presidenta Dilma Rousseff para se realizar  já em  agosto.
Não querem que o povo possa decidir sobre cada ponto do fim dos privilégios e do abuso do poder econômico nas eleições.
Querem trocar o plebiscito por um referendo.
Diferença?
No primeiro, o povo decide o que quer e o Congresso tem de seguir a decisão popular.
No referendo, o Congresso decide e o povo só diz “sim” ou “não”.
Aecinho diz que plebiscito é  uma “construção muito complexa”.
“Essa é a responsabilidade do Congresso”, afirmou.
Senador Aécio, como assim? Plebiscito é muito complexo para o povo? Dizer amém é mais simples?
E Álvaro Dias ainda acrescenta que a proposta de referendo  ”é mais adequada porque teremos eleições. Poderíamos aproveitar as eleições de 2014 para esse referendo. Eu indago quanto custaria um plebiscito agora”.
Ó senador, será, está preocupado em economizar com voto popular?
Os senhores vão reformar o quê, cortando na própria carne?
Nadica de nada, como diz o outro.
Nunca fizeram, vão fazer agora?
Por: Fernando Brito

SEGUNDO O BRASIL 24/7

247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula intensificou os encontros com os movimentos sociais mais próximos do PT para tratar da onda de protestos. A mensagem passada surpreendeu os jovens de grupos como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a União da Juventude Socialista (UJS), o Levante Popular da Juventude e o Conselho Nacional da Juventude (Conjuve). Em vez de pedir conciliação para acalmar a crise no governo Dilma Rousseff, Lula disse que o momento é de “ir para a rua”.
Na última terça-feira, o ex-presidente convidou cerca de quinze lideranças para um encontro na sede do Instituto Lula, no bairro do Ipiranga, em São Paulo. O Movimento Passe Livre (MPL) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto não foram convidados.
“O (ex-)presidente queria entender essa onda de protestos e avaliou muito positivamente o que está acontecendo nas ruas”, disse ao Globo o integrante da UJS, que conta majoritariamente com militantes do PCdoB, André Pereira Toranski.
Segundo um outro líder, ele “colocou que é hora de trabalhador e juventude irem para a rua para aprofundar as mudanças. Enfrentar a direita e empurrar o governo para a esquerda. Ele agiu muito mais como um líder de massa do que como governo. Não usou essas palavras, mas disse algo com “se a direita quer luta de massas, vamos fazer lutas de massas”.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Recordar é viver…

24 de Jun de 2013 | 22:35
Vão começar agora os joguinhos de “procura  e publica” para combater a ideia de uma mini-constituinte para sabotar a proposta da Presidenta Dilma Rousseff de chamar o povo a decidir o que tem de mudar na representação política da população.
O Noblat deu a partida republicando um artigo de Michel Temer, onde o hoje vice de Dilma se posiciona contrariamente à ideia de uma cosntituinte exclusiva.
Só que lá no meio do texto tem um parágrafo interessante:
“Em suma, uma constituinte exclusiva para a reforma política significa a desmoralização absoluta da atual representação. É a prova da incapacidade de realizarmos a atualização do sistema político-partidário e eleitoral”
Parece que as ruas mostraram que há essa “desmoralização absoluta”, não é?
Mas a gente também pode fazer esse jogo de buscar no Google e colar, quer ver?
Do Estadão, em dezembro de 2009:
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou e envia hoje ao Congresso um projeto de lei que caracteriza como hediondos os crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, peculato e concussão. “Pode ser que não resolva, mas pelo menos a gente começa a passar para a sociedade (a ideia de) que não há impunidade. Está muito forte na cabeça das pessoas que o cara que rouba um pão vai preso e que o que rouba R$ 1 milhão não vai preso”, disse o presidente, durante discurso na reunião realizada em um hotel de Brasília pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela Organização das Nações Unidas (ONU) para marcar o Dia Internacional contra a Corrupção.
 O presidente anunciou que levará ao G-20 (países ricos e principais emergentes) sua proposta de aumento das penas a serem aplicadas aos condenados por corrupção. “O que é um paraíso fiscal senão corrupção? As pessoas não querem discutir isso porque mexe com direito de quem tem bala na agulha.” Lula disse que, às vezes, o corrupto “é o cara que mais tem cara de amigo, é o que mais denuncia, porque acha que não será pego”. E acrescentou: “Temos que fazer o que estiver ao nosso alcance, para que, se não for possível acabar com toda a corrupção, pelo menos acabar com a maior parte dela.”
Por que não passou no Congresso? Será que passa numa constituinte exclusiva?
Enquanto formos corajosos e sinceros, o medo é deles, não nosso!
Por: Fernando Brito

Dilma propõe plebiscito para reforma política e anuncia pactos para o país


A presidenta Dilma, em reunião com governadores e prefeitos de capitais, propôs pactos:

- Reforma Política: a convocação de um plebiscito para formar uma Constituinte específica;

- Corrupção: Uma nova legislação que a torne crime hediondo;

- Controle de gastos rigoroso (responsabilidade fiscal de todos), em todas as instâncias, para continuar garantindo a estabilidade da economia diante da atual crise mundial.

- Saúde: acelerar os investimentos em convênio nos hospitais, UPAs (unidades de pronto-atendimento) e unidades básicas de saúde. Mobilizar pela inclusão de hospitais filantrópicos ao programa que rebate dívidas com mais vagas a pacientes do SUS.

- Médicos estrangeiros: haverá um grande esforço de incentivos para levar médicos brasileiros a áreas carentes do País, que sempre tiveram prioridade. Na falta de interesse por médicos brasileiros, contratará estrangeiros. "Sempre ofereceremos primeiro aos médicos brasileiros as vagas a serem preenchidas. Precisa ficar claro que a saúde do cidadão deve prevalecer sobre quaisquer outros interesses", afirmou.

- Ônibus, metrô e trens: Investimentos novos de R$ 50 bilhões para obras de mobilidade urbana, como a construção de linhas de metrô e corredores de ônibus.

- Passagens do transporte público: criação do Conselho Nacional do Transporte Público, com participação popular da sociedade e dos usuários, para maior transparência e controle social no cálculo das tarifas.

- Menos impostos sobre o diesel para ônibus: O governo pretende desonerar os impostos PIS e Cofins cobrado do óleo diesel usado em ônibus e da energia elétrica empregada em trens e metrôs.

- Educação: reafirmou a defesa dos 100% dos royalties do petróleo à educação, e pediu apoio do Congresso para acelerar a tramitação da pauta. O Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação no Senado, destina 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a área.

Esperem sentados a mídia divulgar isso

24 de Jun de 2013 | 09:18
Os jornais e o PSDB insistem que saíram do Tesouro Nacional as verbas para os estádios para a Copa.
Já se provou fartamente que não houve um real do Orçamento Público nestas obras, embora tenha havido, sim, em obras associadas ao evento, sobretudo na área de mobilidade urbana: corredores de transporte, metrô, obras viárias em geral.
Ah, mas houve dinheiro do BNDES, dizem.
Sim, houve. E daí? O BNDES é um banco, que empresta dinheiro a juros. Mais baixos que os bancos privados, é verdade, porque são empréstimos de longo prazo, que banco privado no Brasil não faz, como todo mundo sabe.
São empréstimos com taxa de risco, remuneração pela intermediação e garantias líquidas, sobretudo o empenho das transferências federais aos Estados e Municípios.
Tem limite de valor (até R$ 400 milhões) e de participação (75%).
Igualzinho a um financiamento imobiliário.
Isso é público e publicado.
É só entrar na internet e ler.
Mas vamos aceitar isso e perguntar: ah, então tem financiamento para a Copa, mas não tem para outras coisas.
Não?
Sexta-feira mesmo, em meio à confusão toda, o BNDES aprovou um empréstimo de “apenas” R$ 2,3 bilhões – ou se quiserem, seis estádios – para o Governador tucano Geraldo Alckmin expandir o Metrô de São Paulo para  Vila Prudente, São Lucas, Água Rasa, Vila Formosa, Aricanduva, Cidade Líder, Sapopemba, São Mateus, Parque do Carmo, São Rafael, Iguatemi, José Bonifácio, Guaianazes e Cidade Tiradentes e também Orfanato, Água Rasa, Anália Franco e Vila Formosa.
São, além das linhas, 71 trens. Um milhão e trezentos mil beneficiados.
Já são mais de 6,2 bi de grana para expandir o metrô paulista, entre Serra e Alckmin.
Mas o Governo Federal, estranhamente, é uma galinha que bota ovo e não cacareja.
É o contrário do que Millôr Fernandes dizia dos políticos, que cacarejam e não botam ovo.
Fica esperando que a nossa isenta e equilibrada mídia divulgue.
O Millor também dizia que”quem não anuncia, se esconde”.
Tomara que isso tenha mudado.
Por: Fernando Brito

