segunda-feira, 30 de junho de 2014

O que aconteceu com os roqueiros dos anos 80? Leoni, o único que não virou reaça, fala ao DCM



Leoni (esq.) com sua antiga banda
Leoni (esq.) com sua antiga banda nos anos 80

O carioca Carlos Leoni Rodrigues Siqueira Júnior, conhecido somente como Leoni, tem uma carreira dedicada ao pop rock. Fundou e foi baixista e compositor do Kid Abelha entre 1981 e 1986, período em que a banda tornou-se um fenômeno, colecionando discos de ouro. É autor de todos os principais hits (“Seu Espião”, “Como Eu Quero”, “Pintura Íntima”, “Fixação”, entre outras).
Saiu depois de um desentendimento. Fundou a banda Heróis da Resistência e, desde 1993, está em carreira solo. Tem parcerias com Cazuza (“Exagerado”), Herbert Vianna, Léo Jaime, Roberto Frejat, entre outros.
Aos 53 anos, Leoni é uma exceção, uma mosca branca, entre a imensa maioria de seus colegas de geração: uma “pessoa de esquerda”, como ele se define.
Roger, do Ultraje a Rigor, e Lobão são macartistas. Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, não fala coisa com coisa, especialmente em política. João Barone, baterista dos Paralamas do Sucesso, repete clichês sobre “corrupção” sem parar — sempre contra o PT, naturalmente. Tony Belloto, guitarrista do que restou dos Titãs, é autor de frases originais como “é uma merda pensar como o Brasil há 30 anos ou patina, ou piora”. A lista é longa.
“Na época da ditadura, tínhamos um inimigo comum. Quando acabou, percebemos o que cada um pensava”, diz Leoni. Ele conversou com o DCM sobre música, política, seus companheiros dos anos 80 e o que Renato Russo e Cazuza estariam pensando dessa salada.
Por que a sua geração está ficando reacionária? 
Não acredito que todos os músicos da minha geração tenham se tornado conservadores… Todo mundo tem direito a ter opinião. O Roger sempre foi liberal e capitalista porque ele é um defensor do livre-mercado. Ele acredita numa sociedade nos moldes da dos Estados Unidos. Por isso, não está sendo desonesto com as pessoas hoje em dia. Ele era contra a ditadura, mas sempre foi capitalista. Até “Inútil”, o hino do Ultraje a Rigor nos anos 80, era uma música que tem a cara dele, meio que menosprezando o povo brasileiro. Esse sempre foi o discurso dele. 
Por nossas diferenças, eu tive vários debates com ele por email. O único problema é que ele perde a cabeça com gente que não concorda com ele e se descontrola. Ele leva para o lado pessoal. Mas, se o debate permanece no alto nível com ele, é bom.
O Lobão é mais imprevisível. E te digo o motivo: o que ele gosta é da polêmica. Eu vejo ele fazendo mais polêmica do que música hoje, sinceramente. Tem também o problema das respostas das pessoas na internet, que é um local bom para debates felizmente. Nas redes sociais, se você não concorda com alguém em algo, você é idiota e deve morrer.
Na época da ditadura, tínhamos um inimigo comum. Quando acabou, percebemos o que cada um dos músicos pensava. O Roger e o Lobão eram diferentes da esquerda, por exemplo. Tem gente que se tornou mais liberal com o tempo. Algumas pessoas acreditam mais numa democracia capitalista, com serviços públicos aqui e ali, mas com a economia privatizada funcionando. É diferente do que eu penso, porque eu quero serviços do estado que ajudem os pobres.
O rock não é, supostamente, um estilo rebelde…?
O rock, sobretudo o americano e o inglês, sempre foi mais ligado aos movimentos libertários individuais do que os coletivos. A meta da música foi te levar a usar roupas, drogas e fazer sexo da forma que você quiser, no seu individualismo. O rock foi interessante pra caramba, revolucionou os costumes, mas ele continua desligado do meio social e dos problemas coletivos. Minha postura pessoal não é essa do rock.
Uma pergunta hipotética: como seria se o Cazuza ou o Renato Russo, que foram seus amigos, estivessem vivos hoje? Teriam virado reaças também?
O Cazuza, no final da vida, teve uma preocupação política com o Brasil e fez a música “Ideologia”. Mas ele foi mais revolucionário no comportamento, ao assumir sua homossexualidade. Não sei se estaria engajado politicamente.
O Renato Russo era mais antenado com política, mas ele era melhor escrevendo letras do que agindo. Suas letras eram metafóricas. O disco V do Legião, de 91, falava sobre os problemas do governo Collor, mas sem citar ninguém diretamente. Eram letras sobre quem perdeu dinheiro com os saques da poupança na época, além dos desempregados. Acredito que o Renato faria boas músicas sobre o que está acontecendo no Brasil ultimamente.
O que você pensa sobre os protestos?
É complicado. Agora eu tenho um desânimo por perceber que o movimento todo gerou uma oportunidade de apontar erros no país, mas não mostra soluções. Milhões de pessoas foram pra rua, mas se você perguntar para as pessoas o que devemos fazer pelo país, elas não sabem responder. Vejo a Primavera Árabe, que derrubou ditaduras e colocou outras no lugar. Não solucionou os problemas de lá, mas é bom saber que temos o poder de mobilização. É bom a gente saber que, se a gente se mexer, a coisa muda. Mas é educativo saber também que isso não basta. Temos que aprender a conversar.
O que é mais triste é que os políticos não se organizaram para executar uma reforma política. Era isso, no fundo, que as pessoas pediram na rua. O “pemedebismo” instalado no Congresso cria alianças de partidos por interesses e propaganda. O sistema está errado. Esse políticos não se organizaram nem para dar uma resposta frágil. A gente tem que ir fazer mais barulho.

Leoni
Leoni

Os protestos são da esquerda ou da direita? E as pessoas que se manifestam contra a Copa do Mundo agora?
Estar a favor das manifestações não é de esquerda ou de direita. Há até vertentes mais radicais se manifestando, como aquela extrema direita que quer acabar com o comunismo e o bolivarianismo para colocar quase uma ditadura militar no lugar. Outros dizem que a extrema esquerda quer acabar com o capitalismo confiscando propriedades com a tomada de poder. E eu já vi gente se manifestando na rua porque há corrupção no país. Eu não consigo categorizar essas pessoas politicamente e parece uma coisa de velho, com medo de ser roubado por todo mundo.
Agora, perto das eleições, vejo algumas simplificações. Se você acha a Fifa suspeita, muita gente acha que você odeia Copa do Mundo e o futebol. Se você gosta da Fifa, é um petralha que gosta do governo. As coisas andam mais confusas ultimamente.
Qual é o seu balanço sobre a política cultural do governo Dilma?
Na parte cultural dos governos do PT, o de Lula foi bem melhor que o de Dilma, com o Gilberto Gil e o Juca Ferreira no Ministério da Cultura. O Gil ampliou os investimentos no ministério. O ex-ministro abriu um diálogo como eu não tinha visto antes. Cultura não é só história, dos grandes autores, mas sim toda a criação que fazemos hoje. Veio o governo Dilma e a ministra Ana de Hollanda interrompeu os avanços do setor. Ela achava que a cultura cigital era uma “brincadeirinha” na internet, por exemplo.
A ministra Marta Suplicy assumiu agora e nós conseguimos a aprovação do projeto Cultura Viva, criando pontos de encontro em comunidades populares para produção criativa. Essa me parece uma mudança de postura. Mesmo assim, acho que o governo Lula foi mais ousado culturalmente até agora.
De resto, acredito que o problema real dos governantes são os conchavos e as alianças ruins para se beneficiarem, prejudicando a sociedade. Esse método foi criado pelo PMDB e pelos congressistas do chamado baixo clero, que querem receber agrados.
As maiores críticas ao PT não vem da direita, mas de ex-petistas decepcionados com o governo. Eu não sei se o PT conseguiria governar sem alianças, mas as reformas precisam acontecer. Fica o aprendizado: As coisas não funcionam do jeito que gostaríamos. Os únicos dois partidos que vejo falar em reforma política são o PT e o PSOL.
Como a Internet mudou a música brasileira?
Agora a gente nunca teve tanta diversidade e riqueza musical. Até aparecer a internet, as gravadoras, que eram poucas, detinham tanto o monopólio da produção quanto o da distribuição. Não tinha como entrar em estúdio e já lançar algo. Era caro pagar produção, capa, fabricação, vinis e a distribuição física para o país inteiro, com jabá para rádios e pra todo mundo que precisasse. Se você não tinha gravadora, você estava fora do negócio.
Isso era ruim, mas não tão ruim a partir dos anos 80. A partir da minha geração, os selos independentes americanos começaram a ser vendidos para conglomerados de mídia. A Warner se transformou na Time Warner. Ocorreram várias fusões e o único interesse da indústria musical se tornou o lucro. A qualidade caiu para vender mais, e as músicas comerciais ficaram mais padronizadas. Depois da moda do rock, veio axé, lambada, pagode, sertanejo e depois até voltou o pagode.
Na era da internet, a gente pode fazer a nossa própria música. A represa das gravadoras se rompeu. Tem gente fazendo de tudo no Brasil. Cada cidade tem uma cena musical interessante e própria. Antigamente a coisa era mais concentrada no eixo Rio – São Paulo. O Brasil é grande e as pessoas sequer conhecem o mínimo. O músico de hoje também não precisa agradar muita gente, mas chamar atenção é mais difícil. Não dá pra ouvir tanta gente talentosa junto, e muitos acabam passando desapercebidos. O negócio da música pode ir mal, mas a música em si vai muito bem.
Pedro Zambarda de Araujo
Sobre o Autor
Escritor, jornalista e blogueiro. Atualmente escreve sobre tecnologia e games no site TechTudo. Teve passagem pelo site da revista EXAME. Formado em jornalismo pela Cásper Líbero, estuda filosofia na FFLCH-USP.

