sábado, 12 de março de 2016

Hélmiton Prateado, de Goiânia
Aliado do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), o anestesiologista Sílvio Fernandes Filho, presidente do Diretório Municipal do Democratas em Goiânia e um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre e servidor contratado pelo Hospital das Forças Armadas (HFA), esteve à disposição do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG) de setembro de 2013 a abril de 2015 como anestesista, mas nunca atuou como médico dessa especialidade em nenhuma cirurgia.
A revelação consta de uma investigação sigilosa que técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) fizeram sobre o período em que Sílvio Fernandes Filho esteve lotado no HC-UFG. O médico foi colocado à disposição do Departamento de Cirurgia para oficiar como anestesista e auxiliar nas intervenções cirúrgicas dentro de sua especialidade, mas as folhas de ponto constam horários e dias em que ele teoricamente esteve de serviço no hospital-escola, mas ele sequer passou próximo de uma sala de cirurgia ou aplicou qualquer anestésico em qualquer paciente submetido a intervenção cirúrgica no HC.
O dossiê resultado da investigação revela que, em outubro de 2013, o coronel Celso Ricardo de Souza Rocha, vice-diretor do Hospital das Forças Armadas, apresentou à direção do Hospital das Clínicas o médico-anestesiologista Sílvio Antônio Fernandes Filho, dos quadros daquele hospital, para ficar à disposição do HC pelo prazo de um ano. Deveria ser informada sua frequência mensal para fins de comprovação do serviço prestado e pagamento de seu salário.
A cada mês era informada a suposta frequência do médico, com destaque para sua especialidade: anestesiologia. Por um período, entre outubro de 2013 e janeiro de 2014, o médico Sílvio Fernandes Filho apresentou-se como portador de “incapacidade laborativa” e ficou de licença médica por 90 dias.
Após o período de licença para tratamento, Sílvio Fernandes Filho foi integrado ao corpo clínico do Hospital das Clínicas para trabalhar como médico-anestesiologista. Entretanto, como atestam seus colegas médicos do Departamento de Cirurgia, ele jamais atuou em qualquer intervenção. Para confirmar que ele deveria ter atuado em alguma cirurgia, bastou que os investigadores buscassem nos prontuários médicos de intervenções feitas nas várias salas de cirurgia do Hospital das Clínicas, que ali deveria constar a assinatura do médico-anestesiologista responsável e em nenhuma havia a assinatura de Sílvio Fernandes Filho.
As folhas de ponto indicam que ele, em tese, trabalhava alguns dias em uma jornada de trabalho de oito horas e que sua lotação seria no Departamento de Cirurgia. “Realmente, nunca participei de nenhuma cirurgia, apenas ficava a disposição do departamento, mas não fazia anestesia”, cofirmou o médico Sílvio Fernandes Filho.
Alternativa
Segundo Sílvio Fernandes, ele realmente assinava os pontos como se desse expediente, mas cumpria outras funções em outros dias e horários. Suas atividades seriam alternativas como elaborar relatórios ou eventualmente até mesmo ministrar alguma aula para alunos do curso de medicina. “Ele dava em média duas aulas por semestre para justificar sua presença nas dependências do Hospital das Clínicas”, afirmou um médico-professor que pediu para ser mantido no anonimato.
Outro profissional lembrou que Sílvio Fernandes Filho dizia que iria montar um “ambulatório de dor” que nunca saiu do papel e que também era citado por ele como sendo serviço prestado sem jamais sê-lo. “O que nos causava muita estranheza era o fato de profissionais sérios como o professor Antônio Fernandes Carneiro, chefe do Departamento de Cirurgia ou o doutor Luiz Antônio Brasil, atestarem a regularidade dos pontos e serviços do doutor Sílvio Fernandes, sendo que nós sabíamos que ele não trabalhava”, lamentou.
Todos os profissionais que a reportagem conversou no Hospital das Clínicas pediram para não serem identificados porque a fama de truculento e perseguidor do médico Sílvio Fernandes Filho ainda é viva na memória deles.
Em março de 2015, surgiram as primeiras denúncias de que Sílvio Fernandes Filho não trabalhava e ele foi chamado à direção do HC. Os médicos do Departamento de Cirurgia lembram que Sílvio tentou se esquivar da responsabilidade dizendo que ministrava duas aulas por semestre e que isto elidiria sua obrigação de trabalhar como anestesiologista. Quando cobrada sua permanência no departamento para o qual fora colocado à disposição – cirurgia e fazendo anestesia – os médicos, inclusive outros anestesistas, afirmam que ele alegou ser impossibilitado de atuar como anestesista porque a Cooperativa dos Anestesistas o ameaçara de retaliar profissionalmente se ele fizesse anestesias no HC, vetando anestesias no hospital onde ele era sócio, o Hospital Premium.
Os outros anestesistas do HC torceram o nariz para essa afirmação e negaram que a Cooperativa usasse de um expediente tão intimidador e ilegal como esse. “Ninguém em sã consciência impediria um profissional de atuar em sua área específica em um hospital público para privilegiar somente seu hospital particular. Isso é pura balela de quem não queria mesmo trabalhar”. Os demais anestesistas se mobilizaram para cobrar uma posição legal e legítima da Cooperativa e impedir essa suposta intimidação.
Como mentira tem pernas curtas, no dia seguinte a essa movimentação Sílvio Fernandes pediu seu retorno para o Hospital das Forças Armadas. Isso se deu em 13 de abril de 2015. Um ofício do General de Divisão Médico Túlio Fonseca Chebli, diretor do Hospital das Forças Armadas, requisitou o retorno de imediato do servidor Sílvio Antônio Fernandes Filho para “cumprimento da legislação em vigor”.
Hoje o médico Sílvio Antônio Fernandes Filho está à disposição do Tribunal Regional do Trabalho, lotado no Serviço Médico como clínico geral. Ele dá expediente de segunda-feira a sexta-feira das 13 às 16 horas e a direção informa que lá ele não tem liberalidade nenhuma. “Aqui não tem conversa, tem de trabalhar direito ou retorna para seu lugar de origem”, disse um funcionário do departamento médico que cuida da frequência de Sílvio.
Ele abandonou a anestesiologia e seus colegas dizem que a razão dele não atuar em nenhuma cirurgia no Hospital das clínicas é que ele simplesmente já não sabe mais anestesiar nem um dedo cortado para sutura.
No TRT-18 foi informado que ele cursa uma pós-graduação em perícia médica o que interessou o Tribunal em tê-lo como médico em seus quadros.