EDUARDO GUIMARÃES - BLOG DA CIDADANIA

Tirem os seus filhos da rua antes que seja tarde



Escrevo a você que é pai ou mãe de um ou de mais de um desses jovens que estão indo a essas manifestações que estão ocorrendo pelo país nas últimas semanas, mas que não tem maiores conhecimentos sobre o que de fato ocorre nessas passeatas além daquilo que vê nos meios de comunicação ou do que o seu filho ou a sua filha lhe conta.
Quem escreve é um homem de 54 anos, pai de jovens de 30, de 27, de 25 e de 14 anos, avô de uma adolescente de 12 anos e de uma bebê de um mês de vida, e que entende ser positiva a mobilização cívica sobretudo da juventude por causas justas e claras, sejam referentes à política ou a quaisquer outras questões importantes para a coletividade.
Dirijo-me a quem acha positivo que seu filho ou filha com idade para participar desses atos esteja indo a eles apesar da violência que tem visto na televisão sendo praticada por “grupos pequenos” durante o que lhe dizem ser “manifestações pacíficas”.
Possivelmente você já se preocupou com a integridade física de seu filho ou filha durante esses atos públicos, mas entende que, seja como for, segurança total nunca haverá para jovens que inevitavelmente saem pelas ruas de nossas perigosas cidades e que, além de tudo, julga – em grande medida, de forma acertada – que é preciso que a cidadania seja exercida e que os jovens careciam mesmo de tal engajamento.
Sim, é positivo que a juventude se mobilize. Sempre quis que os meus filhos e até a minha neta maior participassem de algum movimento cívico no qual as pessoas saíssem às ruas por uma causa que é de todos. E sempre me preocupei com uma suposta apatia da juventude que, agora, estamos vendo que não era bem assim.
Só há um problema no que deveria ser positivo: esse movimento não tem apenas o seu inegável lado cívico, tem seu lado violento, lado que lhe dizem estar restrito a “grupo pequeno” mas que não é tão pequeno assim.
Além do que, mesmo entre os jovens que não estão cometendo atos literalmente criminosos de depredação e/ou saques, há muitos com graves deformações morais. E quando se fala em deformações morais não se está falando em problemas de comportamento que difeririam dos de jovens que estão praticando aqueles atos criminosos.
Entre esses jovens que não estão praticando crimes existem alguns cuja conduta está longe de ser puramente cívica, pois conspurcada por crenças fanáticas ou até por abuso de drogas e álcool, podendo seu filho estar participando de um movimento que requer toda atenção necessária sem estar no controle completo – e, muitas vezes, até mínimo – de suas faculdades mentais.
Escrevo como pai e avô. Há muita gente boa nesses atos? Há, sim. Já estive em dois deles. Um no último dia 18 de junho e outro no dia 20. Por conta disso, garanto que também há muita gente ruim neles. Gente que não está lá para ajudar a melhorar o país coisa nenhuma, mas apenas para se “divertir”. E é aí que mora o perigo.
O conceito de diversão de alguns desses jovens – como sempre ocorreu com a juventude – que estão indo a essas manifestações está longe de ser sadio. Por conta disso, alguns vão a essa mega “balada” de dimensão nacional cheios de confiança de que estão no controle de alguma coisa, sobretudo quando vão em grupos.
Além dos jovens que se tornam valentões quando estão em grupos, há um outro tipo bem perigoso que frequenta esse tipo de “evento”, o fanático ideológico que acredita que está agindo bem, mas que está equivocado na forma de protestar.
Esse é o pior, muitas vezes quando o vigor da juventude e a sensação de pertencer a uma “maioria” o levam a perder a noção de seus próprios limites, sobretudo do limite de seus direitos, entre os quais não está o de agredir – mesmo que verbalmente – qualquer um que lhe dê na veneta.
Qualquer tipo de agressão, como se sabe, frequentemente acaba gerando reação em sentido oposto e de intensidade por vezes proporcional, mas muitas vezes desproporcionalmente maior.
E o que pé pior. Essa perda de noção de limites está ocorrendo bem no meio de ruas em que o império da lei decresceu por conta da ausência ou dos excessos das autoridades, sobretudo de uma polícia que não está conseguindo impor a ordem sem apelar a uma violência tão extremada que acaba emulando a criminalidade daqueles que deveria controlar.
Tornou-se, portanto, perigosíssimo participar dessas manifestações. Há, inclusive, numerosos grupos criminosos se aproveitando de que a massa humana ocupa a polícia muito além do normal para praticarem crimes comuns como furto, roubo, agressões e até tráfico de drogas.
Nesse quesito, nas duas vezes em que fui a essas manifestações pude presenciar jovens completamente dopados por uma mistura perigosa de álcool com outras substâncias.
Vi jovens com garrafas de cerveja ou outras bebidas alcoólicas em uma das mãos e cocaína ou maconha na outra. Sobretudo na noite do dia 20, quando ocorreram confrontos violentos na avenida Paulista, confrontos que foram amplamente minimizados pela grande imprensa.
Desde a primeira manifestação percebi focos de brigas que surgem por toda parte em meio a elas, sobretudo por diferenças políticas, mas, também, por estado psicológico alterado de muitos manifestantes, seja por drogas artificiais ou ideológicas – sendo estas, muitas vezes, as piores, pois drogas artificiais perdem efeito enquanto que as drogas ideológicas não se dissipam tão facilmente.
Nos últimos dias, começaram a ficar mais claros os envolvimentos de grupos mal-intencionados nessas manifestações. As autoridades, por isso, preveem acirramento de confrontos entre as “forças da ordem” e os que chegam a anunciar nas redes sociais que pretendem desafiá-las.
Por tudo que expus, não é hora de ir à rua se manifestar. Não existe uma pauta clara de reivindicações. Até houve a questão do preço das passagens, mas houve rendição das autoridades, com redução de preço que as manifestações pediam, e não foi suficiente. Surgiram, então, vários outros motes. Muitos deles, obscuros.
Quando pedem “fim da corrupção” é como se estivessem exigindo que fosse criada uma lei que a proibisse. Ocorre que essas leis já existem. A corrupção, portanto, não deixará de existir por decreto, mas por ações de fiscalização e controle.
Nesse aspecto, não adianta arguir só “o governo” ou “os políticos”. O Poder Judiciário é tão responsável pela impunidade quanto os Poderes Legislativo ou Executivo. Mas os atos não têm foco, o que permite a muitos dos responsáveis por brechas legais por onde corruptos e corruptores escapam, serem poupados de questionamentos.
Manifestações corretas, pois, precisam ter foco e não podem transigir ou coexistir com a violência ou com outros tipos de condutas criminosas.
Não cabe só à lei coibir que manifestantes atuem de forma incompatível com o mote das manifestações, que, acima de tudo, seria o interesse da coletividade. O cidadão também é responsável.
Não está havendo essa racionalidade nessas manifestações. Enfim, elas estão se tornando progressivamente violentas. Da forma como estão sendo conduzidas, não vão mudar nada no país.
Não basta que alguns se vistam de branco e entoem slogans cívicos. É preciso que os manifestantes se preocupem com a violência que coincide com suas manifestações. Sem isso, são corresponsáveis do que houver.
Enquanto esse entendimento não ocorre, a chance de seu filho se envolver em embates sem sentido e limites ou até com gente que não presta, sobretudo se for dos mais jovens, é muito grande.
Se este texto o convenceu de que não é hora de participar desse processo pseudo cívico e se o seu filho ou filha está participando, talvez seja hora de você conversar com ele e de lhe dizer estas ponderações com sua autoridade de pai ou mãe, que, por mais que atualmente não seja muito grande, sempre existirá acima da argumentação de outras pessoas.
Quero lhe garantir, ao fim desta exortação, que não tenho qualquer interesse pessoal em que essas manifestações parem. Escrevo, só, como pai e avô. O que peço é um “freio de arrumação” para que as manifestações sejam repensadas, para que uma forma mais sadia de manifestação seja encontrada pelos que as promovem.
Concluo exortando a você que tem filho ou filha em idade de participar dessas manifestações que, se eles ainda não foram a elas tente impedir que vão agora e que, se já foram, dê um jeito de retirá-los delas antes que seja tarde, pois adiar uma participação cívica tem volta, mas tragédias que possam ocorrer, não terão.

