quinta-feira, 31 de julho de 2014

Dilma na CNI (vídeo na íntegra)



Herança do FHC:
internet não é a da Coreia

A Globo está ficando parecida com o telefone fixo
A Presidenta Dilma anunciou na CNI – onde deu uma surra – que quer uma internet tão eficiente quanto a da Coreia do Sul.

E por que não é ?

Por causa do Príncipe da Privataria.

Lá pelos anos 1997 e 98, o Governo (o bom e velho Estado) da Coreia do Sul investiu US$ 20 bilhões e levou a internet a todas as casas da Coreia do Sul.

Nessa mesma época, o Príncipe da Privataria realizou a patranha da privatização das teles.

Privatizou o que já estava velho, o telefone fixo !

Além das conhecidas patranhas, hoje cristalizadas no desastre da Oi e da Portugal Telecom, a privataria do Príncipe seguiu um plano elaborado pela consultoria americana McKinsey.

Concluída a privataria, os mesmos funcionários da McKinsey foram trabalhar nas beneficiárias da privataria.

Viva o Brasil !

Hoje, 16 anos depois, o Brasil tem que correr atrás da Coreia para fazer o que o Príncipe destruiu.

(Porém, a mais maldita das heranças do Príncipe o amigo navegante sabe qual é …)

Dilma quer 50 megas de largura de banda.

É porque a rapaziada cada vez faz mais vídeo – e menos vê os vídeos da Globo –
e vídeo exige mais banda.

A Presidenta decidiu que vai fazer o leilão da 4G faça chuva ou sol.
Quem está contra ?
Primeiro, a Telefónica de Espanha, que precisa dizer ao CADE que chapéu vai usar: se fica sócia ou se é concorrente da Italia Telecom.
Segundo, a Oi, ou BrOi, que não tem dinheiro pro cafezinho.
O único jeito de a BrOi entrar na 4G será com dinheiro do Estado.
Ou seja, vai acelerar o processo de re-estatização da telefonia no Brasil.
(Nesse dia glorioso, a Dilma, no segundo mandato, deveria convidar o Príncipe para a solenidade…)
Quem também morre de medo do 4G é Globo.
Por que ?
A Globo precisa, agora – na edificante companhia das teles,
 implacavelmente vigiadas pelo Bernardo Plim-Plim (ou será Trim Trim?) –
impedir que se instale a tecnologia 4G no Brasil.
Por que ?
E se houver um “apagão” do analógico, com a introdução da 4G:
se todas as transmissões analógicas forem cortadas em 2015, como previsto ?
Quem não tiver aparelho digital não verá mais tevê.
E a Globo não tem ideia de quantos brasileiros compraram digital.
Nem quantos ainda tem analógico.
Vai dar um nó no Globope.
E sem Globope e BV a Globo Overseas vai pro saco.
A Globo não sabe quantos espectadores pode perder com o 4G !
E, por isso, ela não quer que a Presidenta Dilma instale o 4G.
E você, amigo navegante, que comprou uma tevê digital e quer assistir a
seu filme, seu joguinho de futebol, não vai poder usufruir do 4G, porque
os filhos do Roberto Marinho precisam trocar o jatinho !
Viva o Brasil !
É por isso que os Ataulfos (*) e os Gilberto Freires com “i” (**) estão aflitos…
A Globo está ficando parecida com o telefone fixo !
E clique aqui para ler “o PT deve uma Ley de Meios ao Brasil !”.




Paulo Henrique Amorim

No Brasil da direita, a culpa é da vítima

31 de julho de 2014 | 11:55 Autor: Fernando Brito
caos
Aécio Neves diz que o Aeroporto de Cláudio só é usado por ele porque a ANAC não o homologou, mesmo que isso tenha ocorrido por falta de documentos e porque a pista fica sob o controle de sua família.
Reinaldo Azevedo escreve que o racionamento de água em São Paulo vai  ocorrer por causa de Alexandre Padilha e do Ministério Público Federal, embora quem o diga necessário sejam os especialistas da Unicamp.
O Santander lucra aqui R$ 1,2 bilhão (líquidos, já sem os impostos que quase não pagam) em seis meses, quase 30% do que ganha em todo o mundo, mas se acha no direito de dizer que o Brasil vai de mal a pior.
Só de abril a junho, o Santander no Brasil teve lucro líquido de R$ 527,5 milhões no segundo trimestre, alta de 5,35% em relação ao mesmo período do ano passado.
A coisa anda “tão ruim” para os bancos que o Bradesco divulgou hoje um lucro líquido  de R$ 3,8 bilhões no 2° trimestre, quase 30% maior que o do ano passado. E sem emprestar mais, o que deveria ser a origem dos lucros de um banco.
A Argentina vinha pagando religiosamente sua dívida, mas um juiz de bairro decide que os que especularam com seus títulos, os fundos abutres, devem ter prioridade para receber o fruto de sua esperteza. E, em lugar de uma indignação contra isso, dizem que Cristina Kirchner “dá o calote” nos credores.
As empresas se queixam da demanda fraca mas contabilizam lucros recordes “vendendo menos”.
Estão todos “indignados”, os pobres coitados.
E nada disso é polemizado, porque são verdades absolutas, imperiais.
Reproduzo aí em cima um trecho da homepage do Valor Econômico.
Nunca se viu um caos econômico tão lucrativo assim.