Tremor
Procurado pela reportagem, o médico começou negando que não trabalhasse como anestesiologista. Com a voz trêmula, ele disse a todo instante que o repórter poderia fazer a matéria como interessasse porque ele não iria dizer nada e que teria a consciência tranquila. Adiante na conversa, confirmou que realmente não fez nenhuma anestesia e não participou de qualquer cirurgia, função para a qual era contratado e para onde esteve à disposição no Hospital das Clínicas.
Tentando intimidar o repórter, ele disse que essa denúncia se trata de “perseguição de petistas” e que este jornalista também se enquadra nessa categoria política. Quando indagado sobre os horários em que ele atestava que estava em serviço no HC e sobre suas ausências no hospital-escola, ele disse que eventualmente flexibilizava os horários que deveria estar no serviço porque “cuidava de outros afazeres” a mando de seus superiores.
Sílvio Fernandes Filho reafirmou ao final da conversa que não tem qualquer preocupação quanto a uma investigação do Tribunal de Contas da União e interrompeu a conversa dizendo que estava participando de uma reunião e que retornaria mais tarde. Não retornou.

Caça a Lula é golpe branco

: <p>05/03/2016- São Bernardo do Campo- SP, Brasil- Ex- presidente Lula cumprimenta manifestantes, concentrados em frente ao prédio onde mora em São Bernardo do Campo. Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula</p>
A última tentativa de golpe militar na América Latina não deu certo. Foi contra Hugo Chávez, em 2002. Ele foi sequestrado por mandos militares, levado para uma ilha, isolado, enquanto a Fiesp da Venezuela, com seu presidente (o Skaf de la) assumia a presidência, junto com os donos dos meios de comunicação (os Frias, os Civitas, os Marinhos, os Mesquitas de lá), tomando o palácio numa festa típica das oligarquias latino-americanas.
Mas a festa durou pouco. Assim que o povo soube o que acontecia, tomou o palácio, expulsou o Skaf de lá junto com os Mesquitas, os Civitas, os Frias, os Marinhos de lá. O breve presidente teve que abandonar o palácio e o pais. A Veja aqui teve mais uma ejaculação precoce, publicou uma capa com a queda do Hugo Chávez, que àquela altura já havia retornado ao palácio, levado nos braços do povo, para continuar dirigindo o país.
A partir daquele momento a direita latino-americana aderiu a formas de golpe branco. Valeu-se de processos políticos incipientes, com algumas medidas antineoliberais, mas ainda sem uma configuração plenamente definida, sem apoio parlamentar, para derrubar a seus lideres. Foi assim com Manuel Zelaya em Honduras e com Fernando Lugo, no Paraguai.
Com acusações sem fundamento, mas intensamente difundidas pela mídia, geraram um clima favorável a uma votação de impeachment no caso de Fernando Lugo e, no Zelaya, acompanhado do seu sequestro e transferência para a Costa Rica. As acusações nunca foram comprovadas, mas a operação já estava feita e sancionada pelo Judiciário dos dois países.
Os golpes brancos foram condenados amplamente, a ponto que seus governos foram suspensos dos organismos internacionais a que pertenciam – OEA, Mercosul, Unasul -, até que a legalidade institucional fosse restaurada, mediante novas eleições. Até porque há um entendimento consensual no continente de não reconhecer a governos que assumam rompendo a legalidade mediante golpes de Estado, mesmo os considerados golpes brancos. As eleições se realizaram, mas os candidatos apoiados pelos líderes depostos não conseguiram triunfar, até mesmo por eleições com fraudes, no caso de Honduras. No caso do Paraguai, a divisão das forças que haviam apoiado a Lugo dificultou também um triunfo eleitoral. Não há assim condições para que golpes brancos sejam aceitos no consenso político democrático na América Latina.