domingo, 23 de junho de 2013

Série de esclarecimento sobre a PEC 37 - para quem não quiser ser mera massa de manobra da imprensa.

Série de esclarecimento sobre a PEC 37 - para quem não quiser ser mera massa de manobra da imprensa.

Várias mentiras são contadas na campanha contra a PEC 37. Inicialmente, não é PEC da impunidade, mas da LEGALIDADE. Uma manobra para tornar o debate supérfluo, resumindo-se a afirmar que quem é a favor da PEC é corrupto e quem é contra é honesto.

Mentira nº 01 - ela não RETIRA o poder de investigar do MP, porque esse "poder" nunca foi concedido na Constituição. Desde a promulgação da Constituição, o MP tentou inserir dispositivo prevendo que poderia investigar, mas não conseguiu. Depois, tentou aprovar várias emendas constitucionais, mas nunca conseguiu. Fica claro que esse "poder" nunca lhe pertenceu.

Mentira nº 02 - A imprensa divulga que várias operações de sucesso foram feitas pelo MP, citando principalmente o Caso Mensalão. Essa investigação foi conduzida pela Polícia Federal e o MP resumiu-se à sua missão constitucional de exercer o controle externo sobre a investigação conduzida com sucesso pela PF.

Mentira nº 03 - Foi divulgado na imprensa que em apenas 3 países (Uganda, Indonésia e Quênia).

Na INGLATERRA, SOMENTE a polícia pode investigar, sendo essa atividade vedada ao MP.

Na ALEMANHA, embora a investigação seja feita pelo MP, a figura do Promotor é idêntica à do Delegado no Brasil, pois o MP é SUBORDINADO ao Ministro da Justiça e, portanto, ao Executivo; o MP não pode arquivar suas próprias investigações, mas sim o Poder Judiciário; o MP NÃO PODE ESCOLHER o que investigar, tendo obrigação de investigar todo crime que lhe chega ao conhecimento.

Na ESPANHA e na FRANÇA, a investigação não é conduzida pelo MP, mas por um juiz de instrução, que tem as mesmas características de um DELEGADO DE POLÍCIA no Brasil, conforme esclarecido acima.

E eu pergunto: então se em Países como Coréia do Norte, Paraguai, Venezuela, Cuba, Irã etc., o MP investiga, isso é garantia de combate efetivo à corrupção???

Mentira nº 04 - no resto do mundo o MP tem o "poder" de investigar. Não, no restante do mundo, o MP tem o "DEVER" e não o "PODER" de investigar. Não pode escolher quando investigar, devendo assumir investigações de todos os crimes, como é na Itália, por exemplo, modelo tão citado no Brasil. Ninguém quer ter esse "DEVER", nem mesmo o Ministério Público.

Mentira nº 05 - a Polícia quer ter o "monopólio" da investigação! A palavra "monopólio" não deve ser entendida de forma pejorativa. A Constituição define atribuições a cada órgão, evitando que os esforços estatais sejam realizados desnecessariamente por mais de um órgão. O MP tem o "monopólio" da ação penal; a Receita Federal tem o "monopólio" da ação fiscal na União; o Banco Central tem o "monopólio" da emissão de moeda nacional; e assim por diante.

Mentira nº 06 - a aprovação da PEC 37 vai acabar com o "poder de investigação" de órgãos como Receita Federal, COAF, IBAMA, INSS etc.! Tais órgãos, atualmente, NÃO FAZEM INVESTIGAÇÕES CRIMINAIS. Eles realizam procedimentos ou processos administrativos (são investigações, mas não criminais) que, quando na sua conclusão, identificam a prática de crime, comunicam à polícia judiciária para realizar a investigação criminal, e/ou ao MP, para propor ação penal ou requisitar a instauração de inquérito policial pela polícia judiciária.

Mentira nº 07 - a aprovação da PEC vai fazer a impunidade imperar no Brasil! Nenhum órgão combateu mais a corrupção no Brasil do que a POLÍCIA FEDERAL, sendo esta a Instituição que depois da Igreja é a que a população mais confia, em pesquisa espontânea (ou seja, sem indicação de opções).

Mentira nº 08 - O MP tem condição de realizar investigações criminais!

Investigar não é meramente expedir ofícios requisitando documentos ou colher depoimentos. Investigar requer capacidade técnica e jurídica, além de habilidades e talentos específicos, para realizar INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS, cumprir MANDADOS DE BUSCA, analisar DADOS BANCÁRIOS, FISCAIS, TELEFÔNICOS, TELEMÁTICOS ETC., fazer VIGILÂNCIAS (conhecidas como "CAMPANAS"), fazer PRISÕES decorrentes de flagrantes ou mandados judiciais, realizar AÇÃO CONTROLADA etc. Não se pode esperar de um promotor que ele vá às ruas e realize pessoalmente essas medidas, as quais são feitas por TODOS os policiais, Delegados, Peritos, Agentes, Escrivães e Papiloscopistas, em trabalho de EQUIPE POLICIAL.

Mentira nº 09 - o MP, ao investigar, é controlado externamente!

A Corte Penal Europeia reconhece o princípio do DUPLO GRAU DE APRECIAÇÃO DA INVESTIGAÇÃO. Ou seja, o órgão que investiga NÃO PODE ARQUIVAR seus procedimentos.

Diversos abusos foram praticados na Europa pelo MP e por isso houve a previsão deste importante princípio. No Brasil, o próprio MP arquiva suas investigações. Isso é perigoso, pois o cidadão pode sofrer uma DEVASSA de sua vida pessoal, sendo exposta a familiares, amigos, colegas de trabalho que prestem depoimento no MP, e no final de toda uma investigação descabida (às vezes motivada por questões pessoais, como vingança, o que já ocorre em diversos países da Europa, principalmente na Itália), seus próprios colegas de trabalho arquivam tudo, sem conhecimento de nenhum outro órgão.

Quando a POLÍCIA investiga, o MP faz o controle externo e o inquérito só pode ser arquivado pelo PODER JUDICIÁRIO.

Mentira nº 10 - a polícia é subordinada ao Executivo e por isso não tem capacidade de investigar os ocupantes de cargos políticos!

A POLÍCIA FEDERAL já superou essa discussão, atingindo pessoas independentemente do cargo, função ou posto que ocupem, e as POLÍCIAS CIVIS tem se desenvolvido e evoluindo no mesmo sentido.

Mentira nº 11 - o MP goza de imparcialidade para investigar!

O MP, embora fiscal da lei, em relação ao processo penal, É PARTE. Se à defesa fosse possível investigar, ela produziria provas para condenar o réu? O MP vai produzir provas para inocentar o réu?

O MP, naturalmente, vai querer fazer prevalecer sua hipótese de investigação que sempre é voltada para a acusação.
Se a ACUSAÇÃO pode investigar e a DEFESA não, isso certamente causa um desequilíbrio na relação processual, fere o CONTRADITÓRIO, entendido como a PARIDADE DE ARMAS das partes no processo penal.

