sábado, 30 de novembro de 2013

Dono do helicóptero do pó ganhou 3 contratos sem licitação de Aécio Neves

30 de Novembro de 2013 | 17:34 Autor: Miguel do Rosário
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Escrevo há uns quinze anos sobre política, de maneira quase ininterrupta, e tendo ideais progressistas, sempre fui crítico à grande imprensa brasileira. No entanto, nunca me deparei com um grau de degradação tão avassalador como vejo nos últimos dias. O Globo insiste nos “privilégios” dos presos petistas, sem refletir que, ao fazer esse tipo de campanha, contradiz a si mesmo. Afinal, que raio de privilégio é esse em ser achincalhado diariamente nos jornais, mesmo após estar preso injustamente?
Através do Globo, agora já sabemos os negócios de todos os familiares dos proprietários do hotel que empregará José Dirceu.
Enquanto isso,  a imprensa trata com inexplicável descrição aquele que pode ser o maior escândalo das últimas décadas, rivalizando até mesmo com o trensalão paulista.
O Ministério Público de Minas Gerais vai propor, nos próximos dias, uma Ação Civil Pública, para investigar repasses do governo do estado, na gestão de Aécio Neves, para a empresa Limeira Agropecuária e Participações Ltda, proprietária do helicóptero apreendido com meia tonelada de pó. Os repasses aconteceram em 2009, 2010 e 2011.
Achei reportagens do ano passado com informações sobre suspeitas do Ministério Público contra a Limeira, empresa dos Perrela. O MP apurava possível contratação irregular, sem licitação, pelo governo do estado, além de superfaturamento. A compra da fazenda Guará (a mesma onde o helicóptero foi apreendido), avaliada em R$ 60 milhões, também estava sob a mira dos procuradores, visto que o bem havia sido ocultado pelo senador Zezé Perrela.
Hoje há uma matéria no Globo sobre o tema, mencionando as suspeitas do Ministério Público, mas sem chamada na primeira página e sem qualquer citação ao partido do governo do estado, e às relações quase íntimas entre os Perrela e o provável candidato do PSDB à presidência da república, Aécio Neves. A reportagem informa que o senador Zezé Perrela (PDT-MG) também pagou com sua verba de gabinete o combustível usado no famoso helicóptero. Zezé e Gustavo, pai e filho, estão cada vez mais enredados no caso.
O assunto não é interessante? Um possível presidente da república ser tão próximo de políticos suspeitos de serem grandes traficantes de cocaína não é do interesse da nossa imprensa “livre”, “independente”, “profissional”? Será que mais uma vez, os blogueiros terão que assumir a dianteira dessa investigação, com grande risco pessoal?
247 – A presidente Dilma Rousseff marcou cinco gols na pesquisa Datafolha entre os levantamentos de outubro e novembro, mas o ex-presidente Lula continua se mostrando o "Pelé no banco de reservas", como definiu o ministro Gilberto Carvalho.
Enquanto Dilma avançou, no cenário que inclui o tucano Aécio Neves e o socialista Eduardo Campos como adversários, de 42% para 47% das intenções de voto, Lula obteve, no mesmo cenário, 56% de menções ao seu próprio nome, tirando três pontos percentuais de cada um dos dois presidenciáveis do PSDB e do PSB. Ambos, Dilma e Lula, venceriam em primeiro turno, mas só um deles poderá concorrer pelo PT.
A preferência é toda da presidente Dilma, que conta com reiteradas declarações de Lula de que ela é a sua candidata à reeleição. Dentro do PT, essa é a lógica que vigora. Considerar publicamente o ex-presidente como postulante ao cargo é tomar parte no chamado "fogo amigo" contra Dilma. Assim como é impensável, neste momento, que os partidários da reeleição da presidente cogitem dar a vez ao ex na disputa de 2014.
Mesmo assim, nas últimas semanas voltou a constar das conversas de personagens graduados da cena política, empresários pesos-pesados e representantes do grande capital o cálculo de que, a depender das condições da economia no próximo ano, Dilma e Lula troquem de papéis.
BOLA DIVIDIDA - Como estrelas máximas do time petista, nenhum dos dois principais interessados no assunto vai entrar nessa bola dividida. Para que o jogo do qual eles participam continue a ocorrer sob a égide da boa camaradagem e da sintonia fina, a pesquisa Datafolha chegou num ótimo momento – e com resultados que contribuem para aplacar arroubos de impertinência ao acordo estabelecido entre a artilheira que está em campo e o camisa 10 no banco de reservas.
Isso porque os números apurados são ótimos para ambos. Dilma cresceu sobre seus adversários, aumentando a margem de vitória em primeiro turno. Lula manteve a posição de principal liderança popular do País, com larga distância sobre os adversários dos outros partidos.
À medida em que trouxe uma positiva oscilação de cinco pontos percentuais para Dilma, o levantamento deu a Lula nunca menos de 52% de intenções de voto, no caso de disputar contra Marina Silva (PSB) e José Serra (PSDB).
Assim como abriu frente sobre os adversários, Dilma aproximou-se mais das intenções de voto dadas ao ex-presidente, redobrando a confiança no PT de que, com ela ou com Lula, o projeto político do partido estará garantido.
Jogando para a oposição o dilema de perseguir e alcançar os dois maiores quadros políticos do PT, os resultados do Datafolha também servem para afastar qualquer sombra de divergência, neste momento, entre a presidente e seu antecessor. Não surgiu, afinal, nenhum motivo eleitoral para que se queira mexer no time que está ganhando. A partida, no entanto, só termina no final do primeiro semestre do próximo ano, quando a lei obriga a definição oficial dos candidatos de cada partido.
São a economia e suas surpresas os elementos que podem voltar a agitar a torcida. Até aqui, o PT com Dilma no gramado e Lula como seu double está mesmo jogando por música, como se diz na gíria do futebol.
fonte:brasil 247

Escândalo! Secom entrega tudo a agências tucanas!