Bob Fernandes: “Mercado” que quebrou o mundo toca terror; em capa sombria, O Globo diz que bancos temem Dilma

publicado em 30 de julho de 2014 às 17:39
capadoglobo
Capa de O Globo: “Instituições financeiras já temem sofrer represálias do Planalto”
“As instituições temem sofrer retaliações do governo, segundo analistas”, diz o jornal carioca sem identificá-los.
O economista chefe da TOV Corretora, Pedro Paulo Silveira, chamou a reação do PT (Nota do Viomundo: À análise do Santander] de “postura bolivariana” e disse que a credibilidade do governo já está em baixa por causa de indicadores ruins da economia.
Enquanto isso, diz o jornal nas sub-manchetes:
FMI diz que economia é vulnerável
Inflação muda hábito de consumidores
Confiança da indústria cai pela sétima vez
Juro para pessoa física sobe de novo
Leiam agora a análise de Bob Fernandes sobre terrorismo econômico:
Em 29/07/2014
O “mercado”, que toca o terror na eleição, quebrou o mundo
por Bob Fernandes, em seu blog
O “mercado” não quer Dilma. Isso está nas manchetes há dias, semanas. A Bolsa sobe ou cai a depender de pesquisas que mostram Dilma em baixa ou em alta. E não só pelos erros do governo Dilma.
Em 2002, em pleno governo Fernando Henrique, o “mercado” fez terror com a hipótese da vitória de Lula. Qual foi o resultado daquele terror todo? Basta conferir num site de buscas.
O governo Fernando Henrique terminou melancólico, com dólar a quase R$ 4, risco-país acima de 4 mil pontos, e inflação de 12, 53% ao ano.
Sobre qualquer assunto que tenha algo a ver com economia, largos setores da mídia dão voz preferencial e, a depender da mídia muitas vezes única, a “especialistas” do “mercado”. O que é o tal “mercado”? É o sistema de bancos e demais instituições financeiras.
Assim sendo, vale lembrar os custos da crise criada no e pelo “mercado” e que explodiu em 2008. Mark Anderson, ex-chefe da Standart and Poor’s, o homem que rebaixou a nota de crédito dos EUA, diz que o custo final da crise mundial é de US$ 15 trilhões.
Estima-se que hoje o chamado “mercado de derivativos” seria de US$ 1,2 quatrilhão. Isso é 20 vezes todo o PIB do mundo. Ou seja, é só ficção. É “dinheiro” de mentira. Isso existe apenas como alavanca para quem pilota o tal “mercado” acumular ainda mais fortuna. Com grandes riscos para o próprio sistema financeiro.
Nem se diga para os demais pobres mortais. Relatório da ONG britânica Oxfam informa: 85 pessoas das 7 bilhões e 200 milhões da Terra têm patrimônio igual à metade da população do mundo. O 1% mais rico do mundo tem US$ 110 trilhões. O que é 65 vezes mais do que tudo que tem metade da população mundial.
No Brasil, apenas 4 dos bancos tiveram lucro líquido de R$ 50 bilhões em 2013. Isso é mais do que a soma do PIB de 83 países no mesmo ano passado. Isso é o tal “mercado”. O resto é conversa mole e disputa pelo Poder.

Inflação em queda é pior pesadelo dos tucanos

30 de julho de 2014 | 14:25 Autor: Fernando Brito
igpmjulho
Não é só com o aeroporto que a cúpula da campanha de Aécio Neves está preocupada.
A continuidade da tendência de queda dos índices de inflação, apesar do terrorismo diário dos jornais (a capa de O Globo, hoje, é um primor), vai eriçando as penas do tucanato.
A queda anunciada hoje pela Fundação Getúlio Vargas - deflação de 0,61% – é o dobro do que os -0,3% previstos pelo “mercado” no último Boletim Focus, uma publicação do Banco Central que se assemelha à cartinha do Santander.
Mais do que a queda, a terceira seguida – assusta o tucanato que tenha continuado a acontecer – o IGP do 2°  decêndio, fechado 10 dias antes, tinha registrado queda de 0,51% – e, sobretudo, que siga firme a queda no índice de preços ao consumidor, que caiu à metade em relação ao mês passado.
É um “terror”, porque a continuidade é que gera a percepção pública de que a alta dos preços “sossegou”, o que é seu mais importante termômetro de avaliação da economia, num quadro de desemprego baixo como o que temos.
Semana que vem, o IBGE divulga o IPCA, que deve ficar em torno de 0,15% e só não vai praticamente “zerar” por conta do brutal reajuste das tarifas elétricas, “cortesia” da Aneel que acredita na “petição de miséria” alardeada pelas geradoras, que choram  os lucros que previam com estiagem.
Uma delas, a Tratecbel, lucrou “apenas” R$ 73 milhões no segundo trimestre porque “guardou” energia para vender na segunda parte do ano, esperando preços mais altos.  É, como se lembram os mais velhos como eu, aquela história do “boi no pasto”.
Boi elétrico, claro.
A essa hora, no alto comissariado tucano para a economia, todas as esperanças se concentram numa mulher.
E claro que não é a Dilma, mas Janet Yellen, chefona do Federal Reserve americano.
Torcem para ela voltar atrás e retirar de uma vez só os estímulos à liquidez (conhecidos como “quantitative easing”) da política monetária americana e provoquem uma corrida – improvável – dos capitais aplicados aqui.
O FMI, sempre porta-voz dos interesses do capital financeiro, voltou com a lenga-lenga dos “cinco frágeis”.
A reação do governo brasileiro à essa história se explica como um recado na base do “não vem que não tem” para o Fundo.
Até porque, agora, no campo financeiro, a aliança dos Brics engrossou nossa voz.
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff negou nesta quarta-feira que realizará um "tarifaço" no setor de energia caso seja reeleita em outubro e acusou os que levantam essa hipótese de tentar criar pessimismo para prejudicar a economia
"O que é que justifica essa hipótese do tarifaço? Significa a determinação em criar expectativa negativa no momento pré-eleitoral", disse a presidente durtante evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI).
"Esse tarifaço é mais um movimento no sentido de instaurar o pessimismo, expectativas negativas, comprometendo o crescimento do país."
Os dois principais adversários de Dilma na eleição de outubro --Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB)-- têm afirmado que haveria um aumento significativo nas tarifas de energia elétrica após as eleições, o que foi negado nesta quarta-feira pela presiente.
Tanto Aécio, quanto Campos, também discursaram a empresários na CNI nesta quarta.
Dilma também afirmou que a "profecia" de que haveria racionamento de energia não se concretizou e que não se concretizará.
REGULAÇÃO NA TELEFONIA
A presidente respondeu também perguntas de empresários sobre vários assuntos e em uma de suas respostas disse que é "inexorável" uma discussão do governo federal com as empresas de telecomunicações sobre o modelo regulatório do setor de telefonia. Segundo a presidente, o modelo atual é baseado na telefonia fixa, contrariando tendência da indústria voltada cada vez mais para serviços móveis.
"Eu acho que essa é uma discussão que vai ocorrer no Brasil logo após o processo eleitoral", disse Dilma, dando como exemplo a atual obrigatoriedade das concessionárias de telefonia em instalar telefones públicos nas cidades do país.
A presidente disse ainda que o governo vai priorizar a expansão da banda larga e a universalização do acesso à Internet.
Ela disse ter como meta para um eventual próximo governo criar condições que permitam oferta de velocidades maiores de acesso à Internet à população. "Eu luto por uma Internet que tenha condições de chegar ao padrão da Coreia do Sul de 50 mega", disse a presidente.
(Por Nestor Rabello e Jeferson Ribeiro)