Quando pensamos em políticos, isso pode parecer bom, mas qualquer um de nós, cidadãos, podemos ser vítimas de investigações direcionadas não ao descobrimento da verdade, mas à comprovação de uma hipótese de investigação, fruto de um trabalho de interpretação dos indícios produzidos.

Na minha experiência de mais de 10 ANOS COMO DELEGADO DE POLÍCIA, fiz muitos inquéritos que comprovaram a INOCÊNCIA de suspeitos. Apesar disso, por vezes, vimos o MP insistindo em requisitar diligências INÓCUAS, INÚTEIS e DESNECESSÁRIAS, simplesmente para tentar, DE QUALQUER FORMA, fazer prevalecer uma tese de acusação.

Mentira nº 12 - a polícia não tem condições de realizar todas as investigações!

A polícia no Brasil, que não tem o "PODER", mas o "DEVER" de investigar, apura todo e qualquer crime que chega ao seu conhecimento.

A maioria dos inquéritos policiais, quando concluídos, são remetidos ao MP. Segundo estatística do CONAMP (Conselho Nacional do Ministério Público), 72% dos inquéritos remetidos não são objeto de denúncia nem de arquivo. Dos outros 28%, há mais denúncias do que arquivamentos, demonstrando que há sucesso nas investigações.

Os pendentes, em sua maioria, decorrem das requisições de diligências, em sua maioria, desnecessárias.

Posso citar diversos casos como um, em que investiguei um falso advogado. Após obter provas, como cartão pessoal e confirmação de vítimas, representei por busca e apreensão. O pedido, de caráter urgente, ficou por 8 MESES NO MP SEM QUALQUER MANIFESTAÇÃO. Depois desse prazo, o parecer tinha 10 laudas: 9 para dizer que o Delegado não podia representar e 1 para dizer que "encampava" a tese do Delegado. Resultado: quando fui cumprir pessoalmente a busca, fazia cerca de 6 meses que o falso advogado havia se mudado e tomado rumo incerto!!!

Mentira nº 13 - quanto mais órgãos investigarem, melhor para a sociedade.

Esse argumento é utilizado pelo MP só quando lhe é conveniente. A Emenda Constitucional nº 45 previu que a DEFENSORIA PÚBLICA poderia propor AÇÃO CIVIL PÚBLICA. A Associação Nacional dos Membros do Ministério Público ingressou com ADIn, questionando a constitucionalidade do dispositivo (http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=70846), pois "AFETARIA DIRETAMENTE AS ATRIBUIÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO".

Enquanto isso, o MP, não por incompetência, mas por excesso de atribuições e trabalho, não consegue propor ação civil pública contra todos os problemas enfrentados pela sociedade.

Além disso, o MP se manifesta contrariamente a que a ADVOCACIA DA UNIÃO possa ingressar com AÇÃO DE IMPROBIDADE contra corruptos, alegando também que isso afeta suas atribuições.

ENTÃO, O ARGUMENTO SÓ VALE PARA A INVESTIGAÇÃO CRIMINAL??? NÃO SE ESTARIA "AFETANDO DIRETAMENTE AS ATRIBUIÇÕES DA POLÍCIA JUDICIÁRIA"???

Texto: Delegado Federal André Costa

Jandira Feghali: Grupos fascistas pagos jogaram bombas nos próprios manifestantes

Jandira Feghali: Grupos fascistas pagos jogaram bombas nos próprios manifestantes

publicado em 23 de junho de 2013 às 17:38
 Em São Paulo, jovens fazem saudação nazista na manifestação da quinta-feira 20. No Rio de Janeiro, agressões a quem portava uma bandeira de partido político ou movimentação social
por Conceição Lemes
Na última quarta-feira 19, deputados federais do Rio de Janeiro divulgaram uma carta aberta aos manifestantes sobre os atos que tomaram as ruas de várias cidades do Estado:
 Nós, deputados federais do Rio de Janeiro, sentimo-nos estimulados e saudavelmente cobrados por essas manifestações que tomam as ruas das nossas cidades. Aos milhares que, mobilizados pela internet, saem para as passeatas, transitando do virtual para o presencial, dizemos: VOCÊS NOS REPRESENTAM! Inclusive quando questionam o padrão rebaixado da política movida a interesses menores e também distante de ideias e causas.
 Temos orgulho de nossos mandatos políticos e queremos colocá-los à disposição das justas demandas por transportes públicos eficientes, redução das tarifas, educação e saúde pública de qualidade, ética na política, transparência e prioridade social nos orçamentos públicos. As grandes lutas sociais de nossa história, que alcançaram vitórias concretas, tiveram a participação de organizações partidárias vinculadas ao povo.
 Entre os signatários, a deputada Jandira Feghali, do PCdoB, que me concedeu esta entrevista.
Viomundo – Na quinta-feira 20, houve atos de violência e depredações em alguns pontos da cidade do Rio de Janeiro. Os manifestantes continuam representando- a?
Jandira Feghali – Mantenho a mesma posição de apoio, pois a grande maioria da manifestação não tem nada a ver com a confusão que aconteceu. Majoritariamente ela continua agindo de maneira democrática, com bandeiras justas pela educação, saúde, mobilidade urbana, contra o fundamentalismo em relação à diversidade.
Viomundo – E a destruição de patrimônios históricos do Rio?
Jandira Feghali – Aí está o problema. Existem dois grupos minoritários, que estão quebrando, destruindo, partindo para a violência, que nós não apoiamos.  Acredito que também a sociedade e os manifestantes também não os apoiam.
Viomundo – Quais seriam?
Jandira Feghali – Um é o anarco-punk, que desde o início sabíamos que existe e está presente em vários lugares. Seus integrantes acham que os símbolos do capital e do poder tem de ser depredados, destruídos. Daí os ataques a bancos, assembleias legislativas, patrimônios históricos. Eles acham que uma revolução se faz assim.
Existe outro grupo que, no Rio de Janeiro, só ficou mais explícito na manifestação da última quinta-feira. É um grupo fascista, de direita, que atacou não apenas as poucas bandeiras de partidos e  entidades, tocando-lhes fogo, rasgando-as, mas que jogou bombas nos próprios manifestantes, machucando muitos. Eles são nitidamente pagos e organizados. Isso é grave e nos preocupa, pois podem partir para agressões mais pesadas e gerar uma tragédia.
Viomundo – Como a senhora sabe que são grupos pagos?
Jandira Feghali – Eles foram identificados  por pessoas de entidades democráticas. Eram caras que usavam jaqueta e gravata, davam ordem para agredir aqui, ali, acolá.  Não jogaram bombas em bancos, prédios, polícia.  Jogaram no carro de som da manifestação, diretamente nas lideranças, nos ativistas, que estavam celebrando. Eles acabaram produzindo uma série de confusões para dentro da passeata.
São típicos grupos de fascistas. São pagos para gerar confusão entre os manifestantes e gerar uma mídia antipartidária, antidemocrática. Repito: acho isso muito grave e tem de ser denunciado abertamente por nós, pois fere o estado democrático de direito, a livre liberdade de manifestação.
Viomundo – O que acha  de bandeiras de partidos e movimentos sociais terem sido destruídas e militantes de partidos agredidos? 
 Jandira Feghali –Nós não estamos na época da ditadura em que as pessoas eram proibidas de se manifestar. Os partidos são parte da luta democrática. Aliás, essa liberdade de estarmos nas ruas como hoje é também consequência da luta dos partidos, que perderam militantes na ditadura e lutaram para que houvesse essa liberdade de manifestação.
Portanto, os partidos são parte do processo. Ninguém quer tutelar nada. Eu acho que não tem de ter a tutela de absolutamente ninguém. E o movimento tem que ser amplo, suprapartidário mesmo, com os movimentos sociais.
Nós queremos que essas manifestações legítimas de desejos tenham vitórias, conquistas concretas, nas bandeiras importantes. Mas não queremos que isso seja confundido com bandeiras da direita, atrasadas, contra a liberdade de expressão e de manifestação de partidos políticos, de LGTB, do movimento negro ou de uma juventude que não milita em partido.
Viomundo – O que fazer agora?
Jandira Feghali – Nós  não podemos admitir que atos fascistas, provocatórios, que se expressam através de movimentos organizados e pagos, possam gerar alguma tragédia, algum mártir.  Ou confundir o processo que está se dando nas ruas. Nós temos de denunciar isso. Também temos de excluir esse esse comportamento fascista para que a beleza do que foi para as ruas movimento possa avançar de maneira democrática.
Os jovens têm que ficar antenados para se definir de forma ampla. Precisam aprender que a liberdade e a democracia são os maiores bens da sociedade brasileira.