A “contabilidade criativa” de Alckmin continua secando.

30 de junho de 2014 | 12:22 Autor: Fernando Brito
novacantareira
A imprensa deixou de lado a situação real do abastecimento de água em São Paulo.
A “contabilidade criativa” usada por Geraldo Alckmin para dar o “jeitinho” possível na escassez hídrica de São Paulo está sendo aceita como algo que “funcionou”.
Claro que, olhando superficialmente, está, sim.
Dos 182 bilhões de litros acrescido pelo uso das águas do fundo das represas de Jaguari/Jacareí e Atibainha (que não começou a ser bombeado), foram usados, até ontem,  pouco mais de 33 bilhões, ou um sexto do total.
Como temos ainda quatro meses do período de seca e cinco sextos para gastar, a conta “fecha”.
Ao menos até as eleições, que é o que interessa à contabilidade tucana.
Não é assim, porém.
Mesmo tendo sido reduzida em 30% a oferta de água à região abastecida pelo Sistema Cantareira – de 31 m³ por segundo para 23 m³/s, em parte pela redução de consumo, mas também pelo uso das águas do Sistema Alto Tietê, que vem baixando rapidamente, também.
E a razão é simples, embora passe agora despercebida pela população, porque é “importante” que achem que o problema está resolvido.
Não está, porque a queda no volume de água afluente piorou.
Este mês, em média, entraram apenas  6,6 metros cúbicos de água por dia no Sistema. É apenas um terço do que foi ano passado e um quinto da média histórica do mês. Como, aliás, havia sido maio.
E, como não entra água, a queda do nível das represas bombeadas cai dramaticamente.
E a incerteza sobre a qualidade da água e sobre a eficiência do bombeamento só aumenta quando diminui a profundidade da qual se tem de “puxar a água”.
O limite de utilização dos 200 bilhões de água remanescentes no sistema também não é zero. Porque é preciso de ter acumulação nos seus diversos estágios .
Se tudo correr “bem” e a afluência de água não cair ainda mais, há quatro meses de abastecimento, “bebendo” 1,5 bilhão de litros por dia.
Se piorar, como vem piorando, nem isso.
Ainda, porém, que tudo corra às “mil maravilhas”, todas as chuvas de verão (isso se vierem como em 2013, não como não vieram neste 2014) será suficiente apenas para cobrir o “saldo negativo” que o Sistema terá este ano.
Sem horizonte possível de alívio.
E sem saída senão a de um drástico racionamento.
Talvez se confirme, dramaticamente, o que o próprio Geraldo Alckmin diz que São Paulo não quer.

Ao tentar desqualificar Lula, O Globo publica 4 dados errados e revela 13 números que a mídia esconde

publicado em 30 de junho de 2014 às 11:40
Lula na palestra a dirigentes das Eurocâmaras. Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula

Depois de 12 anos, O Globo publica dados sobre avanços dos governos Lula e Dilma
Jun 29, 2014
do Instituto Lula, via e-mail
O jornal carioca publicou, sábado (28), reportagem que reproduz afirmações do ex-presidente Lula, feitas em palestra para dirigentes das Câmaras de Comércio dos países europeus (Eurocâmaras), na última terça-feira.  O texto tenta desqualificar parte dos dados que Lula apresentou sobre o desenvolvimento econômico e social do país nos últimos anos.
Além de não alcançar seu objetivo, o jornal acabou publicando uma série de indicadores positivos sobre os doze anos de Governo Democrático Popular – que de outra forma não chegariam ao conhecimento de seus leitores. O leitor do Globo ficou conhecendo pelo menos 13 dados que confirmam  os avanços do Brasil nesse período:
1) o salário mínimo teve aumento real de 72% nesse período;
2) o investimento público em educação passou de 4,8% para 6,4% do PIB;
3)  o Prouni levou mais de 1,5 milhão de jovens à universidade;
4)  a quantidade de brasileiros viajando de avião passou de 37 milhões por ano, para 113 milhões por ano;
5)  a produção de automóveis no país dobrou para 3,7 milhões/ano;
6)  o fluxo de comércio externo passou de US$ 107 bilhões para US$ 482 bilhões por ano;
7)  o PIB per capita saltou de US$ 2,8 mil para US$ 11,7 mil;
8) a população com conta bancária passou de 70 milhões para 125 milhões;
9)   as reservas internacionais do país, de US$ 380 bilhões, correspondem a 18 meses de importações, o que fortalece o Brasil num mundo em crise;
10)   ao longo da crise mundial o Brasil fez superávit fiscal de 2,58% ao ano, média que nenhum país do G-20 alcançou;
11)  os financiamentos do BNDES para a empresas têm inadimplência zero;
12) a dívida pública bruta do país, ao longo da crise, está estabilizada em torno de 57% (embora o jornal discorde desse fato)
13)   há 10 anos consecutivos a inflação está dentro das metas estabelecidas pelo governo
O titulo da matéria é “Lula usa dados errados em palestra para empresários”. No esforço para justificar o título, O Globo encontrou dois “deslizes”, numa palestra que durou 90 minutos:
1) em 84% dos acordos sindicais realizados nos últimos anos foram obtidos reajustes acima da inflação, e não em 94%, como disse Lula. Somando acordos que incorporam o resultado da inflação, o índice sobe para 93,2%. No tempo do governo anterior, os sindicatos abriam mão de vantagens, e até do reajuste da inflação, para evitar mais demissões.
2) o Brasil é o terceiro maior exportador de alimentos do mundo, depois da União Europeia e EUA, de acordo com a OMC, e não o segundo, como disse Lula na palestra. O Globo lista separadamente os países da União Europeia por porto, o que faz da pequena Holanda o segundo maior exportador de alimentos do mundo. Ainda vamos chegar lá, porque nossa agricultura é a mais produtiva do mundo e o crédito agrícola passou de R$ 26 bilhões para R$ 156 bilhões em 12 anos.
A reportagem do Globo também cometeu seus “deslizes”, mesmo tendo sido alertada com documentos oficiais apresentados por nossa assessoria:
1) O Brasil foi, sim, o 5º maior destino de investimento externo direto (IED) no mundo em 2013, conforme disse Lula. O dado correto consta do Relatório de Investimento Mundial 2014 da UNCTAD, divulgado em junho. Este relatório corrigiu a previsão anterior do IED no Brasil em 2013, que era de US$ 63 bilhões, quando na realidade foi superior a US$ 64 bilhões. O Globo reproduziu o dado errado, que deixava o Brasil na sétima posição.
2) O ajuste fiscal determinado pelo governo nos anos de 2003 e 2004 alcançou, sim, 4,2% do PIB, conforme Lula afirmou na palestra. Na verdade, foi de 4,3% em 2003 e 4,6% em 2004, de acordo com a metodologia adotada pelo Banco Central naquele período. O Globo adotou a metodologia atual, que exclui do cálculo o resultado das estatais, e acabou contestando uma verdade histórica.
3) O Brasil é, sim, a segunda maior economia entre os países emergentes, depois da China, como disse Lula. O PIB brasileiro em dólares correntes, de acordo com a Base de Dados Mundiais do FMI (junho 2014), é de US$ 2,242 trilhões, superior ao da Rússia (US$ 2,118 trilhões) e ao da Índia (1,870 trilhão). O Globo prefere usar o critério de paridade por poder de compra (PPP), que ajusta os preços internos de cada país, eleva o PIB da Rússia e triplica o da Índia. Mas uma plateia de investidores, como a da Eurocâmaras,  não está interessada em comparar o custo da Coca-Cola em cada país: quer saber qual economia é mais forte em moeda internacional, e isso o PPP não informa.
4) A dívida pública bruta do Brasil está, sim, estabilizada em torno de 57% do PIB desde 2006, como afirmou Lula. O Globo tomou como base o indicador de 2010 para afirmar, equivocadamente, que “no governo Dilma a dívida bruta subiu”. O ex-presidente estava se referindo ao período da crise financeira mundial. A dívida bruta era de 56% do PIB em 2006, subiu para 63% em 2009,  primeiro ano da crise, e desde então oscila em torno dos atuais 57,2%. Isso é melhor visualizado no gráfico acima.
Todos cometem erros, como bem sabe O Globo. Apesar dos “deslizes” cometidos na reportagem de sábado, é muito importante que O Globo e outros jornais de circulação nacional passem a publicar os dados sobre os avanços sociais e econômicos do Brasil. Dessa forma, seus leitores terão acesso às informações necessárias para compreender como o e por que o Brasil mudou para melhor em 12 anos.