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Sem acesso a vôos, moradores de Cláudio benzem automóveis e adotam o mesmo silêncio da mídia local sobre escândalo

publicado em 29 de julho de 2014 às 16:09
Cadeado
O cadeado de 14 milhões de reais
Mineiros têm medo de falar sobre aeroporto de Aécio
Pista teria sido construída para atender senador tucano e sua família
Por Lúcia Rodrigues, de Cláudio, especial para o Viomundo
Um aeroporto trancado com cadeado e pessoas com medo de comentar o assunto. Este foi o cenário que encontrei neste final de semana em Cláudio, município mineiro onde o senador e candidato à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB), transformou uma pista de terra em aeroporto, por cerca de R$ 14 milhões, quando ainda era governador do Estado.
A obra chama a atenção por vários motivos. Além de ter sido construída com recursos públicos no terreno que pertencia a seu tio-avô Múcio Guimarães Tolentino, ex-prefeito de Cláudio, a região concentra terras de outros familiares do tucano. O próprio Aécio tem uma casa em uma das fazendas da família, localizada a aproximadamente seis quilômetros de distância da pista.
O mais estranho é que o “aeroporto” não possui qualquer tipo de infraestrutura.
Não há torre de controle, nem hangares; apenas postes de iluminação e algumas tendas de plástico, além de uma construção em alvenaria.
Legalmente o aeroporto ainda não pode operar. A Anac, a Agência Nacional de Aviação Civil, ainda não emitiu autorização para que aeronaves pousem na pista, embora vez por outra jatinhos desçam em Cláudio.
Por causa do descontrole, é impossível determinar quem usa a pista ou as mercadorias embarcadas ou desembarcadas.
De acordo com fontes ouvidas por Viomundo, Aécio é um dos poucos que pousam ali, quando vai descansar na casa da fazenda.
Apenas um empresário da cidade possui aeronave, mas o avião fica estacionado no hangar do aeroporto de Divinópolis, distante 50 quilômetros de Cláudio.
Este é outro ponto que causa questionamento. A pista de Divinópolis, de cerca de 1.500 metros, serve a uma cidade de 200 mil habitantes; a de Cláudio, que ficou pronta em 2010, tem 1 mil metros e deveria servir a uma cidade de apenas 30 mil habitantes.
Fazenda da Mata
A entrada da Fazenda da Mata, que formalmente pertence ao espólio de Risoleta Neves, avó de Aécio (fotos Lúcia Rodrigues)
Pista privada
O aeroporto de Cláudio inexiste para os demais moradores da cidade. Se dependesse das placas de sinalização na via que dá acesso à pista, ninguém saberia que ali foi construído um aeródromo.
Na entrada, também não há qualquer tipo de identificação informando sobre o aeroporto, apenas uma placa envelhecida onde mal se consegue ler que o acesso é proibido.
Alguns trechos da estrada que ladeiam a pista têm mato alto e árvores que impedem qualquer visão da área.
Um portão enferrujado, cerrado com uma corrente de ferro e um pequeno cadeado são as únicas proteções que impedem o acesso ao local.
Tudo é precário e amador, menos o significativo investimento financeiro na obra.
O senador Aécio Neves usa como um dos motes de sua campanha ao Planalto o “choque de gestão”  que teria saneado as contas públicas de Minas Gerais. Aliados sugerem que o neto de Tancredo Neves teria melhor capacidade de gerência dos bens públicos que seus concorrentes.
cidade
A mídia local desconhece o escândalo, que chegou à cidade de Cláudio através dos noticiários em rede
Medo e censura
Depois das denúncias sobre o aeroporto, a população de Cláudio ficou ressabiada. Ninguém se dispõe a falar abertamente sobre o tema.
Moradores, políticos, comerciantes e empresários da região não verbalizam, mas deixam transparecer que temem algum tipo de retaliação se forem identificados comentando o assunto.
O controle político exercido pela família Neves na região é grande. O próprio tio avô de Aécio, Múcio, já foi prefeito da cidade.
Para os que ouvimos sob condição de manter o anonimato, o aeroporto foi construído para privilegiar Aécio e sua família, que agora podem pousar ao lado de suas propriedades.
Se os moradores se informarem apenas pelo noticiário local, terão dificuldade em saber detalhes sobre a construção e uso do aeroporto. A denúncia da Folha de S. Paulo, repercutida depois por outros meios e blogs, praticamente não apareceu na mídia local, regional ou estadual.
O blecaute é atribuído ao controle de Aécio sobre a mídia mineira, que adversários políticos afirmam ser exercido pela irmã do candidato, Andrea.
Cochichos na janela
A família de Aécio também não gosta de comentar o assunto. Tentamos sem sucesso entrevistar Múcio Tolentino.
Uma fonte ligada à família informou que o tio-avô de Aécio estava na casa de sua ex-mulher, no centro da cidade.
Apesar de três carros na garagem e de nossa insistência, ninguém atendeu ao chamamento.
Todas as janelas da residência estavam fechadas. Mesmo assim era possível ouvir vozes em tom baixo do outro lado das venezianas.
Além de proprietário da área desapropriada para a construção da pista, Múcio também é apontado como o responsável pelo controle da chave do portão do aeroporto. Quem quer voar, precisa pedir autorização.
Apesar de funcionar regularmente, o aeroporto da vizinha Divinópolis também exibe deficiências.
Não tem torre de controle, nem segurança no embarque ou desembarque.
Segundo fontes, pelo menos uma vez, no meio da madrugada, o piloto que trazia Aécio Neves ligou para o aeroporto pedindo que as luzes da pista fossem acessas para que o avião pudesse pousar.
divi
A 50 km, muito maior, Divinópolis tem aeroporto em funcionamento
Coreto e procissão
Apesar da cidade ocupar as manchetes, a vida da maioria dos moradores de Cláudio ainda passa em câmera lenta. Município tipicamente interiorano, não lembra em nada uma cidade que necessite intensificar o tráfego aéreo, apesar de a região reunir indústrias de fundição e metalurgia.
A praça da matriz, a principal da cidade, tem até coreto e as ruas do entorno estão quase sempre desertas.
O último domingo foi atípico. A procissão da igreja católica, para benzer os automóveis da região, mobilizou moradores e agitou a cidade. A benção marcou a homenagem a São Cristovão, protetor dos motoristas.
Logo de manhã, um comboio de caminhões e carros, com as buzinas acionadas, cortou as ruas do centro. Depois, seguiu pela estrada, onde os veículos receberam a benção.
Faz sentido. Sem possibilidade de usar o aeroporto, os moradores de Cláudio que pretendem viajar a Belo Horizonte, a 140 quilômetros de distância, o fazem numa rodovia onde há trechos de pista única e curvas muito perigosas.
PS do Viomundo: Para fazer esta reportagem o Viomundo contou com o apoio do blog Divinews, de Divinópolis