Não é a Dilma, o alvo é a democracia!

22 de Jun de 2013 | 10:53
Reproduzo, abaixo, o magnífico artigo de Paulo Moreira Leite, na Istoé, leitura indispensável para entendermos e reagirmos ao que se passa e, talvez, seja a mais difícil batalha dos últimos dez anos para as forças populares.

Entre democracia e fascismo

Começou como uma luta justíssima pela redução de tarifas de ônibus.
Auxiliada pela postura irredutível das autoridades e pela brutalidade policial, esta mobilização transformou-se numa luta nacional pela democracia.
Se a redução da tarifa foi vitoriosa, a defesa dos direitos democráticos também deu resultado na medida em que o Estado deixou de empregar a violência como método preferencial para impor suas políticas.
Mas hoje a mobilização assumiu outra fisionomia.
Seu traços anti-democráticos acentuados. Até o MPL, entidade que havia organizado o movimento em sua primeira fase, decidiu retirar-se das mobilizações.
Os manifestantes combatem os partidos políticos, que são a forma mais democrática de participação no Estado.
Seu argumento é típico do fascismo: “povo unido não precisa de partido.”
Claro que precisa. Não há saída na sociedade moderna. Às vezes, uma pessoa escolhe entrar num partido. Outras vezes, é massa de manobra e nem sabe.
A criação de partidos políticos é a forma democrática de uma sociedade debater e negociar interesses diferentes, que não nascem na política, como se tenta acreditar, mas da própria vida social, das classes sociais.
Em São Paulo, em Brasília, os protestos exibiram faixa com caráter golpista.
“Chega de políticos incompetentes!!! Intervenção Militar Já!!!”
No mesmo movimento, militantes de esquerda, com bandeiras de esquerda, foram forçados a deixar uma passeata na porrada. Uma bandeira do movimento negro foi rasgada.
A baderna cumpre um papel essencial na conjuntura atual. Reforça a sensação de desordem, cria o ambiente favorável a medidas de força – tão convenientes  para quem tem precisa desgastar de qualquer maneira um bloco político que ocupa o Planalto após três eleições consecutivas.
A baderna é uma provocação que procura emparedar o governo Dilma criando uma situação sem saída.
Se reprime, é autoritária. Se cruza os braços, é omissa.
Outro efeito é embaralhar a situação política do país, confundir quem fala pela maioria e quem apenas pretende representá-la.
É bom recordar que a maioria escolhe seu governo pelo voto, o critério mais democrático que existe.
Nenhum brasileiro chegou perto do paraíso e todos nós temos reivindicações legítimas que precisam de uma resposta.
Também sabemos das mazelas de um sistema político criado para defender a ordem vigente – e que, com muita dificuldade, através de brechas sempre estreitas, criou benefícios para a maioria.
Olhando para a maioria dos brasileiros, aqueles que foram excluídos da história ao longo de séculos, cabe perguntar, porém: os políticos atuais são incompetentes para quem, mascarados?
Para a empregada doméstica, que emancipou-se das últimas heranças da escravidão?
Para 40 milhões que recebem o bolsa-família?
Para os milhões de jovens pobres que nunca puderam entrar numa faculdade? Para os negros? Quem vive do mínimo?
Ou para quem vai ao mercado de trabalho e encontra um índice de desemprego invejado no resto do mundo?
Mascarados que arrebentam vidraças, incendeiam ônibus e invadem edifícios trabalham contra a ordem democrática, onde os partidos são legítimos, as pessoas têm direitos iguais  – e  o poder, que emana do povo, não se resolve na arruaça, pelo sangue, mas pelo voto.
É óbvio que a baderna, em sua fase atual, não quer objetivos claros nem reivindicações específicas. Não quer negociações, não quer o funcionamento da democracia. Quer travá-la.
Enquanto não avançar pela violência direta, fará o possível para criar pedidos difusos, que não sejam possíveis de avaliar nem responder.
O objetivo é manter a raiva, a febre, a multidão eletrizada.
É delírio enxergar o que está acontecendo no país como um conflito entre direita e esquerda. É uma luta muito maior, como aprenderam todas as pessoas que vivenciaram e estudaram as trevas de uma ditadura.
A questão colocada é a defesa da democracia, este regime insubstituível para a criação do bem-estar social e do progresso econômico.
O conflito é este: democracia ou fascismo. Não há alternativa no horizonte.
Quem não perceber isso está condenado a travar a luta errada, com métodos errados e chegar a um desfecho errado.
Por: Fernando Brito

100 mil pessoas protestam em Roma contra o desemprego (OBS: No Brasil ninguém pediu por emprego. Por que será?

 

Sindicatos reúnem mais de 100 mil pessoas em Roma contra desemprego

Pela primeira vez em 10 anos, GIL, CISL e UIL se uniram nas ruas de Roma pedindo também tributação mais justa

Os sindicatos italianos CGIL, CISL e UIL conseguiram reunir mais de 100 mil pessoas neste sábado (22/06) em Roma para participar de uma passeata contra o desemprego e exigindo uma tributação mais justa. Ônibus vindos de diversas partes da Itália levaram trabalhadores à manifestação na qual, pela primeira vez em dez anos, participam os três sindicatos juntos.

Para os sindicatos não há mais tempo a perder, "é necessário frear a queda livre da economia de nosso país", examinar imediatamente questões como os investimentos, a redistribuição da receita e a recuperação do consumo.
O líder do sindicato CGIL, Susanna Camusso, assegurou que "a prioridade deve ser um restituição fiscal aos empregados e aos aposentados". Além disso, disse que os sindicatos estão "na rua porque o país precisa de respostas rápidas. As medidas do governo não vão bem: são constantes anúncios que não se traduzem em uma mudança real", acrescentou.

"No terreno do trabalho podem ser feitas coisas importantes, sem recursos, tais como uma cláusula social nos contratos e garantir que os trabalhadores não percam seus postos de trabalho", comentou.

O governo italiano, liderado por Enrico Letta, prevê a criação de postos de trabalho, porém, tem no horizonte o aumento do IVA, que chegará em 22% a partir de 1 de julho.  Roma disse que irá revisar nos próximos dias o sistema de financiamento público dos partidos políticos para atingir uma economia para reutilização em outros setores.