sábado, 28 de junho de 2014

IMPRENSA BRASILEIRA O MAIOR PARTIDO DE OPOSIÇÃO

247 - A presidente Dilma Rousseff aproveitou a convenção nacional do PCdoB, que ocorreu ontem em Brasília, para fazer um desabafo em relação ao comportamento da imprensa brasileira na fase que antecedeu a Copa do Mundo de 2014.
"O Brasil está dando um show. Estamos mostrando para o mundo que tem um problema aqui e o problema é o seguinte: não é só a imprensa internacional que errou. A imprensa nacional também errou bastante, digo isso sem nenhum ânimo belicoso", disse ela.
Dilma também se referiu ao artigo de uma colunista da Folha, Mariliz Pereira Jorge, que disse ter se arrependido por embarcar na onda dos que previam caos na Copa (leia mais aqui). "Vi uma manifestação na internet de um grupo, uma mulher que dizia que era a Copa dos arrependidos, dos que não se prepararam para usufruir o que significa essa Copa, de não ter tirado férias, de não ter comprado ingresso, de não ter tomado providência para ir para às festas e participar desse clima maravilhoso", disse Dilma.
No discurso, também sobrou para o ex-jogador Ronaldo, que disse ter "vergonha" do Brasil, antes do início da Copa. "Estamos dando uma goleada descomunal nos pessimistas, nos que tinham complexo de vira-latas e naqueles que se envergonharam desse país maravilhoso. É neles que demos uma goleada e agradecemos ao povo brasileiro".
Ela, no entanto, não quis fazer prognósticos para a partida de hoje, entre Brasil e Chile. "Presidente não arrisca placar. Bate na madeira, onde tem madeira?".

10º Balanço do PAC2 (Vídeo Institucional)


quarta-feira, 25 de junho de 2014



Governo espera R$ 630 bilhões a mais para saúde e educação com recursos do pré-sal

O governo federal anunciou a contratação direta da Petrobras para a exploração do excedente de óleo, pelo modelo de partilha, em quatro campos do pré-sal. A decisão foi discutida em reunião da presidenta Dilma Rousseff com o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), nesta terça-feira (24). Segundo o Ministério de Minas e Energia, uma pesquisa exploratória descobriu que o volume excedente está em torno de 10 a 14 bilhões de barris de óleo equivalente, nos campos de Buzios, Entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi.
“A contratação que hoje foi decidida permitirá que a gente consiga colocar essa produção muito rapidamente dentro do mercado, trazendo benefícios para a União em termos de receitas, e também benefícios para a Petrobras. (…) Para se ter uma ideia, ao longo do horizonte do contrato, são esperados mais de R$ 600 bilhões indo para a educação e para a saúde, dentro daquilo que foi aprovado no Congresso Nacional recentemente”, explicou o secretário de Petróleo e Gás do MME, Marco Antônio Almeida.
Por meio de cessão onerosa, a Petrobras já tinha o direito de produzir 5 bilhões de barris de óleo equivalente nestes quatro campos, além das áreas do Sul de Lula e Sul de Guará, desde 2010. Este foi um dos motivos pelos quais o governo decidiu pela contratação direta da empresa para o volume excedente, segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que também ressalta que a decisão do CNPE tem amparo jurídico.
“A lei permite que se faça isso. A lei que criou o regime de partilha de produção estabelece que o CNPE poderá propor a presidenta da república a cessão direta, pelo regime de partilha, à Petrobras. E como ela já está ali, operando em outras circunstâncias pelo regime de concessão onerosa, entendeu-se que seria bem mais barata a produção desse petróleo através da própria Petrobras do que por uma nova licitação”, analisou Lobão.
O contrato pelo regime de partilha prevê que 76,2% da riqueza produzida nestes campos do pré-sal seja destinada a União, que ainda receberá um bônus de R$ 2 bilhões na assinatura.

Altamiro Borges: Ronaldo e Faustão disputam a Copa do oportunismo 2014

publicado em 24 de junho de 2014 às 9:34

Faustão agora elogia a Copa. Esperto!
Por Altamiro Borges
O apresentador Faustão, da TV Globo, disputará com o ex-jogador Ronaldo, que também está na Globo, o título de “fenômeno” do oportunismo de 2014.
Neste domingo (22), durante o seu programa na emissora, ele mudou radicalmente de opinião e elogiou a Copa no Brasil. Na maior caradura, ele disse que “surpreendentemente” o evento está dando certo e que os problemas ocorridos até agora são de responsabilidade da Fifa.
“O que está dando problema é tudo culpa da Fifa. E eles não assumem e colocam a culpa no governo brasileiro. Veja agora o problema da alimentação em Recife, isso é problema da Fifa. A Fifa que assuma as suas responsabilidades”, afirmou no “Domingão do Faustão”.
A crítica à Fifa é justíssima, mas não deve ter agradado a famiglia Marinho – que sempre manteve sinistras ligações com a máfia que se perpetua no comando desta entidade mundial do futebol. Estas relações são antigas, desde a época do corrupto João Havelange. Não é para menos que a TV Globo evita repercutir as recentes denúncias da mídia internacional sobre o esquema de corrupção montado pela Fifa para sediar a Copa no Catar em 2022 ou sobre os aumentos secretos dos salários de seus dirigentes. A Fifa fatura cerca de 1,5 bilhão de dólares com este evento; já a famiglia Marinho mantém-se no topo da lista de bilionários da Forbes, entre outros motivos, por ter a exclusividade na transmissão dos jogos.
Faustão acertou na crítica à Fifa, mas deixou de fazer a sua autocrítica. Até a semana passada, o apresentador global, que recebe uma fortuna da emissora e dos anunciantes, era um dos mais hidrófobos nos ataques à organização da Copa no Brasil. Ele animou muita gente que padece do complexo de vira-lata contra o Brasil e que prega à visão neoliberal de negação do Estado. No “Domingão” que antecedeu a abertura dos jogos, ele esbravejou: “Esse é o país que quer fazer Copa do Mundo com 17 [12] cidades, mas que não faz nem com cinco… Já que vai começar dentro dessa bagunça toda, desses estádios caros, vamos tentar fazer o melhor possível, até porque a minha avó já dizia ‘roupa suja se lava em casa’”.
Na sequência, ele explicitou que seu programa virou um palanque eleitoral da oposição. “Não dá para mostrar para o mundo inteiro que somos o país da corrupção e da incompetência. Muita gente já sabe… O Brasil dentro de campo é uma coisa. O Brasil fora é outro. O povo já percebeu. O Brasil precisa ganhar a Copa da educação, da saúde, contra o preconceito. A nossa Copa do Mundo é em outubro, época das eleições”.
Ainda na semana passada, ao entrevistar a cantora Cláudia Leite, quase falou um palavrão na emissora, ao esculhambar a solenidade de abertura do torneio no estádio do Itaquerão. Para ele, a “festa merreca” foi uma “m… mercadoria”.
Agora, “supreendentemente”, ele muda de opinião e elogia a organização da Copa.
O que houve? Sem dúvida, ele foi contagiado por Ronaldo, o “fenômeno” do oportunismo.
A TV Globo trabalha com pesquisas diárias para conhecer o humor de seus telespectadores. Não há ainda nada de oficial, mas nos bastidores circula a informação de que o povo não se deixou abater pelo pessimismo da mídia tucana e está entusiasmado com a Copa. A coluna Painel, da Folha, chegou a noticiar neste final de semana que o apoio popular é de mais de 60% da sociedade. Esperto, Faustão resolveu recuar nas suas bravatas eleitoreiras; ele só não fez autocrítica. Por falta de oportunidade não faltam oportunistas neste mundo!
PS do Viomundo: Como demonstra o livro O lado sujo do futebol, Globo, Fifa, Ricardo Teixeira…É tudo a mesma máfia.
247 – A um público formado por empresários importantes para a economia do País, o ex-presidente Lula destacou uma série de números positivos do setor e defendeu a política econômica da presidente Dilma Rousseff. "Levantar dúvidas sobre a seriedade fiscal do Brasil não tem procedência", afirmou Lula, em discurso no encontro da Eurocâmaras, que reúne diversas Câmaras de Comércio do Brasil com países europeus.
"Há dez anos, o Brasil tem a inflação dentro da meta", lembrou Lula, acrescentando que, "em 2003, o Brasil tinha R$ 380 bilhões para crédito, e hoje tem R$ 2,7 trilhões". Lula mostrou dados de comparação do Brasil com outros países e afirmou: "poucos têm a garantia de investimento tranquilo que o Brasil tem hoje".
O petista afirmou que há muitos motivos para ter boas expectativas com o País. "Se tivéssemos mais consciência do papel do Brasil no mundo hoje, seríamos menos pessimistas", declarou, numa crítica à imprensa e à oposição. Segundo ele, "há muita gente com má-fé com o Brasil".
Lula também falou sobre a relação de comércio com a Europa: "em 2002, tínhamos um fluxo de comércio com a União Europeia de US$ 29,9 bilhões. Hoje temos US$ 99 bilhões". E destacou que "os países da União Europeia são parceiros históricos do Brasil. Temos uma relação de confiança".
Sobre a Copa do Mundo, o ex-presidente voltou a criticar o pessimismo da imprensa brasileira e estrangeira com o Mundial e observou como o humor mudou depois do início do evento. "A Copa do Mundo está surpreendendo muita gente. Eu já dizia: 'a melhor coisa que o Brasil tem para mostrar é seu povo'", defendeu. Ao final do discurso, disse ter confiança de que o Brasil será campeão mundial pela sexta vez.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Convenção do PT - Melhores Momentos


