domingo, 15 de maio de 2016


A partir de julho 13/05/2016 - 10h47

Prestações do Minha Casa, Minha Vida subirão até 237,5%


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Os valores das prestações do programa Minha Casa, Minha Vida deverão ter aumento a partir do mês de julho. O aumento chega a até 237,5% e vale para a faixa 1, a mais baixa do programa, relativa aos grupos familiares com renda brutal mensal de até R$ 1.600,00.

Os beneficiários que já têm hoje contratos assinados pagam parcelas equivalentes a 5% da renda mensal da família, variando entre R$ 25,00 e R$ 80,00. Com a mudança, o valor mínimo subirá de R$ 25,00 para R$ 80,00. O valor máximo, por sua vez, será de R$ 270,00, um aumento de 237,5% na comparação com a máxima atual.

Segundo o Ministério das Cidades, os valores cobrados ainda estão baixos, considerando que representam no máximo 15% da renda familiar.

Redação O POVO Online

Prestações do Minha Casa, Minha Vida vão subir até 237,5% em julho

Na Baixada, há 9.498 unidades habitacionais a serem entregues nessa faixa

12/05/2016 - 15:20 - Atualizado em 12/05/2016 - 15:32
O valor mínimo das parcelas devem subir para de R$ 25
para R$ 80 (Foto: Arquivo/Alberto Marques/A Tribuna)
Em meio à crise econômica, não tá fácil realizar o sonho da casa própria. E vem mais uma paulada no bolso por aí: a partir de 1º de julho, as prestações das moradias do Minha Casa, Minha Vida subirão até 237,5%.
 O aumento vale para a faixa 1, a mais baixa do programa, que contempla famílias com renda bruta mensal de até $ 1.600,00 (ou R$ 1.800,00 a partir da fase 3).
Na Baixada Santista, há 9.498 unidades habitacionais para serem entregues nessa faixa, na qual o beneficiário arca com prestações sem juros, durante dez anos.
O valor mínimo a ser pago por mês subirá de R$ 25,00 para R$ 80,00, o que representa reajuste de 220%. Já o valor máximo possível será de R$ 270,00, parcela 237,5% maior do que a máxima atual (confira as informações no quadro).
Hoje em dia, beneficiários com contratos já assinados pagam prestações equivalentes a 5% da renda familiar mensal, variando entre R$ 25,00 e R$ 80,00.
Segundo o Ministério das Cidades, o reajuste é necessário “em decorrência da atualização dos custos da construção e das melhorias estabelecidas nesta nova fase”.
Em nota ao Expresso, a pasta destacou, porém, que famílias já beneficiadas não serão afetadas pela alteração. Elas continuarão pagando a mesma prestação. “O ajuste é apenas para as famílias cuja indicação seja formalizada na instituição financeira oficial federal após 30 de junho”, esclareceu.
O Ministério das Cidades defendeu ainda que os valores permanecem baixos, chegando a no máximo 15% da renda da família. “Na maioria dos casos, as famílias beneficiadas comprometem muito mais de sua renda com a antiga moradia”.
Sete cidades da Baixada Santista têm projetos habitacionais do Minha Casa, Minha Vida dentro da faixa 1 em andamento. Em Guarujá, a Prefeitura destacou que não há pagamento de mensalidades por parte dos moradores.
No total, há 9.498 unidades para serem concluídas, segundo informações das prefeituras. Em São Vicente, por exemplo, o Conjunto Tancredo Neves 3 tem previsão de entrega até o final deste ano, beneficiando 1.120 famílias.
Para o economista e consultor econômico Hélio Hallite, o aumento imposto pelo Governo Federal vem em má hora. “O Minha Casa, Minha Vida é um projeto social de grande abrangência para as comunidades mais pobres e, evidentemente, o perfil desse mutuário não suporta o aumento atribuído agora”.
Entenda melhor as mudanças 
O Governo Federal reajustou as prestações a serem pagas por beneficiários de moradias da faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida. A faixa 1 atende famílias com renda bruta mensal de até R$ 1.600,00 (nas fases 1 e 2) e R$ 1.800,00  (a partir da fase 3).
Como é hoje 
O valor das prestações mensais equivale a 5% da renda familiar mensal, com valor mínimo fixado em R$ 25,00.
A partir de 1º de Julho
O valor das prestações passará a ser estabelecido de acordo com a renda familiar bruta mensal.
Renda de até R$ 800,00: prestação de R$ 80,00.
Renda de R$ 800,01 a R$ 1.200,00: prestação no valor de 10% da renda familiar bruta mensal.
Renda de R$ 1.200,01 a R$ 1.800,00: prestação no valor de 25% da renda familiar bruta mensal menos R$ 180,00.
Imóveis na Baixada 
Santos: 2.404 unidades de projetos ainda em análise na Caixa Econômica Federal.
São Vicente: 1.120 unidades no Conjunto Tancredo Neves 3, previstas para serem entregues até o fim do ano.
Guarujá: 1.148 unidades na Enseada, mas a Prefeitura disse que não há pagamento por parte dos moradores.
Cubatão: 650 unidades na Vila dos Pescadores e 600 no Parque dos Trabalhadores.
Mongaguá: 1.176 unidades, em seis empreendimentos aguardando convênios com o Governo Federal.
Itanhaém: 900 unidades, em duas etapas, a serem entregues até o fim do ano.
Bertioga: 1.500 unidades, em cinco empreendimentos, cujas obras ainda terão início.
Praia Grande: informou não ter projetos do Minha Casa, Minha Vida em andamento.
Peruíbe: informou não ter previsão de entrega dos imóveis.