A economia itlaliana encerrou 2012 com queda de 2,4% e a previsão para esse ano é de queda de 2,9% do PIB (Produto Interno Bruto). O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, indicou que espera que o déficit volte a baixar aos 2,5% em 2014, caso a Itália cumpra com os cortes propostos pela Uniaõ Europeia.
FONTE: OPERAMUNDI

sábado, 22 de junho de 2013



INCENTIVOS

Governo anuncia medidas para recuperação de Santas Casas

Ministério dobra incentivos da tabela SUS repassados às unidades. Hospitais filantrópicos poderão trocar dívida pelo maior atendimento à população
O Ministério da Saúde anuncia um conjunto de medidas para recuperação econômica dos hospitais filantrópicos e das Santas Casas do país. O governo federal encaminha, nesta sexta-feira (21), em caráter de urgência, um projeto de lei que cria um programa de apoio financeiro a essas unidades. Com a medida, em um prazo máximo de 15 anos, os débitos das instituições que aderirem ao programa serão quitados. Em contrapartida, os hospitais devem ampliar o atendimento de exames,cirurgias e atendimentos a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, o valor repassado pelo Ministério da Saúde de incentivo à contratualização vai dobrar, com um adicional de R$ 2 bilhões em 2014.
“A grande preocupação do Ministério da Saúde é ajudar as Santas Casas a melhorar e ampliar o atendimento à população. Principalmente, aumentar atendimentos pediátricos, exames para detectar problemas do coração, diagnóstico de câncer, entre outros.  Estamos atuando em duas frentes: uma delas é resolver um problema histórico dessas unidades, que é o acúmulo de dívidas; e a outra é aumentar o incentivo para o atendimento SUS. Quem aderir ao programa terá incentivo em dobro. A proposta é que essas instituições troquem dívidas por ampliação do atendimento SUS”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Outra grande vantagem ao aderir essa nova estratégia é que, além de poder zerar suas dívidas, as entidades filantrópicas receberão certidões que permitem contratar empréstimo junto a instituições financeiras”, acrescentou.
Por meio do PROSUS, como será chamado o programa de fortalecimento das Santas Casas, as entidades terão o apoio do Fundo Nacional de Saúde (FNS) para manter em dia o pagamento de débitos correntes, evitando, assim, o aumento da sua dívida e quitando gradativamente o valor total. Para isso, todo mês, o FNS vai reter dos recursos destinado ao custeio o valor equivalente à dívida corrente das unidades que aderirem ao programa, garantindo o seu pagamento. Essa dinâmica funcionará por 15 anos (180 meses) e, após esse prazo, as unidades que mantiverem os pagamentos em dia e aumentarem em 5% os servidos oferecidos ao SUS, terão seus débitos zerados. Com a medida, as entidades voltam a ter acesso ao crédito bancário, passam a poder realizar contrato público, entre outras vantagens.
INCENTIVO – Além do apoio para recuperação financeira, o Ministério da Saúde destinará mais R$ 2 bilhões por ano para aumentar o número de hospitais filantrópicos contratualizados e ampliar o incentivo repassado a essas unidades para atendimento de pacientes do SUS. A previsão para este ano é firmar parceria com mais de 200 hospitais, gerando impacto financeiro de R$ 305,7 milhões/ano. O restante do valor, equivalente a R$ 739 milhões/ano, serão destinados à expansão dos serviços nas unidades e melhoria da qualidade da assistência prestada. Atualmente, 1.700 hospitais filantrópicos prestam serviços ao SUS.
O Projeto de Lei que cria o PROSUS (Programa de Fortalecimento das Entidades Privadas Filantrópicas e das Sem Fins Lucrativos que atuam na área de saúde e que participam de forma complementar do Sistema Único de Saúde - SUS) será encaminhado, em regime de urgência, ao Congresso Nacional. Para aderir ao programa, a entidade privada de saúde filantrópica ou sem fins lucrativos deverá encaminhar requerimento à Receita Federal próxima da sua sede até o dia 6 de dezembro este ano. O prazo de 15 anos para pagamento da dívida passa a contar a partir da adesão ao programa. O abatimento da dívida, começando pelas mais antigas, será feita primeiramente dos débitos inscritos na Dívida Ativa da União, seguido pelos débitos no âmbito da Recita Federal.
AÇÕES – Esse conjunto de medidas soma-se a uma série de outras iniciativas adotadas pelo Ministério da Saúde em apoio a sustentabilidade das entidades filantrópicas e Santas Casas. Em 2012, houve incremento de R$ 572,3 milhões no total investido nas unidades que atendem pelo SUS. Os recursos adicionais foram repassados aos hospitais que aderiram à Rede Cegonha, que prevê a assistência integral a gestante e ao bebê, e à Rede de Urgência e Emergência (RUE), voltada à melhoria da atenção nos prontos-socorros. Soma-se a esse valor, o aumento do incentivo à contratualização, os repasses para reformas e compra de equipamentos e o reajuste no valor das cirurgias oncológicas.
Em um ano, os incentivos pagos aos principais hospitais filantrópicos para o atendimento de usuários do SUS saltaram 185%, chegando a R$ 968,6 milhões em 2012, contra R$ 340 milhões em 2011. Nos últimos cinco anos foram feitos quatro reajustes, sendo dois só em 2012. São recursos que garantem a contratualização dos serviços e estão vinculados ao cumprimento de metas. Também houve aumento de 50% no valor destinado a obras e compra de equipamentos, que passou de R$ 400 milhões, em 2011, para R$ 600 milhões, em 2012.
O reajuste no valor das cirurgias oncológicas fez com que os repasses nessa área mais que dobrassem – de R$ 56 milhões para R$ 116 milhões. Além disso, o MS passou a destinar 20% a mais aos 60 hospitais filantrópicos que atendem 100% SUS – o equivalente a R$ 83,4 milhões em 2012. Para o custeio total dos serviços, foram repassados R$ 9,7 bilhões para o atendimento e mais R$ 1,8 bilhão de incentivo, totalizando R$ 11,7 bilhões.
Por Regina Xeyla , da Agência Saúde.
Atendimento à Imprensa
(61) 3315 3580 e 3315-6248



Temos que aproveitar o vigor das manifestações para produzir mais mudanças, afirma Dilma

A presidenta Dilma Rousseff afirmou, nesta sexta-feira (21), que o vigor das manifestações deve ser aproveitado para que mais mudanças sejam feitas em benefício da população. Dilma anunciou, em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, que vai convidar os governadores e prefeitos das principais cidades do país para um grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos.
“O foco será: primeiro, a elaboração do Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que privilegie o transporte coletivo. Segundo, a destinação de 100% do petróleo para a educação. Terceiro, trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS”, anunciou Dilma, que ainda afirmou que ainda vai receber os líderes das manifestações pacíficas, de entidades sindicais e dos movimentos de trabalhadores.
Para Dilma, é necessário oxigenar o “velho sistema político”, e encontrar mecanismos que tornem as instituições mais transparentes, resistentes aos malfeitos e permeáveis à influência da sociedade. Ela ainda reforçou que é um equívoco achar que qualquer país pode prescindir de partidos e do voto popular, que, segundo ela, é a base de qualquer processo democrático.
“Temos de fazer um esforço para que o cidadão tenha mecanismos de controle mais abrangentes sobre os seus representantes. Precisamos muito, mas muito mesmo, de formas mais eficazes de combate à corrupção. A Lei de Acesso à Informação, sancionada no meu governo, deve ser ampliada para todos poderes da república e instâncias federativas”, destacou.
Copa
Sobre a disputa da Copa do Mundo, a presidenta Dilma destacou que o dinheiro investido na construção das arenas são fruto de financiamento, que serão pagos pelos proprietários ou pelas empresas que vão operar os estádios. Ela ainda pediu que os atletas e turistas que estão no país para Copa das Confederações sejam bem recebidos, assim como os jogadores brasileiros foram quando disputaram competições em outros países.
“Jamais permitiria que esses recursos saíssem do orçamento público federal, prejudicando setores prioritários como a Saúde e a Educação. Na realidade, nós ampliamos bastante os gastos com Saúde e Educação. E vamos ampliar cada vez mais. Confio que o Congresso nacional aprovará o projeto que apresentei para que todos os royalties do petróleo sejam gastos exclusivamente com a Educação”, reforçou.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

PIADA, NO IG EXISTE ATÉ MODA PARA PROTESTAR


 A foto foi trocada mas a matéria está em:

http://chic.ig.com.br/les-chics/noticia/moda-para-protesto-roupa-de-guerra

 

Les Chics



Moda para protesto, roupa de guerra



É tendência, concorde você ou não. E está nas ruas.
Há semanas, o Brasil entrou na rota mundial dos protestos populares. Inflados pelo aumento das passagens de ônibus, os manifestantes entraram no espaço público e tomaram uma cacetada desproporcional da Polícia Militar - principalmente na última quinta-feira (13.06), em São Paulo, e neste domingo (17.06), no Rio de Janeiro.

A semana começa com vontade ainda maior de se fazer ouvir. Há uma agenda de manifestações por todo o país, nos próximos dias. A maior, novamente na capital paulista, está marcada para a tarde desta segunda-feira (17.06). Pelo Facebook, 200 mil pessoas já se reúnem virtualmente a favor da manifestação.