TEM BLOG QUE É DESCARADO!


terça-feira, 29 de julho de 2014

Dilma na Sabatina Folha/UOL: confira

Dilma Rousseff recebeu hoje (28) no Palácio da Alvorada quatro jornalistas para a sabatina Folha/UOL/Jovem Pan. Kennedy Alencar, Josias de Souza, Ricardo Baltazar e José Maria Trindade.
Durante aproximadamente uma hora, Rousseff abordou vários assuntos divididos em dois blocos. Seguem os principais tópicos da conversa:
- Pessimismo - Dilma mostrou-se indignada com a onda de pessimismo que tentou sabotar a Copa do Mundo, e agora migra para a economia. “Toda a onda de pessimismo que reinou durante a Copa do Mundo ao final das contas não se confirmou. E agora querem que esse pessimismo se abata sobre a economia.” Dilma rebateu a alegação de um dos entrevistadores, de que ela tem uma visão otimista da economia: “Não faço uma análise otimista, faço uma análise realista.”
- Especulação financeira em ano de eleição e Banco Santander - Ela lembrou dos incidentes desta semana envolvendo o banco Santander e especulações a respeito dos rumos da economia caso ela seja reeleita. Criticou com veemência a atitude:  “É muito perigoso especular em situações eleitorais, já tivemos experiências em 2002, e não foram bem sucedidas. E é inadmissível para a sétima economia do mundo aceitar qualquer nível de interferência de instituições internacionais no processo eleitoral brasileiro.” Dilma respondeu que não teve acesso ao conteúdo da carta do Santander a seus clientes mais abastados, mas disse que vai tomar atitudes com relação ao banco."Vou ter uma atitutde bastante clara em relação ao Santander. Não especulo sobre ações, sou presidenta, tenho que ter uma atitude mais prudente”. Dilma afirmou ter recebido um pedido de desculpas do banco e que este foi “bastante protocolar”.
- Pasadena -  “Tanto TCU quanto o Ministério Público perceberam as condições, por isso eu fui afastada desse processo”. O Conselho aprovou apenas a primeira fase da compra, e ao final dessa fase o processo foi levado à disputa judicial. “Não acho que estou sendo desgastada [pela questão], pelo contrário, esse processo todo mostra que eu tive uma conduta muito decente no exercício do cargo público.”
- Mudanças - Segundo a presidenta, mudar não significa se arrepender.  Você faz mudanças para melhorar, aprimorar, seguir em transformação.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Ciro Gomes, porque não te calas?


De político brilhante a DECADENTE, mudanças na vida pessoal com separações e na política troca de partido a cada nova campanha (artido PDS (1979 - 1983)
PMDB (1983 - 1988)
PSDB (1988 - 1996)
PPS (1996 - 2003)
PSB (2003 - 2013)
PROS (2013-...). Quem precisa de um aliado como ele? numa conversa qualifica e desqualifica a mesma pessoa em dois toques! Será que ninguém presta, além dele?  Uma coisa é certa vai acabar sozinho...


quinta-feira, 24 de julho de 2014

 

Conhecendo um pouco do Aécio Neves:
nunca fez nada

Nunca foi empresário, nunca prestou concurso público e patrimônio é herança

Aécio e sua “bolsa família”: Parasitismo estatal para si, liberalismo para os outros




por Luis Carlos da Silva, especial para o Viomundo

Em várias declarações já ouvimos Aécio dizer que os petistas não podem perder a presidência da República, dentre outros motivos, para não ver cair seu padrão de vida. Provocação barata que ocupa o espaço dos debates estruturais que deveriam presidir uma disputa eleitoral da magnitude desta que temos à frente.

Mas, entremos no clima por ele proposto.