Para os que amam Nova York mas detestam o Brasil

22 de junho de 2014 | 12:48 Autor: Fernando Brito
ryanshelley
Se a nossa elite  mentalmente colonizada tivesse um pingo de lucidez e um grama de compaixão (ou apenas um dos dois) olharia  para o Brasil com um sentimento de paz e esperança, em meio a um mundo que regride à miséria das primeiras décadas do século passado.
Mas teimam em ver o exterior como um mundo ideal, onde tudo é limpo, lindo e tecnológico.
O mundo, em todas as partes, é simplesmente feito de pessoas.
Quando elas vivem reduzidas à condição de bichos, nem a cosmopolita Nova York é civilizada.
Leiam o trecho que reproduzo desta matéria de hoje em O Globo.
E a foto que copio acima, de Ryan e Shelley, um casal de moradores de rua.
Um ex-casal, aliás, porque Ryan, agora, está morto.
É bom para lembrar o que esquecemos depois que passamos a achar Charlie Chaplin apenas um comediante antigo, não um intérprete de gente sem cuidado e sem esperança.
E que o drama humano é só existencial e não também pela sobrevivência.
Talvez com isso os que praguejam contra as nossas alegrias e desprezam os nossos progressos possam entender o quanto caminhamos.
E, por isso, o quanto acreditamos que temos de continuar a caminhar.
Mas sempre assobiando, alegres, como Carlitos.

A Nova York dos excluídos

Isabel Deluca
O número de sem-teto em Nova York atingiu, este ano, o maior nível desde a Grande Depressão nos anos 1930. Segundo as últimas estatísticas federais, a população sem moradia aumentou 13% em comparação com o ano passado, apesar da suposta recuperação da economia — e enquanto a média nacional só faz diminuir. A tendência cresce sobretudo entre famílias e virou um dos maiores desafios do prefeito Bill de Blasio, que fez da habitação acessível um dos pontos centrais do seu discurso de campanha, para comandar uma cidade onde os aluguéis não param de subir.
Os nova-iorquinos que passam a noite em abrigos ou nas ruas chegaram a 64.060, de acordo com o relatório anual do Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano (HUD, na sigla em inglês), que compila dados de três mil cidades americanas.
Só Los Angeles teve aumento maior: lá, os desabrigados cresceram 27%, embora o total ainda seja menor que o de Nova York. No resto do país, o número caiu 4% desde 2012: hoje são 610.042.
— A maior parte dos EUA mudou a tática de reagir ao problema, e está funcionando — explica o professor de Políticas Sociais da Universidade da Pensilvânia Dennis P. Culhane, autor do relatório do HUD. — O foco tem sido no realojamento imediato, muitas vezes na forma de mediação de conflitos, mas também com ajuda financeira. O modelo de botar num abrigo e esperar até que se consiga encontrar uma moradia, ou que o cidadão consiga juntar dinheiro para sair, não é o novo modelo que emerge no país. Mas é o de Nova York.
Na cidade mais rica do mundo, a crise é resultado sobretudo do aumento no número de famílias que já não podem pagar aluguel. O último censo registrou um declínio no número de apartamentos acessíveis em Nova York, enquanto a renda da classe média baixa só faz cair. Para Culhane, parte do problema ainda pode ser creditado à crise econômica:
— Há desemprego excessivo, afetando a capacidade de pagar o aluguel. Há mais jovens adultos e suas famílias com pais ou avós. Isso cria um ambiente estressante que pode levar ao despejo. É o que acontece em dois terços dos casos. A razão mais comum que os novos sem-teto reportam é conflito familiar na casa superlotada.
Em Nova York, as famílias já representam 75% da população dos abrigos. Há menos sem-teto nas ruas do que há uma década, mas a lotação nos dormitórios é recorde — 52 mil, sendo 22 mil crianças. Relatório divulgado em maio pela ONG Coalizão para os Desabrigados aponta outro recorde: o tempo médio que uma família permanece num abrigo atingiu 14,5 meses.
O Departamento de Serviços para Desabrigados disponibiliza diariamente dados sobre os abrigos. Na última quarta-feira, eram 30.540 adultos e 23.227 crianças. O número de sem-teto que pernoitam em refúgios municipais é, hoje, 73% maior do que em janeiro de 2002, quando o ex-prefeito Michael Bloomberg tomou posse. Ele tentou driblar a questão com uma série de políticas, mas o resultado foi a superlotação dos dormitórios públicos.
— Prefiro dormir na rua do que num abrigo — relata Elliot, um sem-teto de 52 anos que costuma passar as tardes na esquina da Rua 72 com a Broadway. — A comida é pavorosa. Os banheiros são imundos. Há ratos e baratas por todo canto.
fonte: tijolaço

Baile neoliberal de Aécio e Campos ficou para trás: Europa estuda moratória da dívida.

Em jantar para banqueiros e megaempresários, Aécio prometeu "medidas amargas" para o povo, seguindo a cartilha neoliberal (leia-se desemprego, arrocho salarial e nas aposentadorias).
Apresentou como garantia de cumprir o arrocho que o banqueiros pedem, o financista Armínio Fraga, a seu lado, apresentado como czar da economia, caso fosse eleito.
Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) abriram a sanfona para tocar a balada do neoliberalismo quando o baile já acabou.

Enquanto os dois demotucanos só falam em aplicar "medidas amargas" neoliberais, na União Européia já se estuda exatamente o contrário. Um plano de reestruturação da dívida dos países membros do Banco Central Europeu para ser paga em 100 anos.

A proposta é uma forma de moratória que seria conduzida pelo próprio Banco Central Europeu.

Eis a notícia do portal português Público:

PADRE propõe baixar a dívida para metade da noite para o dia. E não é milagre.

Plano Politically Acceptable Debt Reestructuring in the Euro Zone coloca BCE a comprar parte da dívida dos países em dificuldade, que seria paga com os lucros que recebem do banco central.

É francês, é economista e é um dos co-autores de um programa que tem dado bastante que falar por essa Europa fora. O plano PADRE – Politically Acceptable Debt Reestructuring in the Euro Zone proposto pelo economista Charles Wyplosz sugere uma reestruturação da dívida pública nos países mais endividados da Europa e que para economias como a portuguesa representaria uma redução para metade do nível de endividamento.

Nesta altura, a Europa discute as vantagens e desvantagens de uma reestruturação da dívida e o próprio presidente da Comissão Europeia nomeou um grupo de especialistas para estudar o tema. Em Portugal, o assunto saltou para a ribalta quando um grupo de personalidades apresentou o Manifesto dos 74 e mais de trinta e cinco mil portugueses assinaram uma petição para que o assunto fosse discutido no Parlamento.

Charles Wyplosz tem uma proposta concreta, que tem tanto de simples como de polémica. E vai apresentá-la esta sexta-feira no IDEFF - Instituto de Direito Económico Financeiro e Fiscal, num debate que terá com Victor Bento, João Cravinho e José Maria Castro Caldas. Antes Wyplosz falou com o PÚBLICO sobre o PADRE.

A sugestão que Charles Wyplosz faz aos governos europeus é de colocar o BCE a comprar parte da dívida dos estados-membros mais endividados, como Portugal, e transformar essa dívida em obrigações perpétuas e sem juros. Isto permitia que, de um dia para outro, a dívida remunerada de países como Portugal caísse para metade.
fonte: amigosdopresidente lula

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Fel-lha e FGV incitam
os protestos

É a liberdade de expressão do camarote VIP do Itaúúúú


De amigo navegante:​


Paulo, para sua avaliação, veja este site:

https://protestos.org/


Parece que a FGV decidiu realmente inovar e estimular os protestos durante a Copa, com dicas sobre como se comportar “contra o Estado”, o mesmo que a financia, diga-se.

Vale indagar qual é a finalidade disso e o que está por trás dessa tão “oportuna” iniciativa sobre “a liberdade de manifestação”:


http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/06/1472792-em-guia-on-line-fgv-aconselha-manifestantes-a-se-camuflarem.shtml



Clique aqui para ler
“Conti e Folha entrevistam o Felipão errado”

E aqui para “Bomba ! Como a Fel-lha entrevistou o Felipão”

quinta-feira, 19 de junho de 2014

O doce veneno nos campos do senhor - CONEXAO REPORTER



PARTE 1
PARTE 2


PARTE 3 

Folha e Conti entrevistam
o Felipão errado !

Dá nisso demitir repórter e contratar colonista (*)

Na foto, página da Fel-lha que lamentavelmente não chegou às bancas hoje !!! São uns jenios !



O Conversa Afiada reproduz contribuição de amigo navegante:

Não mandaram parar as máquinas, porque o jornal já estava impresso.

75% estavam rodados e no caminhão: tiveram de voltar para a gráfica.

Ocorre que Mario Sérgio Conti, notável autor de “Noticias do Planalto” (leia em tempo)  pegou um voo na ponte aérea Rio – São Paulo e, graças ao privilegaido faro de repórter investigativo, ele, e só ele,  em meio aos milhares de jornalistas destacados para cobrir a Copa, só ele percebeu a presença de Neymar e Felipão, a paisana, no avião.

Cola nos dois para tentar uma exclusiva. E consegue !

Seria uma entrevista bombástica, porque Felipão revela: “o problema é a nossa zaga”.

