sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Bombeamento do Atibainha começa sob o silêncio da mídia

15 de agosto de 2014 | 12:05 Autor: Fernando Brito
Começou ontem o bombeamento da segunda, menor e última parte do “volume morto”.
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Só este modesto blog vinha antecipando essa informação que, hoje, também sai no Estadão, sem a dramaticidade que contém, é claro.
Aliás, é apresentado como algo que vai começar, quando, na verdade, já começou ontem, quando foram sugados pelas bombas nada menos que  1,26 bilhões de litros, do total de 78,7 bilhões que se planeja bombear dali.
Sinceramente, tenho vergonha, como profissional, que que isso possa acontecer.
Porque não houve nem sobra do que poderia ser um “furo” jornalístico.
As informações eram públicas, acessíveis a um simples clique de computador.
Enquanto isso, discute-se uma disputa pela água entre São Paulo e Rio que, simplesmente, não existe.
Porque não há e não haverá senão em um prazo mínimo de dois anos, qualquer possibilidade de transferir água do Rio Paraíba do Sul para o abastecimento da Grande São Paulo.
Pela prosaica razão de que não há adutoras, túneis e bombas para jogar água a 20 km de distância e a mais 160 metros de altura.
Não informar já é um defeito grave para quem pretenda fazer jornalismo.
Desinformar é, porém, ainda pior: é um crime profissional.
É disso que estão sendo vítimas os paulistanos.

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