30 de Novembro de 2013 | 18:26 Autor: Miguel do Rosário
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Dando uma fuçada no Brasil 247, me deparo com a seguinte nota:
Propaganda reforçada
Desgastado pelas manifestações e pela investigação do cartel dos transportes, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) lança na próxima semana uma campanha em rádio e TV. As propagandas, preparadas pelas agências Propeg, Lua Branca e Nova SB, mostrarão as obras do governo, principalmente em transporte e saúde. Pesquisa concluída na semana passada indica que a aprovação de Alckmin, que havia caído para 35%, chegou a 42%. O objetivo é atingir 50% até a campanha à reeleição. Para isso, a verba de publicidade, que era de R$ 100 milhões, dobrou.
Então me lembrei de uma reportagem que fiz lá pro Cafezinho, compilando os números da Secom. Repare nas agências contempladas pela Secom (confira a participação da Propeg e Nova, as mesmas que operam com o governo Alckmin).
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No twitter, alguém me avisa que a Propeg é sócia do ex-senador Tasso Jereissati, um dos tucanos mais influentes do partido. Seu irmão, Carlos Jereissati é um dos homens mais ricos do país e herdeiro das privatizações: é dono da OI.
A Nova pertence à João Roberto Vieira da Costa, ex-diretor da Secom no último governo FHC. A Lua Branca, por sua vez, foi criado pelo jornalista Luiz Gonzalez. Tanto a Nova quanto a Lua Branca são “tradicionalmente associadas ao tucanato”, segundo uma reportagem da Folha. Gonzalez fez a campanha de Alckmin em 2006.
Politicamente, há sentido em Alckmin entregar recursos de publicidade de seu estado a agências pertencentes a seus companheiros tucanos, mas ver a Secom dar suas contas para as mesmas empresas é de dar engulhos no estômago! Nem aí teremos pluralidade?
Então ficamos assim. A Secom entrega seus recursos à agências de publicidade pertencentes à tucanos milionários, que por sua vez repassam a verba para grandes empresas de mídia (também ligadas ao tucanato), como a Globo. Tá tudo dominado!
Enquanto em toda a América Latina, vemos os governos progressistas fazerem reformas modernas em seus sistema de comunicação, e até mesmo os EUA assiste a um canal mais à esquerda, a MSNBC, ultrapassar a CNN em audiência e encostar na direitista Fox, o governo brasileiro trabalha para enriquecer cada vez mais os barões da mídia, além de fortalecer o sistema de agências de publicidade “tradicionalmente ligadas ao tucanato”.
Por que isso, Dilma?

O Antigo Regime não perdoa Lula

30 de Novembro de 2013 | 09:03


O Ministério Público Federal, através de um parecer assinado por Marcelo Antônio Ceará Serra Azul, entrou com uma ação de improbidade administrativa contra Lula. A mesma ação já havia sido anulada pela Justiça, mas o MP apelou, e trabalha para que a denúncia seja aceita pela Justiça.
Tudo muito bem, só que é importante a gente lembrar alguns episódios. E jamais esquecer que o Ministério Público, que tem a nobre missão de combater a corrupção e a incompetência administrativa, também tem seus problemas.
O MP tem muitos integrantes ilibados e valentes, mas há momentos em que aqueles que cultivam rancores políticos e se associam a forças partidárias conservadoras (para não dizer mafiosas), parecem predominar.
Serra Azul, o procurador que assina o parecer contra Lula, por exemplo, além do sobrenome de pirata, tem uma mácula em seu passado que, pelo jeito, ainda não se apagou por completo.
Ele acompanhava outro procurador José Santoro, quando este tentou pressionar Carlos Cachoeira, a entregar uma certa “fita” que poderia prejudicar José Dirceu.
O escândalo foi parar no Jornal Nacional (que tentou, mesmo assim, aliviar a barra de Santoro, ao lhe dar todas as chances de se explicar):

(O vídeo acima foi editado por mim para mostrar somente a parte em que Serra Azul é citado; a íntegra da matéria do Jornal Nacional está aqui).
Santoro não ocultava seus objetivos: atingir José Dirceu e “derrubar o governo do PT”.
O caso chocou parte da opinião pública, e obrigou o então procurador-geral da República, Claudio Fonteles, a entrar com uma representação contra três procuradores:
O coordenador criminal do Ministério Público Federal em Brasília, Marcelo Antônio Ceará Serra Azul, o procurador Mário Lúcio de Avelar, bem como o sub-procurador, José Roberto Figueiredo Santoro, que extrapolaram suas funções na investigação do caso Waldomiro, poderão sofrer desde a pena mínima de advertência até a máxima, que seria a demissão.
Os atos por eles praticados afrontam “ao princípio do Promotor Natural e improbidade administrativa na modalidade de violação do dever de lealdade para com a Instituição”, no entender de Cláudio Fonteles, procurador-geral da República, que, nesta quarta-feira (31/3), encaminhou à Corregedoria-Geral do órgão pedido de abertura de inquérito administrativo. (veja íntegra abaixo)
Segundo Fonteles, ao tomarem conhecimento, no dia 4 de fevereiro passado, das fitas gravadas da conversa entre Waldomiro Diniz e o bicheiro Carlos Cachoeira, que foram enviadas pelo senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) com um pedido de investigação, deveriam ter encaminhado o material para o primeiro grau. “Eles invadiram atribuições”, afirmou.
Na época, a senadora Ideli Salvati foi à tribuna expressar sua suspeita de que Serra Azul estaria associado a Carlos Cachoeira, porque o procurador havia “anistiado” a Gtech, da qual Cachoeira era sócio, e jogado todo o peso do MP sobre a Caixa.
O próprio Dirceu também descobriu que Serra Azul entrara na Caixa para levar documentos, sem autorização judicial.
Uma rápida pesquisa nos permite descobrir que Serra Azul integrava o grupo de procuradores ligados à José Serra, do qual fazia parte Santoro, Mário Lúcio de Avelar; na Polícia Federal, o serrista mais conhecido era Marcelo Itagiba. Santoro, Avelar e Itagiba estiveram à frente, por exemplo, do caso Lunus, onde Serra conseguiu a proeza de extirpar pela raíz a candidatura de Roseane Sarney.
(Digressão: assista essa denúncia do deputado estadual Marcelo Freixo, que acusa Itagiba de ser um dos nomes mais constantes na CPI da Milícia, e que a milícia no Rio de Janeiro jamais cresceu tão rápido e matou tanta gente como quando Itagiba esteve à frente da secretaria de Segurança.)
A relação entre Serra Azul e Serra vem desde os tempos em que o tucano foi ministro da Saúde e montou uma espécie de “central de inteligência e contra-inteligência” no próprio ministério.
Matéria da Folha de 31 de outubro de 2001 informava que o empresário Alexandre Paes dos Santos, 47 anos, vivia um estranho pesadelo. Após comentar com uma jornalista sobre um esquema dentro do Ministério da Saúde para forçar empresários a colaborar no caixa de campanha de José Serra (seria um dos “mensalões” de José Serra?), o procurador Serra Azul apareceu na sua vida como um anjo vingador – em defesa de Serra. De possível denunciante, Santos passou a ser investigado.
“O procurador Marcelo Antonio Ceará Serra Azul, o ministro e o assessor, segundo Santos, estariam invertendo a situação. No lugar de investigarem sua denúncia de que existiria no ministério um esquema para forçar empresários a colaborar com a caixa de campanha presidencial de Serra, ele, Santos, é que passou a ser investigado por supostamente levantar suspeitas que visam obter benefícios para seus clientes.
O esquema do ministério seria, segundo o advogado Felipe Amodeo, um crime de concussão (extorsão ou peculato cometidos por servidor público no exercício da função). A acusação contra Santos é de tentativa de extorsão.”