FONTE: EL PAIS


Argentinos recorrem ao Brasil e Paraguai para abastecer o tanque

Combustível subiu 31% desde dezembro no país. Abastecer nos vizinhos rende economia de até 300 reais

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O preço da gasolina na Argentina aumentou 31% em 2016. David Fernández/EFE
Encher o tanque do carro na Argentina custa 75 reais mais caro do que no Brasil e 88 reais mais caro do que no Paraguai, após o último aumento aprovado pelo Executivo de Macri. Em toda a América do Sul, somente o Uruguai tem preços mais altos. Por esse motivo, aumenta cada vez mais o número de habitantes de províncias argentinas fronteiriças, como Misiones e Formosa, norte do país, que vão aos países vizinhos para abastecer. No total, a economia mensal em combustível pode superar os 1.200 pesos (300 reais). A tendência só se inverte na província oriental de Entre Ríos, que se beneficia do tráfego de uruguaios que mudam de margem para ir aos postos argentinos, que oferecem gasolina três pesos (0,75 reais) por litro mais barata do que em seu país.
Segundo o presidente da Câmara de Postos de Gasolina do Nordeste da Argentina (Cesane), Faruk Jalaf, o aumento dos preços começou a provocar uma queda da demanda. “As pessoas irão priorizar seus gastos em mantimentos, serviços e depois, se sobrar algo, em outros gastos”, diz Jalaf em declarações à imprensa local. O presidente da Cesane confirma que “as pessoas já começaram a ir aos países vizinhos para abastecer”.
A tendência é visível na divisa internacional de Iguazú que liga a província argentina de Misiones, no extremo noroeste do país, com o Brasil. Dezenas de moradores da região realizam os trâmites de fronteira junto à enxurrada de turistas que quer aproveitar a vista das Cataratas do Iguaçu nos dois países. Atravessar leva por volta de 15 minutos, mais outros 10 até o posto de gasolina mais próximo, explica o taxista Pablo de Sosa. “Cada vez mais aumenta o número de pessoas que cruzam a fronteira”, confirma.
A economia no combustível é uma das razões, mas não a única. São muitos os que aproveitam a viagem e além de encher o tanque vão ao supermercado antes de voltar. “Os alimentos também são muito mais baratos no Brasil, o arroz, o macarrão, tudo...”, afirma o taxista. Com a exceção dos produtos de origem animal, que não podem ser introduzidos no país, os argentinos se abastecem de víveres no país vizinho para tentar driblar a inflação, que se aproximou dos 12% no primeiro trimestre do ano e já chega aos 35% entre maio do ano passado e agora.
Apesar da queda do preço do barril de petróleo em todo o mundo, na Argentina os combustíveis acumulam um aumento de 31% desde dezembro, quando Macri assumiu como presidente. No domingo, o litro de gasolina subiu de 17 a 20 pesos (4,27 a 5,02 reais) e a Premium de 20 a 24 pesos (5,02 a 6,03 reais). Os empresários do setor argumentam que uma das razões do aumento é que os custos de produção dispararam, enquanto para o Governo a principal causa é a desvalorização do peso, que chegou aos 50% desde dezembro. “Se o consumidor considera que esses preços são altos em comparação aos outros gastos de sua economia, deixará de consumir”, disse na terça-feira o ministro da Energia argentino, Juan José Aranguren, ao defender o quarto aumento de preços do combustível em 2016.
247 - Os recursos para manter o programa Farmácia Popular e para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) são suficientes somente até agosto deste ano. O anúncio foi feito pelo ex-ministro interino da Saúde, Agenor Álvares da Silva, durante reunião no Conselho Nacional de Saúde.