Em uma hora dessas, é hora de manter a cabeça fria e pensar com calma na roupa que se usa. Mais que cores partidárias ou máscaras fantasiosas, é preciso pensar em peças utilitárias para enfrentar a guerra - ainda que unilateral - e se proteger, por mais que todos queiramos uma manifestação pacífica.

Para isso, recorri a quem entende do assunto - de São Paulo à Turquia - para uma lista rápida sobre como se proteger. A elas:

. O tecido é o mais importante. Impermeáveis são uma boa defesa contra gás lacrimogêneo, impedindo que o químico se prenda ao algodão e chegue à pele. Capas de chuva entram nessa lista.

. Muito se fala em panos embebidos em vinagre para diminuir os efeitos do gás. Nesse caso, quanto menos sintético o tecido, melhor. Leve camisetas, bandanas, pedaços de algodão, que seguram melhor a substância e também te ajudam a respirar. Acetinados, sedas e acrílicos não são tão eficientes.

. Tecidos grossos ajudam a proteger a pele contra balas de borracha e estilhaços de bombas de efeito moral. Pense em casacos grossos, jeans ou ceroulas de lã sob as calças.

. Quanto menos pele à vista, melhor - contra gás lacrimogêneo ou spray de pimenta. Cubra pescoço e braços para minimizar a química nas terminações nervosas.

. Conselho óbvio: use calçados confortáveis. Se tudo der certo, você vai andar muito. Se algo der errado, você pode ter que correr. Em ambos os casos, o que vale é a sua segurança.

. Deixe acessórios em casa - brincos, colares, piercings -, para evitar acidentes. Mas pense em algo para proteger os olhos, como óculos de natação, e luvas para as mãos.

É isso. Nos vemos nas ruas.
SP247 – Integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) anunciaram nesta sexta-feira 21 que não irão mais organizar protestos na cidade de São Paulo. O motivo é a participação de ativistas que defendem causas não compatíveis com o grupo, como o pedido de criminalização do aborto.
Segundo Rafael Siqueira, integrante do Movimento, o MPL não critica a participação de partidos políticos, mas nos últimos atos avaliam que surgiram pessoas com objetivos conservadores, como representantes do neofacismo. Além disso, há o registro de atos de vandalismo, cada vez mais intensos nas manifestações.
"O MPL não vai convocar novas manifestações. Houve uma hostilidade com relação a outros partidos por parte de manifestantes, e esses outros partidos estavam desde o início compondo a luta contra o aumento e pela revogação", disse Douglas Beloni, do MPL.
O grupo já organizou sete manifestações na cidade desde o dia 6 de junho. Agora, porém, as manifestações tomaram proporções que não dependem mais apenas do Movimento Passe Livre e muitas pessoas devem sair às ruas, por causas diversas, novamente nesta sexta-feira.

O vácuo político é estufa da direita

21 de Jun de 2013 | 08:50
A demora em agir é sempre a pior das ações, nos momentos de crise.
O governo brasileiro parece, é inevitável dizer, ter uma crise de bulimia política.
Não age, apenas reage.
E, assim mesmo, tardia e timidamente.
Parece ter vergonha de dizer a verdade, porque a verdade não é agradável a seu convívio – necessário – com as forças conservadoras.
Assim, perde a hora, a cada hora.
O que mais está enfraquecendo o poder legítimo e escolhido pela população nas ruas não é a manipulação da mídia, a ação – cada vez menos encoberta – da direita  e o já indisfarçável golpismo que tira carona num movimento que, agora, virou um “anticorrupção” genérico.
O que mais nos imobiliza e fragiliza é a incapacidade – ou melhor, o temor – em se comunicar com a população, em se mostrar como é, o que está fazendo, porque está fazendo e a quem está defendendo e, por conseguinte, a quem está contrariando.
Desde quando podemos temer falar com clareza ao povo que nos levou ao Governo e em nome do qual estamos lá? Desde quando podemos ter receio de falar aos que estão na rua e aos que não estão e, de casa, assistem “36 horas por dia” as imagens, ao mesmo tempo convidativas e apavorantes de um Brasil em caos?
Sem polêmica, não vou cansar de falar, só a direita faz política.
Ela, se precisar, tanto baixa o cassetete nos manifestantes quanto leva uma garrafa de gasolina para ajudar a incendiar carros. Não tem escrúpulos nem pruridos em derrubar um governo eleito, que dirá com essas “quinquilharias”.
Nós, ao contrário ,parecemos estar centrando nosso pensamento em em nos comportarmos como “ladies and gentlemens”, usando roupas de veludo e luvas de pelica em meio aos confrontos.
Não vamos sair dessa esperando, esperando, esperando e tentando agradar todo mundo.
Isso está longe, muito longe de dizer que a saída é com bordoada ou tropa de choque. Foram estes métodos que, por ação de homens da direita, como Alckmin e Cabral, transformaram um movimento pequeno e legítimo como tantos outros já aconteceram em manifestações imensas, atraindo uma geração à qual dissemos que não era mais preciso ir às ruas, porque estávamos no Governo.
O relógio está correndo mais rápido que o tempo convencional. Inútil dizer que é perigoso haver precipitação. Porque não é a precipitação, mas a procrastinação o que está criando, mais que riscos, uma ameaça concreta de golpismo.
Se não precisamos de governo, de congresso, de organizações sociais, de bandeiras políticas, para que respeitar os resultados de uma eleição e de uma escolha do povo brasileiro?
As ruas revogaram a eleição, dirá a mídia, quando lhe convier.
E, talvez, aponte uma saída “democrática”, como fez com as 24 horas de poder de Ranieri Mazzili, o presidente da Câmara  em 1964, “limpando” democratica e institucionalmente a cadeira presidencial para que nelas se sentassem os militares.
Aliás, a própria mídia já construiu um pretendente e “paladino da moralidade” para o papel.
De outra forma, como estariam sendo tão lenientes com os mascarados que incendeiam ou transformando em “massas” qualquer grupinho que se disponda a fechar uma estrada ou depredar um prédio?
“Ah, é excesso, mas isso é a revolta popular”…
Não, a direita, o golpismo, o seu desejo autoritário de recobrar o poder que as urnas, há mais de uma década, lhe negam não acabaram.
As senhoras da Marcha com Deus, pela Família também era muito simpáticas e civilizadas.
Por detrás delas, vieram os cães da repressão, os assassinos, os tiranos e a noite que sufocou o povo brasileiro.
Ou alguém acha que a gurizada que está nas ruas tem um projeto de “poder popular” e “moralização da política”. Podem até, difusamente, ter este desejo, mas não um projeto de poder.
Seremos, mais do que fracos, como fomos em 64, covardes, se não dissermos que este é um jogo de poder que nada tem a ver com os sentimentos respeitáveis de seus figurantes.
Temos de falar, e falar logo,  Com altivez, com energia, sem deixar de lado o espírito democrático e rebelde que sempre nos animou.
Falar com as vozes que nos representam e simbolizam perante o povo brasileiro.
Falar com a força cortante da verdade, porque só a verdade nos fará fortes.
Falar, como quem respira e enche os pulmões de ar.
E que, por isso, não será sufocado.
Por: Fernando Brito