Aécio, de fato, não precisa se preocupar com seu padrão de vida. Ganhando ou perdendo eleições. Aliás, nunca se preocupou. Descendente das oligarquias conservadoras mineiras, que foram geradas nas entranhas do Estado, desde o império, ele não tem a menor ideia do que seja empreender na iniciativa privada. Do que seja arriscar em negócios e disputas de mercado. Do que seja encarar uma falência, uma cobrança bancária, uma perda de patrimônio.

Pasmem: é esse o candidato que faz apologia do livre mercado, da iniciativa individual como base para a ascensão social e da ideia do “cada um por si” como critério de sobrevivência na selva do capitalismo contemporâneo.

Até sua carreira eleitoral tem como fato gerador a agonia terminal do avô, cuja morte “coincidiu” com o dia de Tiradentes . Seu primeiro cargo eletivo é tributário disso: em 1986 ele obteve mais de 200 mil votos para deputado federal sem lastro político próprio. Quatro anos mais tarde, distante do “fato gerador”, ele se reelegeu com magros 42.412 votos.

No quadro a seguir temos um diminuto resumo da versão de sua “bolsa família”.





Reitera-se: trata-se de um “diminuto resumo”. A história de seus avós paternos e maternos é a reprodução integral de como foram formadas as elites mineiras: indispensável vínculo estatal (cargos de confiança no Executivo, cartório e muita influência no Judiciário), formação de patrimônio fundiário à base da incorporação de terras devolutas e estreitas ligações com carreiras parlamentares.

O pai, Aécio Cunha, por exemplo, morava no Rio de Janeiro quando,  em 1952 retorna a Belo Horizonte e, com 27 anos de idade, em 1954,  “elegeu-se deputado estadual, pela região do Mucuri e do Médio Jequitinhonha, ainda que pouco conhecesse a região (…)” conforme descrição no Wikipédia. Seus oito mandatos parlamentares nasceram de sua ascendência oligarca. Do avô materno, Tancredo, dispensa-se maiores apresentações. Atípico sobrevivente de várias crises institucionais que levaram presidentes à morte, à deposição e ao exílio, Tancredo Neves sempre esteve na “crista da onda”. Nunca como empresário. Quase sempre como interlocutor confiável dos que quebravam a normalidade democrática.

Aécio Neves, por sua vez, era um bon vivant quando passa a secretariar o avô, governador de Minas Gerais, a partir de 1983. Nunca foi empresário, nunca prestou concurso público, nunca chefiou nenhum empreendimento privado. Sua famosa rádio “Arco Íris” foi um presente de José Sarney e Antônio Carlos Magalhães. Boa parte de seu patrimônio é herança familiar construída pelo que se relatou anteriormente. O caso do aeroporto do município mineiro de Cláudio é apenas mais uma ponta do iceberg.

Enfim, ele é isso: um produto estatal que prega liberalismo, competição, livre mercado… para os outros. Uma contradição em movimento. Herdeiro, portanto, de uma típica “bolsa família”; só que orientada para poucos.

Aliás, esse parasitismo estatal é característico da maior parte das elites brasileiras. Paradoxal é defenderem os valores neoliberais.