"Será preciso encontrar uma forma de pagamento", disse Álvares da Silva na última quinta-feira, 12. Ele confirmou ainda que recursos não serão suficientes para honrar compromissos de procedimentos de média e alta complexidade, como cirurgias e internações, a partir de dezembro.
A dificuldade no pagamento de contas é fruto de uma redução na previsão do orçamento para o Ministério da Saúde em 2016, no valor de R$ 5,5 bilhões. "Diante da redução das verbas, procuramos no primeiro momento controlar os gastos discricionários. Depois de algum tempo, no entanto, eles chegarão também a procedimentos como repasses para procedimentos como cirurgias", disse o ministro em exercício.
A falta de verbas afetaria, de acordo com Álvares da Silva, o Aqui Tem Farmácia Popular, um dos desdobramentos do programa inicial, em que estabelecimentos comerciais vendem medicamentos para rinite, colesterol, mal de Parkinson, glaucoma, osteoporose, anticoncepcionais e fraldas geriátricas. O preço não é cobrado da população, mas é reembolsado pelo Ministério da Saúde aos estabelecimentos. "A partir de setembro, vamos ver como esse repasse terá de ser feito para as farmácias credenciadas."
PEC defendida pelo governo retira R$ 35 bilhões da Saúde
A proposta de emenda à Constituição (PEC) nº 134 de 2015, conhecida como "DRU dos Estados'', pode tirar R$ 35 bilhões da saúde pública em 2017. A estimativa é do Departamento de Economia da Saúde do Ministério da Saúde.
A PEC foi relatada pelo atual ministro do Planejamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), que deu parecer favorável ao projeto. O texto deve ser votado em segundo turno no Senado nesta terça-feira, 17. Estados poderão reduzir em até R$ 14 bilhões os gastos na área. Os municípios poderão deixar de investir até R$ 21 bilhões. O autor da proposta é o senador Dalirio Beber (PSDB-SC).
247 - O presidente interino Michel Temer pretende levar ao é da letra o lema do governo de privatizar "tudo o que for possível". Para fazer caixa e incrementar o ajuste fiscal, a equipe de Temer trabalha com uma lista na qual se destacam, entre outros, a abertura de capital dos Correios e da Casa da Moeda e a venda de fatias do governo federal em até 230 empresas do setor elétrico.
Também fazem parte do rol de ativos a Infraero, as companhias Docas, a Caixa Seguros e o IRB Brasil. Estes dois últimos tiveram a ofertas públicas de ações suspensas, devido à piora nas condições do mercado.
No caso dos Correios, será necessária a aprovação do Congresso. O primeiro passo é reestruturar o plano de negócios da empresa, que teve prejuízo de R$ 2,1 bilhões em 2015. Uma das ideias é dividir as áreas em unidades, como logística e encomendas, por exemplo, que poderão ser transferidas integralmente ao setor privado.
"A situação financeira dos Correios está muito complicada, mas a empresa tem bons ativos e poderá vir a ser valiosa. Primeiro, vamos ter que reestruturar o modelo de negócios", disse um técnico da equipe econômica ao jornal O Globo.
No caso do setor elétrico, o êxito dos leilões da hidrelétricas antigas em dezembro, que geraram R$ 17 bilhões para os cofres do governo apesar da situação adversa de um mercado dominado pela incerteza política, serve de estímulo ao plano, segundo interlocutores. Neste caso, a ideia é se desfazer de ativos, como linhas de transmissão já prontas e com contratos assinados.