quinta-feira, 20 de junho de 2013

247 - Neste exato momento, em que o Palácio do Itamaraty, um dos símbolos de Brasília e uma joia da arquitetura de Oscar Niemeyer, está sendo atacado por manifestantes e chegou a ter focos de incêndio, a presidente Dilma Rousseff despacha com as ministras Gleisi Hoffmann e Ideli Salvatti, no Palácio do Planalto. Pela TV, ela acompanha a evolução dos protestos, mas o Palácio do Planalto ainda não tomou uma decisão sobre o que fazer.
Numa das maiores manifestações de protesto da história do País, que mobiliza cerca de 1 milhão de pessoas em mais de uma centena de cidades, ainda não se ouviu uma palavra da presidência da República. Ocorre que só Dilma, e mais ninguém, tem poder e autoridade para restabelecer a ordem pública, num momento crítico, em que os olhos do mundo estão voltados para o País. A reivindicação inicial dos manifestantes, que era a redução das tarifas de ônibus, já foi atendida. De resto, há apenas demandas difusas, contra as quais ninguém é contra. Mais saúde, mais educação e menos corrupção.
No rastro de violência, um repórter da GloboNews, Pedro Vedova, foi atingido por uma bala de borracha. Carros de TV da Record e do SBT já foram incendiados. Neste momento, a sede do jornal O Globo, no Rio também está cercada por manifestantes. No entanto, na Globo, cobrem-se as manifestações, que descambam para a barbárie, como se o Brasil estivesse diante de um desfile de Carnaval.
Em São Paulo, a Rodovia Castelo Branco foi interditada nos dois sentidos. O Rodoanel também chegou a ser fechado e milhares de trabalhadores levarão cinco, seis horas ou mais para retornar a seus lares.
Depois do primeiro dia de protestos intensos, a presidente Dilma Rousseff afirmou que "o Brasil amanheceu mais forte". Hoje, ele está mais fraco.
E amanhã exigirá um mínimo de ordem.
247 - A onda de protestos que tomou o Brasil teve seu primeiro registro de morte na noite desta quinta-feira. Um motorista avançou sobre um grupo de manifestantes na avenida João Fiusa, em Ribeirão Preto, matando Marcos Delefrati, de 18 anos. Como consequência do avanço do Jeep Land Rover, outras três pessoas ficaram feridas e precisaram ser levadas ao hospital, mas várias outras foram atingidas e sofreram escoriações.
O veículo, que foi surpreendido pelo protesto contra a tarifa de ônibus, fugiu, mas a placa do carro foi anotada por testemunhas. O grupo fechou a avenida, como mostra o video abaixo. Marcos Delefrati não teve como ser socorrido e morreu no local. Os demais feridos sofreram fraturas, um deles mais grave, que foi internado.
fonte brasil 247

Globo derruba a grade.
É o Golpe !

Cobertura da Globo, na tevê aberta, é um incitamento à derrubada da Dilma, à força
A Rede Globo, em tevê aberta, nesta quinta-feira, um dia depois de os prefeitos do Rio e de São Paulo reduzirem as tarifas, derrubou a grade de programação e se dedicou, sem comerciais !,  a abrasileirar o Golpe pela tevê que a Direita conseguiu, por 48 horas, contra o Chavéz, na Venezuela.

Clique aqui para ler “tem um monte de Cabo Anselmo nas ruas”.

A Globo, tão boazinha, fala em democracia, não violência, paz, luta contra a corrupção e entra no Brasil inteiro com imagens ao vivo do quebra-quebra, do desmando, da falta de Governo !.

É a pseudo  – informação.

Porque a Globo não desce lá embaixo.

É do alto, do helicóptero.

O repórter fala do que vê na tevê.

Não vê o que se diz lá embaixo.

A “cobertura” não tem contexto.

Não tem outro lado.

Outra versão.

Não tem uma autoridade.

Por duas horas seguidas, a Globo não põe no ar uma única palavra de alguém, com o manto da autoridade, para jogar agua na fervura.

É pau, ao vivo.

Pau !

O desmando, a desorganização.

A saturação do caos.

Os repórteres, coitados, vítimas do gás lacrimogênio.

É o “jornalismo catástrofe”!

Invadam o Itamaraty ! Subam no Congresso. Fechem a ponte Rio-Nietroi. Esculhambem o Governo !

Porque o William Bonner esta aqui, desde cedo, para dar visibilidade !

Ponham fogo que fica mais “televisivo”.

Lamentável, diz a repórter !

E tome fogo!

Lamentável.

E tome pau !

O Palácio do Planalto cercado !!!

É um Golpe.

Manjado.

Na Venezuela, deu certo, por 48 horas.

Lá não tinha Copa do Mundo que a Globo não pode permitir que dê certo – clique aqui para ler “Globo boicota e fatura com a Copa”.

Aqui tem.

De repente, o brasileiro passou a odiar futebol.

A próxima cobertura da Globo, depois de derrubar a grade de programação, é o impeachment da Dilma.

Palavra de ordem que já se viu na Avenida Paulista, ao lado de “ditadura, já !”

Viva a Democracia !

Como disse o Conversa Afiada, a Globo embolsou o Movimento do Passe Livre.

Não existe passeata de 50 mil pessoas apartidária.

Ou não dá em nada, ou derruba o Governo.

A Globo vai derrubar !

Paulo Henrique Amorim

Hora de falar, e com clareza

20 de Jun de 2013 | 12:09
Espera-se algo, ainda, sobre esta onda de manifestações que, agora  tiveram seu objetivo central – e justíssimo – atingido: baixar o preço das passagens dos transportes, ao menos no Rio e em São Paulo.
Era esse o liame que a unia à grande maioria do povo brasileiro, que sofre com a má qualidade dos transportes e com seu custo absurdo para quem tem salários  baixos e depende deles.
Mas é evidente que o movimento não tem apenas essas razões. Tem outras, boas e más.
Verdade que há gente que,com sinceridade, tem os difusos desejos de mais e melhores Saúde e Educação.
Mas só um tolo não veria como são instrumentalizados pelos que sempre trabalharam por um sistema econômico que negou, por séculos, Saúde e Educação ao povo brasileiro.
O grupo de pessoas que segurava cartazes recém-saídos de impressoras, ontem, durante a transmissão do jogo entre Brasil e México estava numa atitude legítima, mesmo que, pagando aquele ingresso, provavelmente não dependa de escola ou de hospital públicos. Que seja generosidade, ótimo.
A atitude da Globo de, insistentemente, fechar a imagem naquelas pessoas e tentar transformá-las em multidão, porém, não tem nada de generoso.
Assim como a atitude de incitação da emissora quando – mesmo depois do aumento das passagens ser revogado –  tentou-se parar a Ponte Rio-Niterói e submeteu-se ao inferno dezenas ou centenas de milhares de pessoas que voltavam para casa, inclusive e principalmente, nos ônibus sobre cujos preços se protestava, forçados a caminhar a pé para, quilômetros adiante, tentar encontrar outro coletivo que as levasse para a distante periferia.
Participei de dezenas de manifestações, como a geração depois de mim participou nos “cara-pintada” e jamais nos ocorreu agredir desta maneira as pessoas que, afinal, eram aquelas por que lutávamos. Muito menos nos ocorreu justificar saques, depredações, agressões.  Ninguém mais que nós enfrentava os provocadores e aproveitadores.
Não se vai parar esta onda se não dissermos claramente que todos devemos respeitar as regras mínimas de convivência, porque, ao lado do direito de protestar, também o respeito à coletividade é regra básica da democracia.
Ninguém é tão jovem que não possa expor seu pensamento de forma articulada e dialogar.
E temos, nós, o dever também de expor os nossos e deixar claro que uma ordem democrática implica um máximo de liberdade e um mínimo de ordem. Mas não a desordem gratuita, a agressão ao direito dos outros,  a depredação  e a violência.
Assim como o rebaxamento do valor das tarifas só aconteceu porque houve, por parte de Dilma e Lula a articulação e a sensibilização de prefeitos e governadores, também o restabelecimento da normalidade da vida urbana também depende de uma ação centralizada.
É preciso se dirigir ao povo e dizer as coisas de maneira clara e compreensível.
Se não o fizermos, deixaremos que a mídia – cujos propósitos são mais do que sabidos – continue a insuflar ações que, está claro, tem razôes políticas e eleitorais, quando não golpistas.
Democracia é agir às claras, com transparência e, sobretudo, fazendo que o sentimento popular seja o centro de nossas ações.
Baixar a passagem era uma necessidade. Baixar a temperatura chamando pelo julgamento lúcido e sereno da população é o melhor antídoto. Não contra as ruas, mas contra os que, ocultos, se servem delas.
Por: Fernando Brito