Essas informações servem para alertar os cidadãos a olharem o Ministério Público com o mesmo grau de desconfiança que tem contra o Legislativo e o Executivo. O jogo pesado de poder e a corrupção estão tão entranhados no Ministério Público como em qualquer outra instituição. Com um agravante: os procuradores são como príncipes. Não passam pelo filtro do voto popular e gozam de uma blindagem e imunidade que nenhum parlamentar, ministro ou mesmo presidente da república, possuem.
Além disso, não é difícil observar, no seio do Ministério Público, a presença de uma mentalidade profundamente aristocrática, e um preconceito muito grande contra a classe política, vista como inculta, corrupta e incompetente. A figura de Lula, especialmente, por encarnar exatamente o oposto do perfil sociológico de um membro do Ministério Público, desperta um ódio irracional.
No julgamento do mensalão, esse ódio corporativo veio à tôna com muita força. Ao apresentar oficialmente a denúncia, Roberto Gurgel, não expõe somente os supostos fatos que deveriam levar à condenação: ele faz um discurso muito mais adjetivo do que substantivo. É um discurso de ódio e ressentimento. Como figura mais importante do Ministério Público naquele momento, Gurgel representava o neocoronelismo burocrático, já denunciado por Raymondo Faoro, cuja obra, ironicamente, é citada por Gurgel no discurso, mas sob um viés totalmente deturpado; Faoro antevira o golpe de Estado de 64 ao alertar que o coronelismo renascia disfarçado na burocracia.
O neocoronelismo burocrático, alertava Faoro, seria a maneira como as elites reagiam à democracia, sobretudo quando, após Vargas, perdem as prerrogativas de controlar (e fraudar) o processo eleitoral. Para setores da elite, a democracia implica em perda de poder. Por isso, o espírito de vingança, que perdura até hoje.
A perseguição de Serra Azul contra Lula, enquanto FHC é deixado em paz, reflete esse espírito vingativo e aristocrático do Ministério Público. FHC mereceu ser presidente, porque estudou na Sorbonne e fala francês. Lula não. Lula tem de pagar pelo crime de ganhar as eleições e governar o Brasil. Com o julgamento do mensalão, derrubaram alguns dos melhores quadros políticos do PT. Agora é a vez do próprio Lula.
FONTE: TIJOLAÇO

 

Os analfabetos políticos das redações

Brecht dizia que nada havia de pior que eles, porque acabavam deixando a política nas mãos de pessoas como, bem, como Roberto Marinho.


Paulo Nogueira Arquivo

Você certamente conhece os analfabetos políticos, os APs. Brecht dizia que nada havia de pior que eles, porque acabavam deixando a política nas mãos de pessoas como, bem, como Roberto Marinho, para trazer o assunto para um cenário brasileiro.

Os APs estão em toda parte, até mesmo nas redações de grandes jornais e revistas. Os leitores podem imaginar que as redações sejam compostas de pessoas altamente politizadas, a negação dos APs.

Mas não é assim.

Considere.

Recentemente, houve uma troca de tuítes entre Barbara Gancia e mim. A encrenca começou quando ela escreveu que estranhava Dirceu estar preso e Palocci não.

Respondi que estranho mesmo era a Folha não dar nada sobre o documentado escândalo da sonegação da Globo.

Primeiro, ela revelou ignorância sobre o caso. Atribuiu-o a uma “teoria da conspiração”, a despeito de todos os fatos amplamente comprovados.

Depois, disse, em tons heroicos, que em 30 anos de colunismo na Folha jamais foi censurada.

Respondi que isso se devia apenas a que ela jamais escrevera nada que incomodasse a família Frias.

Foi então que o analfabetismo político de Barbara Gancia gritou: ela citou, como evidência de que é independente, um texto em que dizia que nos protestos de fora as pessoas são chamadas de manifestantes e no Brasil de vândalos.

Bem, onde uma afirmação dessas poderia incomodar os Frias?

Somente o analfabetismo político poderia enxergar numa banalidade daquelas prova de independência editorial.

Coragem seria, para voltar ao caso, reclamar esclarecimentos sobre a sonegação da Globo.

Muitos leitores vêem coragem onde não há nada que mereça uma única palma.

Isso se manifesta com frequência entre os leitores de outro analfabeto político do jornalismo, Reinaldo Azevedo.

“Parabéns pela coragem, Tio Rei”, gostam de dizer os obtusos leitores dele.

Coragem?

Ora, ele está sempre defendendo os interesses das empresas para as quais trabalha. É um bajulador dos poderosos.

Coragem?

Se ele tivesse escrito qualquer coisa que contrariasse os interesses dos que lhe pagam, aí sim, ele seria corajoso.

É o famoso chapa branca vestido de rebelde, aspas e pausa para rir. Como todo chapa branca, ganha duas vezes: primeiro, indiretamente, do Estado, pelas mamatas desfrutadas por quem o emprega. Depois, pelas próprias empresas.

Faça um teste. Azevedo poderia - liberal que é, aspas novamente - questionar a reserva de mercado para as companhias de mídia.

Mas tente encontrar uma única linha sobre o assunto na vasta, tediosa, repetitiva obra de Azevedo.

Provavelmente ele ignore a reserva de mercado da mídia. E também não saiba das mamatas estatais concedidas às companhias jornalísticas.