Luis Carlos da Silva é sociólogo e assessor do bloco Minas Sem Censura
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - O Brasil subiu no ranking mundial de desenvolvimento humano em 2013. Segundo dados divulgados hoje (24) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o país ficou em 79º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no ano passado, uma posição acima da registrada em 2012. Apesar da melhora, o Brasil continua abaixo de outros países latino-americanos como Chile, Argentina, Cuba e Uruguai.
Com IDH 0,744, o país registrou a mesma nota da Geórgia (república da região do Cáucaso) e de Granada (país do Caribe). Pela metodologia das Nações Unidas, o Brasil é considerado um país de alto desenvolvimento humano por ter registrado nota acima de 0,7. O IDH varia de 0 a 1, grau máximo de desenvolvimento. Em 2013, o indicador abrangeu 187 países.
A Noruega foi o país com maior IDH no ano passado, com índice de 0,944, seguida de Austrália (0,933), Suíça (0,917) e Holanda (0,915). Em relação aos países latino-americanos, os mais bem classificados foram Chile (41º lugar, com nota 0,822), Cuba (44º, com nota 0,815) e Argentina (49º, com nota 0,808), considerados com grau muito alto de desenvolvimento humano por terem obtido nota acima de 0,8.
Na América Latina e Caribe, Uruguai (50º no ranking, com nota 0,790), Barbados (59º, nota 0,776), Antígua e Barbuda (61º, nota 0,774), Trinidad e Tobago (64º, nota 0,766), Panamá (65º, nota 0,765), Venezuela (67º, nota 0,764), Costa Rica (68º, nota 0,763), México (71º, nota 0,756) e São Cristóvão e Nevis (73º, nota 0,750) também registraram IDH mais alto que o Brasil.
Entre o Brics, grupo que reúne as cinco principais economias emergentes do mundo, o Brasil registrou o segundo melhor IDH, atrás da Rússia (57º lugar, nota 0,778). Com nota 0,719, a China ficou na 91ª posição. A África do Sul ficou em 118º no ranking (nota 0,658); e a Índia, em 135º (nota 0,586).
Apesar da melhoria de 2012 para 2013, o Brasil acumula queda de quatro posições em relação a 2008, quando estava em 75º na lista geral. De acordo com o Pnud, o IDH brasileiro melhorou em todos esses anos. No entanto, quatro países – Irã, Azerbaijão, Sri Lanka e Turquia – tiveram crescimento maior que o Brasil no período, resultando na perda de posições.
Criado em 1980, o IDH mede o desenvolvimento humano por meio de três componentes: expectativa de vida, educação e renda. Em 2013, o Brasil registrou 73,9 anos de expectativa de vida, 7,2 anos de média de estudo, 15,2 anos de expectativa de estudo para as crianças que atualmente entram na escola e renda nacional bruta per capita de US$ 14.275 ajustada pelo poder de compra.
O IDH do Brasil em 2013 subiu 36,4% em relação a 1980. Naquele ano, a expectativa de vida correspondia a 62,7 anos, a média de estudo era de 2,6 anos, a expectativa de estudo somava 9,9 anos, e a renda per capita totalizava US$ 9.154.
“O Brasil é um dos países que mais evoluíram no desenvolvimento humano nos últimos 30 anos”, disse o representante residente do Pnud no Brasil, Jorge Chediek. Ele destacou que as mudanças são estruturais e têm ocorrido em todos os governos.
Por causa de mudanças na metodologia, a série histórica do IDH foi revista. Pelo critério anterior, o Brasil tinha ficado em 85º em 2012. Com a mudança de cálculo, o país subiu para a 80ª colocação no ano retrasado.
Brasil reduziu em 22% pobreza em seis anos
O índice de brasileiros em situação de pobreza multidimensional caiu 22,5% em seis anos, revelou hoje (24) o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Segundo levantamento do órgão, a parcela da população brasileira com privação de bens caiu de 4% para 3,1%, entre 2006 e 2012.
A fatia da população próxima à pobreza multidimensional caiu de 11,2% para 7,4%. A proporção de pessoas em pobreza severa passou de 0,7% para 0,5% na mesma comparação.
Os números constam do Relatório de Desenvolvimento Humano de 2014. Além de publicar oranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 187 países, o documento apresentou o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) para 91 países. Foi divulgada também a comparação do IPM com anos anteriores de 39 deles.
Diferentemente do IDH, que estima o grau de desenvolvimento com base na expectativa de vida, na renda e na educação, o IPM usa critérios mais abrangentes para avaliar o padrão de vida de um país. Esse índice leva em conta indicadores de saúde (nutrição e mortalidade infantil), educação (anos de estudo e taxa de matrícula) e a qualidade do domicílio (gás de cozinha, banheiro, água, eletricidade, piso e bens duráveis).
Outra diferença está no uso de dados nacionais. O IDH é construído com estatísticas do Banco Mundial, da Organização Mundial do Trabalho e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O Índice de Pobreza Multidimensional, no caso do Brasil, baseia-se na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo Andréa Bolzon, coordenadora do Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, o IPM não permite a comparação entre países por causa da falta de padronização dos dados internacionais. “A melhor maneira de comparar o Brasil é com ele mesmo. Os indicadores mostram que há uma evolução significativa na redução da pobreza multidimensional.”
De acordo com ela, o principal objetivo do IPM é retratar a pobreza não apenas em função da renda. Pelos padrões internacionais, a linha de pobreza está fixada em US$ 1,25 por pessoa por dia. “O Índice Multidimensional de Pobreza procura não captar apenas a renda, mas as condições materiais de sobrevivência.”
Pelo critério tradicional de medição, o índice de pobreza no Brasil é maior que a pobreza multidimensional. De acordo com o Pnud, 6,14% da população brasileira ganhava menos que US$ 1,25 diários em 2012. No México, ocorre o contrário. A pobreza multidimensional atingia 6% da população, enquanto a pobreza com base na renda mínima afetava apenas 0,72% no mesmo ano. “O IPM, na verdade, reflete o modo de vida e a estrutura de cada sociedade”, esclarece a coordenadora.
fonte: BRASIL 247

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Complica a situação de Aécio com aeroporto. Batalhão de advogados são contratados. Globo abafa.

Além dos advogados que já o atendem, Aécio Neves contratou também mais dois que foram ex-ministros do STF, para reforçar sua defesa em possíveis processos civis e criminais, pela construção e uso do aeroporto de Cláudio (MG).

O advogado Ayres Britto e Carlos Velloso foram contatados para emitir parecer sobre a legalidade da desapropriação da terra do tio, e só. Mesmo assim, ambos fizeram ressalvas. Veloso estava em Portugal e ressalvou que "enviava uma breve opinião legal" sobre o caso, dizendo uma coisa genérica, praticamente descrevendo como é a lei, e dizendo que se a desapropriação foi feita de acordo com a lei, então a construção do aeroporto não haveria ilegalidade quanto a esta questão, sem entrar em outros questionamentos. Britto foi na mesma linha, citando a cronologia dos documento de desapropriação e licitação para construção.

A coisa está tão feia que Aécio convocou entrevista coletiva, mas se recusou a responder perguntas, se limitando a ler um texto preparado como aval de seus advogados e marqueteiros. Nem isso o Jornal Nacional da TV Globo levou ao ar, numa clara manobra de blindar o tucano no noticiário. O telejornal nem tocou no assunto do dia a dia dos candidatos para não expor Aécio, apostando no esquecimento do eleitor.

Uma pergunta muito simples Aécio se recusou a responder: Usou o não o aeroporto? A reportagem do jornal Folha de São Paulo apurou com testemunho de parentes de Aécio em Cláudio que ele usou sim, e várias vezes. Isso pode complicar bastante a situação jurídica do tucano. Por isso é compreensível que ele não responda aos repórteres e só fale em juízo, mas não pega bem para sua imagem perante os eleitores.

E Eunício fez mer...