Lá pelas tantas, Felipão diz a Neymar “vê se dorme, moleque”.

Conti narra: “Neymar desligou o celular mas não pregou o olho. Apesar de um único passageiro ter-lhe pedido uma self”.

Nem o fato de Neymar estar viajando sozinho com Felipão num avião de carreira no meio da Copa do Mundo, tampouco o fato de um único passageiro abordar Neymar para uma self chamou a atenção do incomparável repórter.

Que escreveu uma página inteira de jornal com o furo.

A matéria chegou a sair na internet, mas foi retirada do ar.

Virou uma nota do erramos. Na internet.

Na despedida, depois do voo, Felipão deu uma dica a Conti sobre a essência do ridiculo. Conti publicou, mas, pelo jeito,  não entendeu.

Segue ipsis litteris:

“Perguntei se toparia dar uma entrevista ao programa “Diálogos”, da GloboNews. “Claro, vamos lá. Só que ando meio ocupado…” Disse rindo. Pegou sua carteira, tirou um cartão de visita e me entregou, afirmando: “mas isso pode te ajudar por enquanto”.

O cartão de visita dizia: “Vladimir Palomo – Sósia de Felipão – Eventos”. Depois das gargalhadas [do que Conti imaginou ser uma piada genuinamente felipina] apertou a mão e disse: “Deus te proteja”.


Segue o link do erramos:
http://www1.folha.uol.com.br/esporte/folhanacopa/2014/06/1472865-colunista-da-folha-e-vitima-de-trote.shtml

O texto foi publicado no site da Folha e de O Globo, já que as duas empresas “jornalisticas” empregam o reporter. Como colunista.


Em tempo: no livro “Noticias do Planalto”, que trata de “imprensa e Fernando Collor”, TODOS os patrões se saem bem – e alguns jornalistas, mal. Sobre Roberto Marinho, então, Conti faz ao longo do livro elogios que chegam a dezenas… Deve ser por isso que os filhos o  mantêm lá… – PHA

quarta-feira, 18 de junho de 2014


Bomba ! A Copa
é um fracasso !

Parabéns à Globo e Band, à Veja, Folha e Globo pela perfeita percepção da realidade.

Imagem extraída do Twitter do P.P. Buxbaum


O Conversa Afiada reproduz artigo de Francisco Costa, extraído do Tijolaço, de Fernando Brito:

A Copa é um fracasso, por Francisco Costa




Nada é mais demolidor do que um sorriso.

Não conheço o autor, sei apenas que se chama Francisco Costa e é professor e artista.

Chegou-me pelo Facebook e compartilho com vocês, pela qualidade do texto e pelo bom-humor.

E pela cara-de-pau de certos (ou incertos) jornalistas e jornalecos que coram diante das mentiras que propagaram por meses e meses.

A direita estava certa, sou obrigado a concordar



Hoje está fazendo uma semana que a Copa do Mundo se iniciou.

Conforme prognosticaram os jornalistas, embasados em vasta experiência jornalística, honestidade de propósitos, compromisso com a verdade e isenção política, infelizmente está tudo acontecendo como o esperado.

Parabéns às tevês Globo e Band, à revista Veja, aos jornais Folha de São Paulo e O Globo, pela perfeita percepção da realidade, o que só os que fazem jornalismo sério, não corrompido por interesses políticos e pecuniários, podem ter.

Como era esperado, o vexame é total, o que enxovalha o Brasil aos olhos do mundo e mostra toda a incompetência política e administrativa desse governo, nos expondo assim a humilhante situação, da qual demoraremos muitos anos para nos livrarmos.

Para fazer as afirmações que se seguem, pautei-me pelo que tenho lido na imprensa internacional, a partir de jornalistas estrangeiros e turistas do mundo todo, e postado pelos bravos militantes da direita, intelectualizados e precisos nas suas análises e críticas.

Os estádios todos inacabados, de arquitetura no mínimo duvidosa, feios, mal iluminados… Acertaram os que disseram que só ficariam prontos na próxima década.

As chamadas obras de infrestrutura, no entorno dos estádios, foram uma balela. Os engarrafamentos, nos momentos que antecedem os jogos, são quilométricos, com os torcedores chegando atrasados, inclusive com muitos deles desistindo de entrar nos estádios.

Os aeroportos superlotados, com voos atrasados e cancelados, filas imensas nos guichês, bagagens extraviadas… Com todos os aeroportos por terminar, cheios de materiais de obras espalhados, numa imundície só.

Um outro fiasco que não poderia passar em branco é o das comunicações, com os correspondentes sem poder fazer contatos com suas bases, os links interrompidos ou com interferências, nos isolando nos momentos de pico, que antecedem e durante os jogos.

E o apagão, a suprema humilhação? Como é que em pleno século XXI um país inteiro pode ficar sem energia elétrica por horas, em silêncio, no escuro, envergonhado?

O apontado infelizmente aconteceu: um surto de dengue em pleno inverno, com os hospitais lotados, sem ambulâncias para transportar doentes, medicamentos em quantidade insuficiente, com muitos turistas debandando, voltando para os seus países, com medo.

Mas… O que mais temíamos e tínhamos certeza que aconteceria e ficaria fora de controle… A violência generalizou-se de tal maneira que nem mesmo as Forças Armadas estão tendo força suficiente para, se não debelar, pelo menos minorizar: brigas generalizadas entre torcidas, resultado de um serviço de segurança ineficiente, pequeno no número de homens, e despreparados.

As delegacias policiais já não dão conta de tantos registros de ocorrências de roubos, assaltos e sequestros, com balas perdidas em grandes aglomerações de turistas, os arrastões, promovidos por facções criminosas, com gente descida dos morros e vindas dos subúrbios.

Perdeu-se a conta de ônibus queimados, vitrines quebradas, lojas comerciais saqueadas…

Claro que uma situação dessa, e que só surpreendeu aos mal informados, não leitores de nossos jornais e revistas e telespectadores, só poderia gerar protestos, indignação, e então o que se viu foi o coro, em São Paulo, usando palavras de baixo calão, dirigidas à presidente da república.

Não passou pela cabeça de ninguém que deixar o povo ter acesso aos estádios seria uma temeridade? Como esperar civilidade, educação, postura, respeito e até caráter de pessoas de pouco estudo, baixos salários, residindo em áreas longínquas? Como esperar dessa gente qualquer coisa como simpatia, hospitalidade, cortesia? São ogros.

Só deveria ter acesso aos camarotes vips dos estádios os grandes empresários, os políticos de direita, os artistas e apresentadores da televisão, gente polida, educada, respeitadora, como não mostram no vídeo, em pleno exercício de monetário cinismo.

O país está um caos, e não foi por falta de aviso: a mídia avisou que seria assim, a oposição ao governo provou que seria assim, uma multidão de internautas inteligentes e bem informados mostraram todas as evidências de que seria assim, mas o governo não quis ouvir e pôs avante esse sonho megalômano de realizar uma Copa do Mundo aqui.