Saberá Reinaldo Azevedo que o papel de cada página da Veja é imune de impostos? Saberá que o dinheiro público – empréstimos do BNDES e do Banco do Brasil a juros maternais, anúncios oficiais pagos com tabela cheia, lotes de assinaturas de governantes amigos – paga boa parte de seu salário?

Talvez não. Por isso ele é um AP, um analfabeto político.

O que ele sabe, quase certamente, é que nem o dinheiro dos anúncios de Alckmin bastaram para salvar a revista política na qual ele teve sua única experiência de comando.

Nela, ele aprendeu com seu mecenas na ocasião, Luís Carlos Mendonça de Barros, a arte da grosseria, da insolência e da mistificação.

A convivência entre os dois terminou na ruína de uma revista que, repito, não se sustentou sequer com dinheiro público.

Mendonça não pode ser acusado de AP. É esperto demais para isso. Mas ele não ensinou seu pupilo nesse quesito, e hoje o aprendiz nos atormenta com suas demonstrações cotidianas de analfabetismo político.



Arroubo tucano é pânico

Arroubo tucano é pânico


Atropelados pelas denúncias, tucanos enfrentarão o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em local apropriado para discutir o trensalão do PSDB.





Era uma vez um bando de tucanos - como se sabe, o coletivo de pássaros é bando. Empoleirados e empertigados, um ao lado do outro, eles se esforçaram ao máximo para demonstrar altivez, unidade e indignação.

Sua reunião mais parecia o quadro da Última Ceia, mas ainda não haviam escolhido ninguém para Cristo. Negaram três vezes que estejam metidos em maracutaias. “Não, não e não!”

Chamaram a imprensa para fazer disso uma coletiva. Como se tivessem descoberto alguma novidade, exibiram uma papelada tirada do sarcófago de uma investigação, nunca levada adiante, sobre o escândalo do trensalão do PSDB, carinhosamente apelidado de “caso Siemens”.

Provaram, por “a” mais “b”, que alguém teve o desplante de traduzir “o governo de São Paulo” por “governo do PSDB”. Onde já se viu? Onde se lê, em Inglês, “pessoas do governo”, aportuguesaram para “tucanos”. Definitivamente, alguém está querendo confundir as coisas.

Para dar mais sobriedade ao encontro, o bando colocou no meio o candidato a presidente, Aécio Neves. Alckmin e Serra não compareceram. Foi melhor. Havia o risco de levantarem a mão na hora da leitura do documento e dizerem “sou eu”.

Conforme roteiro previamente ensaiado, esses descendentes mais próximos dos dinossauros, fazendo jus à família do Tiranossauro Rex, rosnaram ameaças, rogaram pragas e abriram a torneira de palavrões tirados do Dicionário Carlos Lacerda de Golpes Abaixo da Linha de Cintura. Era para cada membro do jogral proferir apenas um despautério, mas há sempre quem quer aparecer mais que os outros. Esse, mais afoito, foi logo chamando o ministro da Justiça de vigarista, sonso e membro de quadrilha. Sempre ele, o tucano mais provocador e especialista em promover dissensões, conforme uma qualificação dada por um companheiro de partido.

Qual não foi a surpresa quando o ministro da Justiça reagiu. Fazia tempo que algo assim não acontecia. Parece, pelo menos até agora, que os petistas resolveram finalmente sair da retranca. Dizem as más línguas do jornalismo isento, aquele que se isenta de pagar impostos, que a orientação partiu da própria presidenta.

Precisávamos saber mais detalhes sobre que tipo de orientação terá sido essa. Imagino algo como: “vá lá e mostre que não temos sangue de barata”. “Chega de complexo de vira-latas”. “Manda brasa e depena esses galináceos”.

E foi isto o que o ministro fez, duas vezes. Da primeira vez, o jornalismo isento (de impostos) deve ter dormido em metade da coletiva e só acordou ao final. Perdeu e não divulgou o mais importante. No dia seguinte, o ministro teve que voltar a repetir tudo e servir café quente para aquecer as más línguas. Finalmente, eles ficaram atentos e se dignaram a dar uma declaraçãozinha mais generosa.

"O dia em que o ministro da Justiça aceitar ser chamado de vigarista, sonso - no sentido de dissimulado, ou ser chamado de membro de quadrilha e não reagir, ele não defende o seu cargo. Este é um cargo de Estado". "Quem denuncia falso crime comete outro crime". “Isso é um vil pretexto para criar uma cortina de fumaça sobre o fato de que o ministro tinha os documentos e os encaminhou para a PF" [traduzindo: Polícia Federal].

"Acho lamentável que queiram transformar quem cumpre a lei em réu apenas pelo fato de que existe uma investigação que, obviamente, existe desde 2008. A maior parte dos países em que houve esse escândalo já investigou, já puniu pessoas envolvidas. O Brasil ainda caminha lentamente"."É esse meu papel e de qualquer ministro da Justiça que não quer ser um engavetador, como no passado já houve”.

Na próxima quarta-feira (4/12), o bicho vai pegar. Cardozo vai falar em audiência pública na Comissão de Segurança e Combate ao Crime Organizado, local certo para tratar do trensalão do PSDB. Os tucanos queriam que o ministro fosse ao Congresso, e não é que ele topou? Agora, os tucanos precisarão fazer um esforço ou tomar um Lexotan para evitar que sua irritação demonstre o pânico que transpira em bicas a cada vez que o assunto é ventilado. Vai ser necessário muito arroubo. Caramba, e como traduzirão arroubo?

FONTE: CARTA MAIOR

 