Depois do boneco de papelão,do aeroporto particular, Aécio lança o “cercadinho”



Que o  PSDB  é um partido da elite, todos sabem.Sabemos também que políticos tucanos não se misturam  com o “povão”. Ou vocês,  meus queridos leitores, já viram  algum comício do PSDB?.  Uma imagem publicada na imprensa nessa  semana  confirma que os tucanos não gostam de pobre. No  domingo (20), Aécio participou em Juazeiro do Norte de Missa em Ação de Graças aos 80 anos de morte do Padre Cícero Romão Batista. Até ai, não tem novidade nenhuma. De quatro em quatro anos,os tucanos viram religioso,usam igrejas evangélicas e católicas como palanque eleitoral e abandonam depois que perdem a eleição. 
No entanto, o que chamou atenção na imagem é, um "cercadinho" isolando Aécio Neves  do restante do povo que estavam na missa - Observe a imagem -
Separado por um cercadinho, Aécio vê o povão de longe
Na convenção realizada para confirmar Aécio Neves  candidato do PSDB à presidência,depois dos discursos, Aécio, Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin  e outros tucanos que estavam  no evento, foram para uma sala mais reservada bater papo, mas antes, espalharam por um salão um "bonecos de papelão"  do Aécio,  para a plateia, maioria  de pobre da periferia de São Paulo  tirar fotos
Em 2010, quando o  tucano José Serra concorria à presidência com a presidenta Dilma,também  foi foi flagrado no  Paraná, pegando na mão de uma eleitora, mas  beijando a própria mão..
Um ano antes, em 2009, a Revista Piaui, divulgou uma mania de Serra. Ele costuma lavar as mãos com álcool depois de pegar na mão de eleitores (Leia aqui)
 Quanta diferença, hein!
Aécio não se mistura com pobre!...Será esse o motivo de Aécio ter construido seu próprio aeroporto?

terça-feira, 22 de julho de 2014

Empreiteira que fez aeroporto na fazenda do tucano doou para Aécio


Aécio Neves e seu afilhado político, Antonio Anastasia (PSDB), foram os únicos políticos que receberam recursos da empresa para a campanha eleitoral

A empresa responsável pelas obras no aeroporto de  Aécio em Cláudio (MG), Vilasa Construções Ltda., doou recursos para Aécio Neves (PSDB) em sua campanha à reeleição ao governo de Minas em 2006. A mesma empreiteira também desembolsou dinheiro quatro anos depois, para a campanha do afilhado político de Aécio, Antonio Anastasia (PSDB), que venceu a disputa pelo Estado e manteve os tucanos no comando de Minas.
As doações de R$ 67 mil para Aécio em 2006 e de R$ 20 mil a Anastasia em 2010 foram registradas na Justiça Eleitoral. Eles foram os únicos candidatos majoritários a receber recursos da Vilasa nas duas eleições. Aécio declarou na Justiça gastos de R$ 19,4 milhões naquela campanha. Anastasia declarou despesas de R$ 38 milhões em 2010.
O aeroporto  de Aécio na cidade de Cláudio foi construído pela Vilasa entre 2009 e 2010 em um terreno que já pertenceu a Múcio Tolentino, tio-avô do candidato à Presidência. A empresa foi contratada pelo governo estadual, que desapropriou a área antes da obra, mas os parentes de Aécio questionam o valor da indenização. A obra custou quase R$ 14 milhões.
A pista não tem autorização para ser usada, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mas, de acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo, parentes de Aécio dizem que ela recebe voos toda semana e o próprio candidato já fez uso dela. O aeroporto foi construído sobre uma antiga pista de terra batida aberta em 1983, quando Tancredo Neves, avô de Aécio, era governador e Múcio, seu tio-avô, prefeito de Cláudio. Informações  Estadão

segunda-feira, 21 de julho de 2014

"Se tem uma coisa que o jovem não pode perder é a esperança", afirma Lula


Governo Aécio
faz aeroporto pro Titio

Fala de corrupção, Arrocho, fala ! O Lula te espera !

Como se sabe, o Lula treinou o PT a enfrentar as acusações de corrupção.

Do Príncipe da Privataria, que, ao chegar ao Governo, a primeira coisa que fez foi matar uma comissão de investigação sobre corrupção.

Do chefe do clã da Privataria Tucana – afinal, de que vive o Cerra ?

Agora, a Fel-lha de SP (*), cuja bílis apodreceu, avisa na capa que o Arrocho fez aeroporto em fazenda do Titio.

O Governador (?) Aécio Neves detonou R$ 14 milhões do Erário Estadual para construir um aeroporto na fazenda do Titio, na cidade de Claudio, MG.

É o aeroporto que o “presidenciável” usa quando vai descansar na fazenda da família ali perto.

Para pousar no aeroporto Titio tem que autorizar, diz a Fel-lha.

Se o PT ainda morder esse poderia ser retumbante tema da campanha na tevê.

Se tiver caninos, porque, como diz o Mauricio Dias, parece que perdeu a combatividade.

Em tempo: como se sabe, o insigne Senador Agripino Maia – que deu para elogiar o Bolsa Família, é o coordenador da campanha do Arrocho, que não segue as ideias do avô, mas as do Armínio NauFraga e, agora, como se vê, as do Titio. Esse Bessinha…


Paulo Henrique Amorim

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Como a família de Aécio ficou dona de terras públicas em Minas