O Brasil é um caso típico de derrota da oposições em eleições plenamente reconhecidas pelos seus participantes, em que a oposição insiste em buscar pretextos para um impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Não encontrou nenhum pretexto, insiste como forma de sangrar o governo e de prolongar a instabilidade política no país.
Além de que não bastaria à oposição conseguir eventualmente derrubar à presidenta com um impeachment, porque em novas eleições o favorito e' Lula. Daí que faça parte do golpe branco buscar tirar Lula da disputa eleitoral, mediante acusações igualmente sem fundamento, mas contando com setores do Judiciário que manobram para forjar provas, com uma mídia a serviço do golpe e com uma Polícia Federal que se submete a operações brutais de constrangimento de forma arbitrária.
É porque não bastaria para um golpe branco uma eventual maioria parlamentar, uma cumplicidade do Judiciário, sem conseguir excluir Lula da vida política. Daí o objetivo concentrado de ações da oposição, combinando acusações sem fundamento por parte de "juízes" do Ministério Público, condenações reiteradas e sem provas por parte da mídia e ações arbitrárias da Polcia Federal.
Por isso que a defesa do Lula tornou-se não apenas a defesa do maior líder popular e democrático que o país tem, mas também a luta contra o golpe branco e a defesa da democracia no Brasil. Atacar a Lula é parte integrante das tentativas de golpe branco que os novos agentes ditatoriais tentam impor ao país. Precisam ser derrotados em todos os planos, porque a democracia brasileira nao sobreviverá com esses agentes de uma nova ditadura. O Brasil precisa de líderes legitimados pelo apoio popular, cuja presença na vida política cotidiana do país fortalece a democracia e faz renascer a esperança de que o Brasil possa retomar o caminho do desenvolvimento econômico com distribuição de renda, que tanto bem fez ao país e aos brasileiros.
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PM de SP ataca sindicato!

Começou o Golpe !
publicado 12/03/2016
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A historia se repete
No facebook de Stanley Burburinho:
Parece que o golpe já está nas ruas. Mais um balão de ensaio para medir a temperatura da militância e do povo em geral para iniciarem o golpe.

1 h · São Paulo, SP, Brasil · Janete Dutra disse: "URGENTE E GRAVE URGENTE E GRAVE - COMPARTILHEM POLÍCIA MILITAR DE SÃO PAULO INVADE PLENÁRIA DA SUB-SEDE DO SINDICATO DOS METALÚRGICOS DO ABC - Golpe policial-judiciário - Caros, Estamos aqui em Diadema, na subsede do SMABC. Ato em solidariedade a Lula e Filippi. Sindicato lotado. A Polícia Militar chegou com quatro carros e armamento pesado. Queria fazer "averiguações" na plenária.
Deputados conseguiram impedir a entrada. Mas da porta os caras não saem..

Estado de exceção. Mesmo. Tudo cada vez mais parecido com o velho filme de 64.

A historia se repete

Recebi a pouco este texto do deputado estadual Luiz Fernando Teixeira

Houve uma situação que lembrou-nos o período de excessão e reflete o momento que passamos hoje, dois PMs, um tenente e um soldado invadiram a plenária, armados de revolveres e metralhadora, argumentando que queriam saber o que estava acontecendo no local. Logo após chegou ao local muitas viaturas posicionadas fechando a rua em frente ao predio do sindicato, e PMs armados com metralhadoras e revolveres. Parecia uma praça de guerra do lado de fora.

Estávamos eu (Deputado Estadual Luiz Fernando Teixeira), o Barba e o Luiz Turco, juntamente com a diretoria do Sindicato a cobrar explicação dos policiais e ficou-nos claro, foram alí para intimidar. Infelizmente a polícia tucana a serviço da tentativa de golpe. A coisa ta braba!!"



terça-feira, 1 de março de 2016

RESERVATÓRIO EM BAIXA, QUANDO O PODER PÚBLICO ADOTARÁ RACIONAMENTO NA CIDADE?



 Reservatório nos 13% e pouca chuva,  não se sabe qual o plano do poder público para o problema, será que o prefeito adotará racionamento quando não tiver mais jeito? Proliferam lava jatos  na cidade como se água tivesse, não seria o caso da prefeitura coibir? A coisa não vai bem...