Médicos superam alcance do Bolsa Família em 14 Estados

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JULIANA COISSI
DE SÃO PAULO
Ouvir o texto
A meta do governo federal de espalhar 13 mil profissionais em postos de saúde de todo o país no ano que vem fará o programa Mais Médicos "superar" o alcance do Bolsa Família em 14 Estados.
Segundo a projeção do governo, esse exército de médicos será responsável pelo atendimento de quase 46 milhões de pessoas no primeiro semestre de 2014 --média de 3.500 pacientes por médico.
Já o Bolsa Família, programa criado em 2003, alcança cerca de 49,1 milhões de pessoas (ou 13,6 mi de famílias).
Análise: Mais Médicos dá a Dilma marca social para sair da sombra de Lula
Tabulada pela Folha, a diferente distribuição regional dos médicos e dos beneficiados pelo programa de transferência de renda expõe a liderança do Mais Médicos no número de atendidos: 14 Estados, contra 12 e o Distrito Federal pelo Bolsa Família.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, 3,8 milhões de pacientes devem ser atendidos pelo programa em 2014, ante 1,5 milhão de beneficiados pelo Bolsa Família.
Essa vantagem do programa de médicos se repete em Estados como São Paulo, Minas e Santa Catarina.
Já na Bahia, 6,3 milhões de pobres e miseráveis recebem o repasse do Bolsa Família. Já o teto do Mais Médicos no ano que vem no Estado é estimado em 4 milhões de pessoas.
VITRINE SOCIAL
O Mais Médicos, com profissionais nas periferias das capitais e no interior do país, é a principal aposta de vitrine social para a campanha de reeleição de Dilma em 2014.
Não é possível fazer esse cruzamento, mas, pelo público-alvo de ambos os programas, é possível estimar que muitos dos pacientes do Mais Médicos sejam também beneficiários do Bolsa Família.
Para especialistas ouvidos pela Folha, o Mais Médicos terá impacto eleitoral positivo na candidatura à reeleição de Dilma, mas é difícil comparar o alcance do programa em relação ao Bolsa Família.
Segundo o cientista político e colunista da Folha André Singer, da USP, chama a atenção a abrangência de potenciais pacientes, mas é difícil comparar com o efeito eleitoral do Bolsa Família.
"[O Mais Médicos] é importante, mas não tem impacto tão direto, geral e permanente quanto o Bolsa Família."
"Um cidadão, que é o eleitor, pode ir mais ao médico, ficar mais ou menos doente. O Bolsa, não: cada uma dessas famílias recebe o dinheiro todo mês", afirma o ex-secretário de Imprensa de Lula.
Enquanto Singer considera que o Mais Médicos deve, em algum grau, render dividendos à imagem de Dilma em 2014, Ricardo Ismael, cientista político da PUC-Rio, diz que os louros com o programa já foram colhidos.
Ele se refere à queda de popularidade com a onda de protestos de junho e a consequente retomada, que coincidiu com o início da implementação do Mais Médicos.
Para Ismael, como o Mais Médicos obteve aceitação popular, a estratégia da oposição ao PT será a de explorar os outros problemas da saúde pública que as famílias carentes bem conhecem.
"Nessas localidades falta leito em hospital, laboratório, remédio. Logo, a população atendida pelo médico sabe que irá se deparar com fila de espera para cirurgia, com demora em exames", diz.
Já para o cientista político Rudá Ricci, diretor-geral do Instituto Cultiva, o Mais Médicos será tanto ou mais capaz de angariar votos para Dilma como o Bolsa Família.
"O impacto deve ser ainda maior quando o programa for executado em massa, porque essa saúde pública é a atual crítica popular", afirma. 



Editoria de Arte/Folhapress
  FONTE: FALHA DE SP

Aécio defende Demóstenes. O que diria do Perrella ?



Aécio defende Demóstenes.
O que diria do Perrella ?

Disse Aécio: “um dos mais preparados, destemidos e mais respeitados !”
O Senador Aécio faz aparte a Demóstenes – aquele que se beneficiou da generosidade de quem o senador Collor chamou de prevaricador.

E diz que o conhece profundamente: um dos mais preparados, destemidos e mais respeitados !

O que diria do Perrella ?

Paulo Henrique Amorim

Gasolina sobe 5 centavos na refinaria. Vamos ver quanto na bomba…

29 de Novembro de 2013 | 19:51

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Afinal, o tão especulado reajuste dos preços do combustível saiu.
E a Petrobras vai, de novo, levar a culpa por uma aumento de preços que vai para todo mundo, muito mais do que para ela.
Porque, de verdade, a Petrobras recebe apenas, em média, 36% do preço pago pelo consumidor que abastece seu carro.
Os governos estaduais levam, sem produzir nem uma gota de nada, 28% de ICMS.
O etanol misturado à gasolina fica com 12%.
8% são PIS e Cofins, únicos impostos federais, já que foi zerada a alíquota da Cide, a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico.
E os 16 por cento restantes ficam para cobrir custos e margem de lucro de distribuidores e revendedores.
Os 4% de reajuste anunciados hoje representam cinco centavos por litro.
Um oitavo da diferença do preço da gasolina cobrado num posto da Avenida Brasil, no Rio, a R$ 2,80, para um posto junto à Lagoa Rodrigo de Freitas, onde custa R$ 3,20.
Mas, na hora de reajustar, vocês vão ver se o preço vai subir cinco centavos, ou sete, como deveria ser contando a alíquota de imposto.
Está mais do que na hora da Petrobras fazer uma campanha de esclarecimento para mostrar quem ganha o que no preço da gasolina.
Acho bacana os anúncios das tartarugas que ela salva no Projeto Tamar, mas seria bom investir também no esclarecimento do pessoal que fica achando que ela é a vilã do preço da gasolina.
E a nossa imprensa, que fez tanta campanha para que as notas fiscais passem a discriminar o valor do imposto, bem que podia fazer uma tornando obrigatório colocar no postos a discriminação dos preços que compõem o valor final do combustível.
Garanto que vai ter muita gente desejando a volta do tabelamento governamental.
Afinal, a transparência deve valer para todos.
fonte: tijolaço

A batalha do algodão: Estados Unidos retaliaram o Brasil por reclamar de espionagem