O Brasil nunca mais será o mesmo aos olhos do mundo, que agora entendeu que, aqui, a mídia e os partidos de direita (Dem, PSOL, PSDB…) são mais criminosos que o Comando Vermelho e o PCC.
247 – Para Luis Nassif, do site GGN, Joaquim Barbosa tinha tudo para fazer história na Presidência do Supremo Tribunal Federal, mas não teve emocional para isso. Leia:
Joaquim Barbosa, o que poderia ter sido grande, mas foi apenas mau
Quando o outsider entrou no STF (Supremo Tribunal Federal), os senhores formais aceitaram com superior condescendência. O outsider tinha currículo, falava várias línguas, desenvolvera teses importantes sobre inclusão.
Mas era outsider. Não vinha de família de juristas, gostava do ambiente informal dos botecos, era de pouquíssimos amigos e nunca fez média na vida.
Conquistou tudo na porrada, dependendo dele e só dele.
Tinha tudo para entrar para a história, derrubando conchavos, despindo o formalismo e a hipocrisia de muitas togas, subvertendo formas de ver o mundo, trazendo para o Supremo os ares da contemporaneidade e a marca altiva de sua cor e dos que conquistaram tudo sem nunca ceder.
Mas faltava-lhe algo, uma peça qualquer no sistema emocional, que o tornou uma espécie de Mike Tyson com toga, uma força gigantesca e incontrolável assombrada por mil demônios internos que o impediram definitivamente de se tornar um grande.
O que moldou essa lado emocional tosco, rude, cruel, não se sabe. As intempéries da vida costumam construir grandes caráteres; mas também modelam a crueldade, a vingança permanente contra tudo e todos que ousem se interpor no caminho.
Foi o caso de Joaquim Barbosa.
Seu mundo tornou-se uma ilha pequena, restrita, cercada por um oceano infestado de tubarões querendo prejudica-lo, cada gesto contrário visto como ameaça ao que ele conquistou.
Cada julgamento tornava-se uma guerra a ser vencida a qualquer preço, até com a sonegação de provas, se necessário. O tribunal era a arena povoada de gladiadores sangrentos aguardando o polegar para baixo do público para a degola final dos inimigos. E todos eram inimigos, o réu a ser condenado, o colega que ousasse discordar de qualquer posição, o advogado que rebatesse seus argumentos, o jornalista que o criticasse.
O ódio como seiva vital
Em poucas pessoas vi ódio tão acendrado, a raiva como motor de todas as atitudes, um egocentrismo tão exacerbado a ponto de tratar qualquer voz dissidente como um inimigo a ser aniquilado.
Talvez em José Serra, que, em todo caso, sempre foi suficientemente esperto para agir através de terceiros.
Joaquim Barbosa nunca usou as armas da hipocrisia, a malícia das jogadas. Como Tyson, sempre saía de peito aberto distribuindo porradas pelo mundo. O que o movia não era a desonestidade, a vontade do poder, um pouco talvez a busca da popularidade, mas, acima de tudo, dar vazão ao ódio, sempre o ódio como seiva vital.
E esse bruto – na definição mais ampla do termo –foi transformado em campeão branco da mídia na disputa política. Emocionalmente tosco, embarcou no jogo de lisonjas, do “menino que mudou o Brasil”.
Por um tempo, exercitou o duplo jogo de quem se formou nas guerras da vida e na formalidade de um poder hierárquico. Enfrentava o mundo jurídico intimidando mentes formais com a truculência desmedida das discussões de rua e de botecos; e se impunha com os amigos de praia com a condescendência dos que subiram na vida mas não esqueceram as origens.
Acima de tudo, contava com o beneplácito da mídia, que ele conquistou sem pedir mas que lhe proporcionou ser ouvido pelas ruas.
Com tal poder, passou a quebrar dogmas, mas da pior forma possível, atropelando direitos, sendo agressivo até o limite da boçalidade em um ambiente eminentemente formal.
Os juristas que domaram a besta
Coube a dois juristas de extrema afabilidade desmontar a besta.
Um deles, Celso Antônio Bandeira de Mello, o doce Bandeira, unanimidade no mundo jurídico por sua firmeza cortez, pespegou-lhe na testa a definição definitiva: “É um homem mau”.
Outro, Luiz Roberto Barroso, o homem dos salões cariocas, o iluminista que, ainda como advogado, arejou o Supremo com a defesa de teses contemporâneas, ao reagir à agressividade inaudita de Joaquim, sem perder a calma e sem perder a firmeza.
E aí, começaram a desmoronar as estratégias emocionais de Joaquim Barbosa, para enfrentar os rapapés do mundo jurídico e a rudeza dos botecos.
No mundo juridico, a truculência deixou de intimidar, Pelo contrário, passou a ser tratada com uma impaciência cada vez maior de seus pares. No mundo dos bares, em lugar de só aplausos, passou a ser perseguido por vaias.
Aos poucos, os grupos de mídia perceberam que Barbosa tornara-se uma carga inútil, pesada, a vitrine onde estava exposta a parcialidade do julgamento da AP 470. Com sua irracionalidade, estava transformando os réus da ação em vítimas da arbitrariedade mais ostensiva.
No Supremo, sua única influência era sobre Luiz Fux.
Restava-lhe o apoio da malta, aquela parcela mais desinformada da sociedade, que aplaude linchamentos, que defende a lei de Talião, que se regozija com qualquer bode expiatório. E, no contraponto, as vaias da selvageria que despertou no lado oposto.
Dos dois lados do balcão, o homem mau só conseguia trazer à tona os piores sentimentos dos admiradores e dos críticos.
A cena final
Quanto mais se isolava, mais Joaquim Barbosa radicalizava as arbitrariedades.
Ganhou alguma sobrevida graças a mudanças nos procedimentos do STF que impediam impetrar habeas corpus contra decisões do presidente da casa, uma iniciativa do ex-presidente César Peluso supondo que jamais a presidência seria ocupada por uma pessoa desajustada.
As arbitrariedades foram tão ostensivas que um gesto totalmente fora das regras – do advogado de José Genoíno, invadindo uma sessão do STF para questiona-lo – não mereceu uma condenação sequer dos Ministros da casa. Pelo contrário, estimulou a defesa de Marco Aurélio de Mello, porque sabendo ser ato de absoluto desespero, de quem via leis e procedimentos jurídicos atropelados pela insanidade de um julgador.
E aí o poderoso, o imbatível Joaquim Barbosa pediu aposentadoria e, ontem, se afastou da AP 470 procurando se vitimizar, dizendo-se alvo de manifestos políticos e de ameaças do advogado.
Sai no momento em que o STF iria colocar um fim em suas arbitrariedades.
Do Jornal Nacional mereceu uma nota seca, que surpreendentemente terminou com uma frase do advogado que o enfrentou: “Agora, o Supremo poderá voltar a julgar com imparcialidade”. De seus pares, não mereceu nada, nenhuma saudação. Talvez na última sessão seja agraciado com os elogios aliviados de algum colega seguidor das formalidades do STF.
Saindo, passa uma enorme sensação de desperdício. Desperdício em relação ao que poderia ter sido na renovação do STF, na afirmação da diversidade racial, na consagração do esforço individual.
Fica apenas a imagem de um homem mau e sem grandeza, cujo objetivo final não está na história, mas em se vingar de um simples advogado que ousou enfrentar a sua ira.

Se todas as COPAS fossem compradas, o líder mudial era pra ser os Estados Unidos!


E você pode perguntar: O que eu tenho haver com isso? tudo, é você com ingere o veneno na mesa

 

Conexão denuncia o uso indiscriminado de agrotóxicos no Brasil

Data de Publicação 17/6/2014
No Conexão Repórter desta quarta-feira, 18 de junho, Roberto Cabrini comanda uma investigação exclusiva e revela as graves consequências do uso indiscriminado de agrotóxicos. No sertão nordestino, o programa encontrou trabalhadores desprotegidos que se contaminam todos os dias. Uma região onde a incidência de câncer chega a ser 30% maior do que o normal.


Foto: Divulgação

O telespectador vai conhecer a história de Vanderlei, 35 anos. Durante três anos, ele foi auxiliar no preparo da substância usada nas plantações até sofrer uma grave intoxicação no fígado. Cabrini leva uma amostra da água para análise e revela os resultados. Com câmeras escondidas, identificamos também os pontos de venda e como esse comércio é realizado de maneira descontrolada.


Foto: Divulgação

O programa investiga ainda a história do assassinato de José Maria Filho, o Zé Maria do Tomé. Mais de vinte tiros à queima-roupa contra o homem que denunciava o uso indiscriminado de agrotóxicos nas plantações.


Foto: Divulgação

CONEXÃO REPÓRTER

terça-feira, 17 de junho de 2014

Nota sobre coluna de Míriam Leitão

Infográfico: Ilustre Bob
Nesta terça-feira (17), a jornalista Míriam Leitão da TV Globo, do jornal O Globo, da Globonews, da CBN e do portal G1 escreveu em sua coluna que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria, em sua fala de sexta-feira (13), reduzido a importância da educação e do estudo. É importante esclarecer que isso não é verdade e que a jornalista deturpou a fala do ex-presidente com uma interpretação incorreta. A frase de Lula foi: “comeram demais, estudaram demais e perderam a educação”, claramente dizendo que anos de estudo não significam, necessariamente, bons modos e respeito, visto que muitas pessoas com recursos se comportaram de forma desrespeitosa e mal-educada ao xingarem a presidenta na abertura da Copa.
O governo Lula investiu mais em educação do que qualquer gestão anterior. O orçamento do Ministério mais que triplicou: passou de 33 bilhões de reais em 2002 para 104 bilhões de reais em 2013. Lula e seu vice, José Alencar, os dois sem diploma universitário, foram o presidente e o vice-presidente que mais criaram universidades no Brasil: 14 novas universidades. Nos últimos 11 anos, o número de estudantes universitários no Brasil dobrou, subindo de 3,5 milhões em 2003, para mais de 7 milhões em 2013. E o programa Prouni permitiu que 1,5 milhão de jovens sem condições financeiras pudessem estudar e obter um diploma.
Assessoria de Imprensa do Instituto Lula

segunda-feira, 16 de junho de 2014

A inflação (bem mais baixa) que não é notícia para Miriam Leitão

16 de junho de 2014 | 16:11 Autor: Fernando Brito
igp

Não é manchete nem nas páginas de economia.
Muito menos tema dos comentários sempre ácidos de Dona Miriam Leitão.
Saiu mais um índice de inflação, o IGP-10, uma prévia bem aproximada da medição da inflação do mês de junho pela instituição.
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) foi negativo -0,67%, em junho. A taxa apurada em maio foi de 0,13%. Em junho de 2013, a variação foi de 0,63%.
A tendência de queda forte da inflação, já registrada aqui na semana passada, permanece inalterada.
E concentrada no atacado (que projeta continuidade adiante no varejo) e o grupo de consumo mais importante para os mais pobres, cuja taxa e aumento caiu de 1,16% para  0,13%.
Claro que é algo que reflete a desaceleração econômica, e isso é ruim para o país, no médio prazo.
Mas é pior ainda para uma oposição que apostou numa explosão inflacionária pré-eleitoral.
É o “imagina na Copa” econômico, mais uma obra do imaginário terrorista que se agitou diante da opinião pública.
Ninguém se impressione se tivermos um índice de inflação na casa de 0,2% em junho e ainda menor em julho.
Mas isso, como ocorreu com a Copa em matéria de turismo, não vai anular os prejuízos que provocaram ao país.
Fico curioso com qual será, agora, o próximo fim do mundo com que resolverão nos ameaçar.
Porque o lobo, você sabem, tem aquela história de que se não foi você, foi seu pai, seu tio, seu avô…

Senhores sabidos, cadê o fracasso retumbante da Copa?