30 de Novembro de 2013 | 00:48
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A jornalista Raquel Landim, que publica uma coluna sobre assuntos de comércio exterior às sextas, na Folha, escreveu um correto e esclarecedor artigo ontem.
Faltou apenas, como dizia o outro, “juntar (explicitamente) o nome à pessoa”.
Ela rememora o contencioso entre Brasil e Estados Unidos no mercado mundial de algodão, quando o Brasil se queixou à Organização Mundial do Comércio porque  os americanos estavam subsidiando sua produção de algodão acima dos limites permitidos.
Houve, depois de muitos desaguisados, um acordo para que os EUA indenizasse os produtores brasileiros em US$ 147 milhões por ano, enquanto não cortassem os subsídios (que palavrão, não, senhores neoliberais?) ao níveis aceitos nos tratados internacionais.
E eles vinham pagando, direitinho.
Mas pararam em setembro deste ano.
Por que? O que aconteceu em setembro para que parassem?
Bem, para quem não se lembra, em 1° de setembro vieram à tona as denúncias de espionagem da NSA sobre as comunicações oficiais brasileiras, inclusive as da presidenta Dilma Rousseff. E, no dia 8, a arapongagem sobre a Petrobras.
Foi isso o que faltou dizer.
Mas, corretamente, Landim escreve que o Brasil não tem outra saída senão retaliar os Estados Unidos de acordo com as decisões da OMC sobre o caso, o que pode ser feito até com quebra de patentes.
O Brasil, segundo ela, está evitando o quanto pode uma ação hostil, mas até empresários  reconhecem que “os EUA colocaram o Brasil numa situação insolúvel”.
O desfecho desta história é acompanhado com enorme interesse pelos países da África, produtores de algodão, e pela China, que tem nesta fibra um de seus dez maiores itens de importação, apesar de ser também um grande produtor.
É engraçado , diante desta atitude americana, a gente ver outros jornalistas dizerem que é o Brasil que está fazendo um cavalo de batalha prejudicial às nossas relações com os EUA por conta da espionagem.
Nós estamos cumprindo todos os acordos – muitos espúrios – internacionalmente firmados, naquela base do “pacta sunt servanda”  tão ao gosto dos juristas.
Mas os Estados Unidos quebram o acordado nos fóruns internacionais com a maior sem-cerimônia.
E acham que sacudindo um dinherinho que não lhes  faz falta terão diante de si governos e governantes ajoelhados, suplicantes.
Mister, passou o tempo do “bwana sahib”.
fonte: tijolaço
247 - Tratado até agora, por parte da imprensa, como um caso isolado de corrupção, que envolveria apenas técnicos dos setores de transporte e energia do governo paulista, o escândalo dos trens em São Paulo se parece, cada vez mais, com um esquema sistêmico de desvio de recursos públicos, destinado a financiar campanhas políticas do PSDB.
É o que aponta reportagem publicada neste sábado pelos jornalistas Fausto Macedo, Fernando Gallo e Ricardo Chapola, do Estado de S. Paulo (leia aqui). Eles levantaram a informação de que a Focco Tecnologia, do engenheiro João Roberto Zaniboni, investigado na Suíça por receber propinas da Alstom e por lavagem de dinheiro, foi também um dos grandes doadores de campanhas tucanas.
Além de receber recursos da Alstom, Zaniboni, um ex-diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, também movimentou R$ 32,9 milhões em suas contas, por serviços de consultoria pagos pelo governo paulista.
Próximo ao ex-governador Mário Covas, Zaniboni foi o segundo maior doador da campanha de Mário Covas Neto, o Zuzinha, que, em 2012, se elegeu vereador. Ele também fez doações a dois secretários de Geraldo Alckmin: Bruno Covas, do Meio Ambiente, e José Aníbal, de Energia.
No Brasil, Zaniboni foi indiciado pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro. Na Suíça, já está indiciado por lavagem de dinheiro. Segundo a PF, ele seria "intermediário no pagamento de propinas". A doação a Zuzinha, em 2012, foi de R$ 50 mil. Bruno Covas recebeu R$ 2 mil e José Aníbal, R$ 4 mil. Eles afirmam que as doações foram legais e registradas pela Justiça Eleitoral.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Há repórter policial no Brasil ou o helicóptero do pó vai ficar nos bagrinhos?

28 de Novembro de 2013 | 22:21
Já se passaram quatro dias da apreensão do helicóptero do filho do Senador José Perrella com quase meia tonelada de cocaína.
Não há, é verdade, nenhuma prova de que o senador e o seu filho deputado estivessem envolvidos no tráfico, embora haja provas abundantes do desvio de finalidade de servidor da Assembléia e combustível pagos pelos cofres públicos mineiros.
Mas é impressionante a “discrição” com que o caso vem sendo tratado, não sei se pelas notórias ligações entre os Perella e o senador Aécio Neves.
Mas é inacreditável o que está sendo publicado.
Não se trafica quase 500 quilos de cocaína “arranjando” por acaso e em cima da hora um transporte aéreo.
A “carga”, afinal, vale mais de R$ 20 milhões.
Depois, o trajeto entre Avaré (SP), Campo de Marte (SP), Divinópolis (MG) e Afonso Cláudio (ES) não tem lógica. Em linha reta há um aeroporto com reabastecimento, em Juiz de Fora, praticamente em linha reta, ou ainda Macaé, com um desvio mínimo.
Está na cara que  se desembarcou ou se embarcou algo ou alguém em Divinópolis, que é próximo a Belo Horizonte.
Também é esquisitíssimo que um helicóptero (Robson R66) com capacidade total de 420 quilos de carga estivesse transportando essa quantidade de droga e mais dois pilotos, a manos que com uma quantidade mínima de combustível, para aliviar o peso.
Será que em  nossos jornais, tão adeptos do “jornalismo investigativo” (desconheço que exista um jornalismo não-investigativo, mas vá lá), não há um bom repórter para apurar isso.
Ou não há vontade de saber?
fonte: tijolaço

Sebastián Piñera recebe Lula em La Moneda

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
  • Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
  • Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
  • Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido esta tarde pelo presidente chileno Sebastián Piñera, e o chanceler Alfredo Moreno, no Palácio La Moneda, em Santiago, que convidaram o ex-presidente para uma conversa durante sua visita ao país.
Para baixar fotos em alta resolução, visite o Picasa do Instituto Lula.
Lula encontrou Piñera acompanhado pelo embaixador do Brasil no Chile, Georges Lamaziére, pelo assessor especial da presidência da República, Marco Aurélio Garcia, e pelo presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.

Assembleia de Minas pagou combustível de helicóptero de Perrella-

publicado em 28 de novembro de 2013 às 10:00

PERRELLA
Combustível de helicóptero  é custeado pela Assembleia
Deputado usou verba indenizatória do Legislativo para abastecer aeronave apreendida com cocaína
PUBLICADO EM 28/11/13 – 04h00
TÂMARA TEIXEIRA, no jornal O Tempo, sugerido pelo José Henrique Cerqueira Mariani
A Assembleia Legislativa de Minas banca o combustível do helicóptero do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD), flagrado com 445 kg de pasta base de cocaína, no último domingo, no Espírito Santo. Entre janeiro e outubro deste ano, o parlamentar gastou R$ 14.071 com querosene para avião, segundo o relatório do Portal da Transparência do Legislativo. O Ministério Público de Minas informou que irá investigar o caso. A Casa ainda pagava, desde abril, o salário de R$ 1.700 para o piloto que dirigia a aeronave, Rogério Almeida, exonerado nessa terça.
O valor gasto só neste ano é suficiente para a compra de 2.814 litros, levando em consideração que o litro de querosene de avião custa R$ 5, segundo uma pesquisa da reportagem em empresas especializadas. Com o total seria possível percorrer, no mínimo, 6.500 quilômetros.
O deputado Gustavo Perrella confirmou ontem que utiliza a verba indenizatória para encher o tanque da aeronave Robinson R-66, que pertence à sua empresa Limeira Agropecuária e Participações Ltda. Perrella reconhece, inclusive, que usa a máquina para deslocamentos pessoais e da sua empresa, em sociedade com a irmã Carolina Perrella e o primo André Almeida Costa.
Os abastecimentos com recursos da verba indenizatória são regulares e só não aconteceram em fevereiro e abril deste ano. Em junho, por exemplo, o valor gasto chegou a R$ 3.483. Em julho, no recesso parlamentar, o deputado gastou R$ 1.547 em querosene de avião.
Por mês, cada parlamentar pode gastar R$ 5.000 com combustível e lubrificante. A assessoria da Casa afirmou ontem que o valor não poderia ser gasto com transporte aéreo, mas depois voltou atrás e disse que os pagamentos, desde que fossem para viagens a trabalho, eram legais.
Ministério Público. O promotor Eduardo Nepomuceno disse que há suspeita de irregularidade e que irá abrir uma investigação. “Os gastos só podem ser para uso do exercício do mandato. Lembro que o MP já investiga os gastos da mesma natureza referentes a Zezé Perrella (senador, pai de Gustavo) no período em que este foi deputado estadual”, explicou o promotor.
Gustavo Perrella afirma que não há irregularidade em abastecer o helicóptero de sua empresa com o dinheiro da Assembleia. “Todas as vezes que abasteci com a verba da Assembleia foi a trabalho, para visitar as minhas bases”, disse.
Além do transporte aéreo, o deputado não dispensa o uso de carros. Só neste ano, o abastecimento de seus veículos demandou R$ 27.185 da sua cota de verba indenizatória. A Assembleia não exige a comprovação das gastos. “Subentende-se que foi a trabalho”, disse a assessoria da Casa. (Com Larissa Arantes)
[Quer nos ajudar a ir fundo na investigação deste caso? Clique aqui]

[Gerson Carneiro pediu para conversar...]
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POLÍCIA FEDERAL
Contradições nos depoimentos
PUBLICADO EM 28/11/13 – 04h00
LUCAS PAVANELLI, no jornal O Tempo
O piloto do helicóptero da empresa do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD), Rogério Almeida Antunes, afirmou no depoimento à Polícia Federal do Espírito Santo (PF), na última segunda-feira, ao qual O TEMPO teve acesso, que sabia que transportava mercadoria “ilícita” na aeronave. A declaração é contrária ao que afirma seu advogado, Nicácio Tiradentes, que nega que seu cliente sabia do frete ilegal.
Além da versão contraditória entre piloto e advogado, Rogério e o copiloto Alexandre José de Oliveira Júnior também deram explicações diferentes à PF.
Rogério disse que foi “pressionado” pelo copiloto Alexandre José de Oliveira Júnior a aceitar o transporte e que receberia R$ 106 mil pelo frete, mais as despesas com o helicóptero.
Por sua vez, o copiloto afirmou que o valor do frete prometido a ele por um terceiro era de R$ 60 mil, que seria dividido com Rogério quando retornassem.
Alexandre negou que soubesse que a aeronave transportava droga, “pois o bagageiro estava trancado” quando ele entrou no helicóptero. No entanto, ele reconheceu que não é um “comportamento normal” aceitar qualquer tipo de frete sem saber o que é transportado.
Trajeto. Ainda de acordo com os depoimentos prestados na última segunda-feira à Polícia Federal, o piloto Rogério Antunes afirmou que os 445 kg de cocaína foram carregados em uma localidade próxima a Avaré, no interior paulista. A aeronave, segundo ele, fez duas paradas para abastecimento. No Campo de Marte, em São Paulo, e em Divinópolis, na região Centro-Oeste.
PS do Viomundo: Versão do piloto Rogério e do advogado dele não batem, como podemos ver aqui.
PS2 do Viomundo: Como escreveu um amigo de Facebook, o helicóptero é do Perrella, o piloto é do Perrella, a fazenda-destino é do Perrella, agora o combustível é do Perrella — mas a cocaína não tem dono.
fonte: viomundo
247 – Apontado pela Polícia Federal como responsável por receber e intermediar pagamentos de propina a importantes nomes do PSDB durante os governos tucanos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, no caso da francesa Alstom, Jorge Fagali Neto agora é alvo de uma nova acusação: ter movimentado nada menos que R$ 28 milhões em bancos estrangeiros na Suíça num período de dez anos (de 1997 a 2007).
O ex-secretário de Transportes no governo Luiz Antonio Fleury Filho (PMDB) é irmão de José Jorge Fagali, ex-presidente do Metrô na gestão Serra. Considerado o “homem bomba” do escândalo de corrupção em contratos firmados pelo grupo Alstom para fornecer energia ao metrô de São Paulo, Jorge Fagali tinha autorização para movimentar no paraíso fiscal a conta do responsável por uma das consultorias suspeitas de movimentar propina para a Alstom: a Taltos, de José Geraldo Villas Boas.
No inquérito do Ministério Público, ele também aparece como representante de três fundações no exterior: Andrius e Lenobrig, em Lichtenstein, e Niton Foundation, no Panamá. É também representante da offshore Woler Consultants, no Panamá. José Fagali Neto foi denunciado à Polícia Federal pela secretária Edna Flores, que entregou aos Ministério Público estadual e federal emails pessoais do consultor, segundo denúncia do jornal O Globo.
Nas mensagens, fica evidente o livre trânsito da família Fagali à cúpula do tucanato. Segundo a secretária, o engenheiro Pedro Benvenuto, atual secretário-executivo do conselho gestor de Parcerias Público-Privadas frequentava o escritório do consultor em 2006 e 2007, quando era coordenador de gestão da Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo, à qual estão subordinadas o Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. Em 2006, Alckmin era o governador. Em 2007, José Serra. Suspeito de intermediar propinas da Alstom, José Fagali Neto teve bloqueada uma conta de US$ 6,5 milhões na Suíça.
Deputado Paulo Teixeira (PT) defende investigação contra cartel
Em discurso na Câmara nesta quarta-feira 27, o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) foi duro ao pedir investigação detalhada sobre o caso de propina em gestões do PSDB no estado de São Paulo. Segundo ele, o PSDB, em vez de esclarecer se há ou não corrupção nas licitações do Metrô, apenas atacou os responsáveis pela investigação durante coletiva de imprensa na última terça-feira 26. A cúpula do partido também acusa o deputado licenciado Simão Pedro (PT-SP) de traduzir a denúncia de forma a prejudicar os membros da legenda.
O parlamentar demonstrou seu apoio ainda ao ministro da Justiça, acusado pelos tucanos de agir politicamente ao entregar a denúncia sobre o caso à Polícia Federal. "Se ele não tivesse encaminhado esse relatório à Polícia Federal, ele, sim, estaria prevaricando. Se o deputado Simão Pedro não tivesse encaminhado a denúncia ao ministro José Eduardo, ele, sim, estaria praticando ilícito. E se o presidente do CADE não tivesse instaurado uma investigação de cartel, aí sim ele teria prevaricado", disse Teixeira.
Minas 247 – Filho do senador Zezé Perrella, que também é ex-presidente do Cruzeiro, o deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG) terá de prestar depoimento à Polícia Federal nos próximos dias, para dar explicações sobre a apreensão de 450 quilos de cocaína num helicóptero que pertence à sua empresa, a Limeira Agropecuária. A apreensão ocorreu na cidade de Afonso Cláudio, no Espírito Santo.
Além de Gustavo, prestarão depoimentos sua irmã, Carolina Perrella, e o seu primo André Almeida Costa. Ambos, assim como Gustavo, são sócios da empresa que tem propriedade sobre o helicóptero. Foram presos o piloto da aeronave, Rogério Almeida Antunes, o co-piloto Alexandre José Oliveira Júnior, e outras duas empresas que não tiveram suas identidades reveladas pela PF.
Nicácio Tiradentes, advogado de Antunes alega que o seu cliente achava que seriam transportados insumos agrícolas no helicóptero e não sabia cocaína. Tiradentes ainda acusou o deputado Gustavo Perrella de "mentiroso" (leia mais aqui).
Por sua vez, o próprio deputado disse que sabia que o helicóptero seria usado para transportar drogas. O parlamentar afirma, ainda, que não tinha conhecimento sobre o uso da aeronave, configurando, portanto, apropriação indevido da aeronave (leia mais aqui).
fonte: brasil 247