16 de junho de 2014 | 10:38 Autor: Fernando Brito
copadascopas
Termina hoje a primeira rodada da fase inicial da Copa.
Onze dos 12 estádios já tiveram jogos, sem qualquer problema significativo, embora tenhamos legões de repórteres procurando defeitos.
Multidões de argentinos, colombianos, holandeses e gente de todas as partes chegaram nos aeroportos, que funcionaram sem contratempos.
Com algumas dificuldades, aqui e ali, todos chegaram nos estádios em paz e com tranquilidade.
O “imagina na Copa” perdeu de goleada para a realidade.
O que não funcionou, aliás, em geral foram as obrigações da Fifa e seu “padrão”: a festa pífia da abertura e o “mico” de ontem no Beira-Rio, quando o sistema de som engasgou na Marselhesa, que ainda será cantada a plenos pulmões, como foi, por milhões em todo o mundo, pelo que significou com para os povos a Revolução Francesa.
O Brasil experimenta um clima festivo e alegre como poucas vezes.
E o que se passa dentro e em torno dos campos mereceu hoje, do site inglês Eurosport, uma das maiores redes esportivas da Europa,  onde se  diz que, em quatro dias, esta caminha para ser a melhor copa de todos os tempos.
Claro que cabem discussões sérias e responsabilidade no que se gastou e gasta para no evento diretamente, embora a maior parte dos gastos sejam em obras que servem á população e sóo eventualmente ao torcedores.
Mas todo mundo sabe e sabia que negociar com uma máfia como a Fifa não seria, propriamente, trabalhar ao lado de Mahatma Ghandi ou da Irmã Dulce.
Ou alguém achava que fazer a Copa poderia ser um “churrasquinho na laje”, como nós gostamos de fazer e o que, aliás, não nos tira um grama da nossa alegria simples e focada nas pessoas.
Como perguntou muito bem o Florestan Fernandes Jr. no GGN, “onde estavam ontem os políticos que festejaram a escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014? Onde estavam: Lula, Sérgio Cabral, Eduardo Campos, Aécio Neves, José Serra, Jaques Wagner, Yeda Crusius, Cid Gomes, Carlos Eduardo de Sousa Braga, Wilma de Faria, Roberto Requião, José Roberto Arruda, Blairo Maggi? Onde estava Marina Silva que queria uma sede no Estado dela, o Acre? Onde estavam os prefeitos, senadores, deputados, âncoras de televisão e rádio que queriam tanto a Copa do Mundo? Onde estavam os prefeitos e governadores responsáveis pelas obras exigidas pela Fifa?”
Todo mundo na toca, embora a Lula, pelo seu tamanho político, não coubesse mesmo se substituir à primeira mandatária do país. E ele ainda teve a coragem de protestar contra a “babaquice” da imprensa de achar que os estrangeiros exigiriam ser carregados no colo até dentro dos estádios…
Foi Dilma Rousseff quem botou a cara para as Donas Lalá, da “área VIP” a xingarem.
Ficamos nisso, nos de “barriga-cheia” que ganharam ingressos da Globo, do Itaú e de outros patrocinadores e os de “cabeça-vazia” que juntam umas dezenas de babacas para ir arrumar confusão na porta dos estádios, nenhum deles capaz de entender as regras básicas de convivência.
Aliás, a direita hidrófoba ainda quer que a agradecendo por estar “apenas” mandando pessoas irem “tomar”, quando diz que poderia ser pior e estar nos “protestos” de gatos pingados.
É a versão chique do “poderia estar roubando, poderia estar matando, mas estou apenas…”
Ontem, duas horas e pouco antes do jogo da Argentina, passei próximo ao Maracanã com meu filho pequeno e,  sozinho, meia hora depois.
Uma festa em azul e branco, vestido por argentinos e por muitos brasileiros.
Ruas cheias, bares lotados, sorrisos e alegria.
Claro, teve uns grupinhos de “barrabravas” castelhanos e nacionais, fazendo confusão. Assim como tem na Inglaterra e na Holanda.
A diferença é que aqui, ao longo de mais de um ano, isso foi insuflado pela mídia e pela oposição.
Só vi isso antes na construção do Sambódromo, em 1983, com Brizola, naquela ocasião com (além da Globo) o Governo Federal sabotando, ao ponto de o porta-voz de Figueiredo, o senhor Carlos Átila, declarando à imprensa que torcia para chover muito durante o Carnaval.
Os fatos, porém, os fatos têm uma força que se impõe sempre, sobretudo quando se age com coragem e sem se deixar intimidar.
Mas paro por aqui, senão começo a elogiar a seleção da Holanda, garfada com um pênalti que provocou menos de 1% da indignação do sofrido por Fred.
Que praticou uma antiquíssima e esquecida regra  para proteger sua defesa relativamente inexperiente.
Atacou, atacou e atacou.
Com juízo e sem imprudência, mas absolutamente corajosa diante do supostamente imbatível “tic-tac” da poderosa Espanha.

Com Padilha confirmado em SP, Lula ressalta luta entre 'esperança e ódio'

Em encontro que homologou Alexandre Padilha como candidato ao governo paulista, ex-presidente disse que 'ódio' da elite é motivado por mais competência do PT
por Redação RBA publicado 15/06/2014 17:30, última modificação 16/06/2014 09:33
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Heinrich Alka
Padilha homologado
Para disputa pelo governo paulista, petistas querem debate sobre projetos já aplicados no governo federal
São Paulo – Neste domingo (15), o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha foi homologado como candidato do PT ao governo do estado de São Paulo por mais de 15 mil pessoas, no Ginásio da Portuguesa, na capital paulista. Nos discursos, os destaques se concentraram, além do próprio Padilha, na presidenta Dilma Rousseff e no ex-presidente Lula.
Último a discursar, Lula não se furtou a fazer o embate que classificou como uma luta da "esperança contra o ódio". "Temos que fazer uma campanha para a esperança vencer. Se em 2002 fizemos campanha para a esperança vencer o medo, agora vamos fazer a campanha para a esperança vencer o ódio”, ressaltou.
Com uma crítica à elite do país, o ex-presidente evidenciou o campo em que se dará a disputa eleitoral. "Provamos que somos mais competentes que eles. O ódio deles contra nós é porque, pela primeira vez na historia deste país, provamos para a elite que somos mais competentes."
Ele rememorou as políticas aplicadas pelo partido na gestão do governo federal desde 2003 e, assim como outros petistas que discursaram no evento, reforçou a importância do debate eleitoral ser norteado por projetos e realizações.
Ao final da fala, Lula se dirigiu a Alexandre Padilha e o conclamou "para mudar de verdade" o estado de São Paulo.
Antes, Padilha havia destacado que São Paulo necessita de um governo “mais humano e solidário”. "Vamos fazer São Paulo melhor em tudo e melhor para todos. O estado precisa de um governo que entenda que defender os direitos do nosso povo é fortalecer o nosso estado. São Paulo precisa de um governo mais humano e solidário”, pontuou.
Já a presidenta Dilma Rousseff – que não pôde comparecer ao encontro – enviou mensagem gravada, que foi exibida num telão aos participantes. Em referência clara à gestão tucana de Geraldo Alckmin, principalmente na questão da administração da água, em que o peessedebista teve que recorrer ao volume morto do Sistema Cantareira, reserva abaixo do nível das bombas de sucção da Sabesp que começou a ser captada no mês de maio para compensar a queda histórica dos reservatórios e sobre a qual há dúvidas a respeito da qualidade, Dilma afirmou que Padilha é “o mais preparado para assumir o governo paulista” e que o candidato do PT ao governo estadual é o “volume vivo que São Paulo precisa”.
"São Paulo precisa conhecer de verdade o que acontece no Estado. São Paulo não pode mais confiar em volume morto. Padilha é o volume vivo que São Paulo precisa", enfatizou a presidenta.
Também foi definida a candidatura à reeleição do senador Eduardo Suplicy, bem como os candidatos petistas que vão disputar cadeiras na Assembleia Legislativa de São Paulo e na Câmara dos Deputados.