quarta-feira, 27 de novembro de 2013



 

Senha "Danilo" derruba superintendente da Santa Casa de Sobral


O Bispo da Diocese de Sobral, deverá apresentar o documento que exonera o superintendente da Santa Casa de Misericórdia de Sobral, Ivá Monteiro. A decisão foi tomada após uma série de reuniões ocorridas nesta quarta-feira, nas dependências da Cúria Diocesana. 

O documento que oficializa a decisão tomada pelo chefe da Diocese sobralense de exonerar o ex-diretor só deverá tornar-se público nesta quinta-feira, 28.Mas uma fonte ligada ao Blog Wilson Gomes, informou que a decisão de  afastar da função de superintendente Ivá Monteiro, já foi tomada.

Ivá Monteiro, fez uma declaração, de viva-voz, numa reunião em que contou a participação de lideranças políticas e do deputado federal Danilo Forte, que a Santa Casa estaria a serviço dos amigos do deputado. Para ter um atendimento privilegiado bastava pronunciar a palavra "Danilo", - "está e a senha", disse o ex-superintendente da Santa Casa em um trecho do seu discurso. O discurso acabou sendo veiculado pela Rádio Tupinambá e transcrito no Blog Wilson Gomes. Veja a matéria (leia).
fonte:  blog do Wilson Gomes


 

 

Santa Casa de Sobral é colocada a serviço de político da região

Num encontro realizado em Sobral, que contou a presença do deputado federal Danilo Forte (PMDB) e lideranças políticas da região Norte do Estado, causou uma grande surpresa quando ao discursar perante o público presente, o superintendente da Santa Casa de Misericórdia de Sobral Ivá Monteiro, declarou para aquelas pessoas que pretende ter um atendimento privilegiado, basta pronunciar o nome “Danilo”, numa referência ao político presente (Danilo Forte). O pronunciamento em que o superintendente fez as declarações, foi gravado pelo radialista Viana Farias (RádioTupinambá).

Durante a fala, Monteiro chega a dizer. “Estou aqui, não a serviço da comunidade, mas em especial aos amigos do meu deputado federal Danilo Forte. Estou aqui a frente da Santa Casa, exatamente para atender a uma demanda de contingente da região. Atender dentro do apelo social que se opõe a igreja, mas, evidenciar a minha relação de amizade e de admiração e compromisso com Danilo Forte. Se vocês são amigos do Danilo, consequentemente vocês são meus amigos”. Disse o superintendente, antes de anunciar para que serve a Santa Casa de Misericórdia de Sobral.

“Sei que o Danilo está chateado comigo, porque ele tentou me ligar ontem (domingo), mas não atendi ao telefone, estava em repouso. Mas quero dizer a vocês que a relação comigo na Santa Casa, é; basta chegar lá e dizer que é amigo de Danilo, ‘é a senha’. Com certeza buscaremos uma solução para uns casos individuais que, em muitas das vezes, aquele calendário chato da saúde do País, tem nos incomodados. Então basta dizer a ‘senha’”, reforça Monteiro, acrescentado que a ‘senha’ vale para um atendimento naquele dia, uma cirurgia marcada para daqui um ano, ou para dois anos. E vocês vereadores e prefeitos sabem por que estou dizendo isso”. Completou.

Durante sua apresentação, Monteiro, se lembrou de um fato que envolve um político da região, ao mesmo tempo em que reforça a sua amizade com o deputado Danilo Forte. “Um candidato a vereador chegou à Santa Casa e disse: olha doutor, eu sou funcionário da Santa Casa e fui candidato a vereador na minha cidade e nunca consegui uma licença para cuidar da minha campanha! – Eu disse para ele: Agora está assegurado, basta trazer um ofício do deputado Danilo Forte e der um chute na porta que está resolvido”, disse Ivá Monteiro.
FONTE: blog do wilson gomes