Rogério Correia: “Aécio fez com jornalista do Rio o que sempre faz em Minas. Censura, cala e até prende quem denuncia o que ele faz de errado”

publicado em 15 de junho de 2014 às 19:16

Rogério Correia: “Como Aécio comete ilegalidades na vida pública e apronta muito na vida privada, ele precisa de blindagem absoluta na mídia”
por Conceição Lemes 
Nessa semana, a pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro, a jornalista Rebeca Mafra, do Canal Brasil, teve a casa invadida por policiais e apreendidos um computador, dois HDs externos, pen drives, um iphone sem uso, chips de computador, CDs de fotos e um roteador.
A acusação é de que ela e outras quatro pessoas fariam parte de uma espécie de “quadrilha virtual” organizada para difamar nas redes sociais o senador e candidato do PSDB à Presidência da República Aécio Neves.
Rebeca, além de não conhecer os demais acusados, nunca falou nada de Aécio nas redes sociais.
Em entrevista à TVT,  Rebeca confirma que a denúncia partiu do senador tucano.
“Uma denuncia feita pela assessoria de imprensa dele, diretamente ligada à candidatura”, frisa. “Pelo que eu soube, foram 17 buscas e apreensões no Rio. No mandado que tinha o meu nome eram mais quatro pessoas.”
Nenhuma novidade para jornalistas e políticos mineiros. Não à toa deputados estaduais  criaram o bloco parlamentar de oposição Minas Sem Censura (MSC), integrado por PT, PMDB e PRB.
“Aécio não tem limites, é um perigo à democracia. Em Minas, não há democracia. O que existe é um poder de exceção feito a partir do dinheiro e do poder”, denuncia Rogério Correia, deputado estadual Rogério Correia (PT-MG) e vice-líder do MSM.  “O que acontece hoje em Minas é uma amostra do que Aécio fará no restante do Brasil, se eleito. O caso da jornalista do Rio de Janeiro é a prova.”
“Como Aécio comete ilegalidades na vida pública e apronta muito na vida privada, ele precisa de blindagem absoluta na mídia”, prossegue. “Tem que frear tudo que contraria seus interesses.”
“Aécio fez com jornalista do Rio o que sempre faz em Minas. Censura, cala e até prende quem denuncia o que ele faz de errado”, alerta Rogério Correia.
“Um dos objetivos centrais de Aécio,  caso eleito, será limitar o acesso à informação. Tanto que não ele queria a aprovação do marco civil da internet”, previne o deputado.
Rogério Correia fala de cadeira. Em 2010, o então governador Aécio Neves tentou cassar o seu mandato e o do deputado estadual Sávio Souza Cruz (PMDB-MG).
Segue a íntegra da nossa entrevista com um dos mais combativos deputados estaduais de Minas.
Viomundo – Surpreende-o o fato de  Aécio Neves ter denunciado ao MP do Rio  a jornalista Rebeca Mafra e outras quatro pessoas por difamação, embora ela nunca tenha falado dele na internet nem conheça os demais integrantes da “quadrilha virtual”?
Rogério Correia — Nenhum pouco.  Aécio fez com jornalista do Rio o que sempre faz em Minas. Censura, cala e até prende quem denuncia o que ele faz de errado.
O senador não tem limite. Ele é completamente blindado aqui e agora está adquirindo blindagem nacional.
A Folha de S. Paulo fez reportagem sobre o assunto como se fosse um grande escândalo e o senador a vítima. Assim, o  blinda, até porque é o candidato desse extrato das elites dominantes brasileiras.
Viomundo – O deputado Sávio Souza Cruz diz que em Minas “está tudo dominado” por Aécio e seus parceiros. Concorda?
Rogério Correia – Assino embaixo. Aqui, o controle de Aécio se dá em todas as esferas: Ministério Público, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas, Assembleia Legislativa… Além disso, há uma blindagem muito forte da imprensa quanto a qualquer tipo de análise negativa que possa ser feita sobre a sua administração como governador ou a respeito de sua vida privada.
Essa blindagem faz com tudo que é negativo em relação a ele se torne inquestionável. Também dá muita tranquilidade para que Aécio e seus parceiros possam agir fora da lei na certeza da impunidade.
Viomundo – Que tipo de impunidade?
Rogério Correia – Vou dar dois exemplos. Um é a não aplicação de recursos estipulados pela Constituição em relação à Saúde e à Educação.
Desde o governo Aécio desviam-se em Minas recursos da saúde. Na gestão Antônio Anastasia, isso virou ação institucionalizada.
Explico. A Constituição determina a aplicação de, pelo menos, 25% dos recursos dos Estados em Educação e, no mínimo, 12% em Saúde. Mas mediante um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG), firmado em 2012 com o Tribunal de Contas do Estado, o governo de Minas foi “autorizado” a não cumprir o mínimo  constitucional para Saúde e Educação.  O Tribunal de Contas deu permissão para o governo de Minas cumprir o que estabelece a Constituição somente depois de 2015.
Um absurdo no campo da gestão pública. E o que é pior.  Com o aval do órgão que deveria fiscalizar e impedir que esse tipo de coisa acontecesse.
Apesar de auditores fiscais, parlamentares e três promotores do Ministério Público mineiro questionarem esse absurdo, o governo de Minas nunca recebeu uma punição.
Aqui, tudo é arquivado, esquecido, engavetado,diante do poder ditatorial de Aécio e do PSDB em Minas. O que permite que o senador e  aliados, como o ex-governador Antônio Anastasia, saiam impunes. Resultado: Aécio segue infringindo a lei, pois sabe que sairá impune.
Aliás, esta semana, foi noticiado o arquivamento de mais uma denúncia contra  o senador tucano.
Viomundo – O outro exemplo.
Rogério Correia — É a Lei 100. Mesmo sabendo que era ilegal, Aécio  efetivou 100 mil professores sem concurso público. Ele age com a complacência da Justiça, já que isso vai ser julgado muito tempo depois, quando ele já não estará mais no governo. Em consequência, não dá inelegibilidade para ele.
Depois que ele conquista essa blindagem, ele acha que está impune a tudo, inclusive na sua vida pessoal. Por isso faz também da sua vida pessoal uma baderna.
É o menino mimado do avô. Então, tudo é protegido para ele. A irmãzinha [Andréa Neves] protege-o de tudo o que ele faz de errado. Ele virou um garoto mimado.
Viomundo – Como se dá a blindagem em Minas?
Rogério Correia – Aqui há o que eu chamo de pacto das elites dominantes, que têm um projeto em torno do Aécio. Elas o paparicam com discursos do tipo “Aécio é mineiro e vai retomar Minas”. Essa mesma elite  ocupa os mais altos cargos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de Minas. No caso da mídia, não é só a elite amiga que mantém o controle, mas também a sua própria família.
É uma ação de mão dupla, pois o governo de Minas garante muitos ganhos para essas classes mais altas. Aqui, já saiu o aumento salarial para o Ministério Público, que ganha o que quer de dinheiro. O Tribunal de Contas e os juízes, idem.
Para eles, não tem tempo ruim. Já para os professores e o pessoal da saúde, são migalhas. Na prática, é tudo para os amigos. A blindagem faz parte dessa troca de favores.
Viomundo – Já quem ousa divergir ou denunciar os malfeitos do senador corre o risco de ser preso.
Rogério Correia – É o que ocorreu com o jornalista Marco Aurélio Carone, do Novo Jornal. A pedido de Aécio, o seu site foi fechado e Carone está preso há quase cinco meses, apesar de problemas de saúde.
O Tribunal de Justiça de Minas negou o habeas corpus para libertá-lo e responder o processo em liberdade. A negativa do habeas corpus é uma proteção a Aécio.
O Carone não respeitava a censura imposta por Aécio ao restante da imprensa mineira e Aécio o calou. Assim como ele quis cassar o meu mandato e o do Sávio Souza Cruz. Aécio não admite adversário.  Adversário é inimigo que tem de ser aniquilado politicamente.
Viomundo – Aliás, assim como o Carone, a jornalista Rebeca Mafra, do Rio de Janeiro, está sendo acusada de formação de quadrilha, embora ela não conheça os demais acusados.
Rogério Correia – Acho que a formação de quadrilha é a forma que Aécio encontrou no Judiciário para justificar e facilitar desmandos autoritários. Tanto que o Carone e o Nílton Monteiro estão com prisão preventiva acusados de intimidar testemunhas que comprovariam formação de quadrilha.  Aécio cala as vozes dissonantes na imprensa e, ainda, se faz de vítima.
Além disso, ele põe os seus parceiros para fazer propaganda suja na internet, contrata robô para baixar o nível nas redes sociais, e o Ministério Público finge que não vê.
É um absurdo o que ele conseguiu agora no Rio de Janeiro. Depois, será no Ministério Público de São Paulo, no Ministério Público Federal… Aécio é um perigo.
Viomundo – Os mineiros estão totalmente a par dessa situação?
Rogério Correia – Uma parcela, sim. Só que, com essa blindagem absoluta, ele passa a imagem que quer.  Por isso, boa parte da sociedade mineira desconhece os malfeitos do Aécio.
Viomundo – Diria que a imprensa mineira é responsável por essa desinformação?
Rogério Correia – Completamente. A mídia é fator fundamental.  Conseguir pautar nos grandes veículos mineiros alguma notícia que critique o governo de Minas é trabalho árduo. Como Aécio comete muitas ilegalidades na vida pública e apronta muito na vida privada, ele precisa dessa blindagem absoluta, que é garantida por sua irmã Andrea Neves.
Nos dias de hoje, a internet e as redes sociais devem ser o inferno para Aécio, pois elas democratizam muito mais as informações.
Eu acho que, se eleito presidente – o que não acontecerá ! – , um dos objetivos centrais de Aécio será limitar o acesso à informação. Tanto que ele não queria o Marco Civil da Internet.
Ele tem que frear tudo. A ponto de se preocupar com a coitada da jornalista no Rio de Janeiro. Assim como já faz em Minas, ele está usando o Ministério Público do Rio de Janeiro para pôr em prática a sua censura.
Viomundo –  O que acontece hoje em Minas poderá se repetir no Brasil?
Rogério Correia — Não tenho a menor dúvida de que o que acontece, aqui, há anos, é uma amostra do que Aécio fará no restante do Brasil, se eleito.
O caso da jornalista Rebeca Mafra é a prova. Por isso, eu reitero: Aécio é um perigo à democracia. Em Minas, não há democracia. O que existe é um poder de exceção feito a partir do dinheiro e do poder.