Pai do senador registrou em seu nome uma área de 950 hectares pertencente aos mineiros localizada numa das regiões mais pobres do estado. Aécio governador entrou em conflito com Aécio herdeiro
por Helena Sthephanowitz publicado 20/07/2014 11:52
© george gianni / psdb.org.br
Aecio-NevesPSDB.jpg
Aécio Neves, senador por Minas Gerais e candidato tucano à Presidência da República: multiplicação de patrimônio
Montezuma é um município mineiro no norte de Minas Gerais com um dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado. Deputados, governadores e senadores mineiros poderiam desenvolver boas políticas públicas para elevar o desenvolvimento local, tais como incentivar as pequenas propriedades rurais familiares. No entanto o município é palco de uma triste história do patrimonialismo de oligarquias políticas do Brasil.
Terras rurais em Montezuma que foram registradas pelo estado de Minas como devolutas acabaram indo parar no patrimônio pessoal do senador Aécio Neves (PSDB) após uma disputa judicial por usucapião da empresa agropecuária de seu pai.
O fim desta história aparece com o patrimônio do senador engordando na declaração de bens feita nas eleições de 2014 em relação à de 2010. O segundo maior item de sua variação patrimonial foi no valor de R$ 666.660,00 referente a cotas da empresa Perfil Agropecuária e Florestal Ltda., herdadas de seu pai falecido.
Até aí estaria tudo bem. O problema é quando voltamos ao dia 2 maio de 2000, quando se iniciou uma disputa para apropriar-se de terras públicas, típica do coronelismo patrimonialista praticado nos rincões do Brasil arcaico.
A Perfil Agropecuária e Florestal Ltda. pertencia a Aécio Ferreira da Cunha, pai do senador tucano. A empresa entrou com processo de usucapião para registrar a propriedade de vastos 950 hectares de terras em Montezuma, em 2/5/2000. Já soa injusto a lei permitir que uma empresa de um ex-deputado, que morava desde a década de 1960 no Rio de Janeiro, ser tratada como se fosse de camponeses posseiros que adquirem o direito ao usucapião por trabalharem e viverem na terra. O juizado da comarca de Rio Pardo de Minas julgou a favor da empresa em 2001.
Na hora de a empresa registrar a fazenda no Cartório de Registro de Imóveis competente, a área já estava registrada em nome do Estado de Minas Gerais, como terras devolutas, em cumprimento a outra ordem judicial anterior da Apelação Cível nº 86.106/4.
A partir daí houve longa disputa judicial, com o estado de Minas recorrendo para ter as terras de volta. Desembargadores mineiros votaram a favor da família de Aécio. Recursos chegaram até ao Supremo Tribunal Federal (STF), o último arquivado em 2013, que também foi favorável ao lado do tucano.
É preciso lembrar que em 2000 o atual senador Aécio Neves era deputado federal pela quarta vez e deveria representar mais os interesses públicos dos cidadãos de Minas do que seu próprio interesse privado. De 2003 a 2010 foi governador de Minas. Presenciamos a inusitada situação política de, na prática, o interesse do Aécio herdeiro brigar na justiça com o de Aécio governador. O interesse patrimonial privado do herdeiro falou mais alto do que o interesse público da população que o cargo de governador deveria representar.
Uma gleba de 950 hectares de terras devolutas poderia ser a redenção de famílias camponesas pobres de Montezuma, através da geração de renda pela produção da agricultura familiar, em vez de apenas somar um pouco mais ao já elevado patrimônio da oligarquia política dos Neves da Cunha.
Este caso explica muito das raízes da desigualdade passada de geração para geração e da concentração das riquezas no Brasil nas mãos de poucos. Muitas destas riquezas vindas de um processo de apropriação de patrimônio público por mãos privadas, justamente pelas mãos de quem deveria defender o interesse e o patrimônio público.

Operação Grilo

O caso é outro e não aparece a família de Aécio Neves no meio das acusações, mas sim órgãos do governo tucano de Minas e velhas práticas de outras oligarquias políticas. Em 2011 a Operação Grilo prendeu nove pessoas acusadas de comporem uma organização criminosa para fazer grilagem de terras públicas justamente nesta região norte de Minas Gerais. Toda a cúpula do Instituto de Terras do Estado de Minas Gerais (Iter-MG) foi afastada.
Segundo as investigações, o esquema contava com servidores públicos do Iter/MG, funcionários de cartórios e servidores de prefeituras mineiras, para fraudar a posse de terras devolutas.
O promotor Daniel Castro, de Rio Pardo de Minas, disse na época: "São terras que pertencem ao estado de Minas Gerais e foram parar nas mãos de particulares."
As reproduções abaixo mostram a documentação que legitimou a posse de terras da União para a família Neves






FONTE: REDE BRASIL ATUALperfil_agro_aecio_usuapiao.jpg

E se fosse no terreno da família do Lula?: Governo de Minas fez aeroporto em fazenda de tio de Aécio



Governo de Minas Gerais gastou quase R$ 14 milhões para construir um aeroporto dentro de uma fazenda de um parente do  então senador tucano, atual candidato à presidência, Aécio Neves. E isso,  no fim do seu segundo mandato como governador do estado.A obra foi executada pelo Departamento de Obras Públicas do Estado (Deop) e faz parte de um programa lançado por Aécio para aumentar o número de aeroportos de pequeno e médio porte em Minas. Dos 29 aeroportos que receberam investimento do Estado entre 2003 e 2014, seis não foram homologados pela Anac. As informações foram publicadas na  Folha desse domingo
Qual a razão de gastar US$ 7 mi na construção de aeroporto em cidadezinha de 30 mil habitantes? A fazenda de Aécio. Segundo a reportagem, o investimento teria sido feito no segundo mandato de Aécio como governador de Minas.
O governador tucano de Minas Gerais (Aécio  governou Minas Gerais de 2003 a 2010), gastou quase R$ 14 milhões para construir um aeroporto dentro de uma fazenda de um parente do senador tucano Aécio Neves (PSDB), no fim do seu segundo mandato como governador do Estado.
Aeroporto no município de Cláudio/MG do tio do Aécio Neves (PSDB).Obras recebendo dinheiro publico.
 Construído no município de Cláudio, a 150 km de Belo Horizonte, o aeroporto ficou pronto em outubro de 2010 e é administrado por familiares de Aécio, candidato do PSDB à Presidência.

A família de Múcio Guimarães Tolentino, 88, tio-avô do senador e ex-prefeito de Cláudio, guarda as chaves do portão do aeroporto. Para pousar ali, é preciso pedir autorização aos filhos de Múcio.

Segundo um deles, Fernando Tolentino, a pista recebe pelo menos um voo por semana, e seu primo Aécio Neves usa o aeroporto sempre que visita a cidade, onde o senador mantém seu refúgio predileto, a Fazenda da Mata, a 6 km do aeroporto.

Dono do terreno onde o aeroporto foi construído e da fazenda Santa Izabel, ao lado da pista, Múcio é irmão da avó de Aécio, Risoleta Tolentino Neves (1917-2003), que foi casada por 47 anos com Tancredo Neves (1910-1985).

A pista tem 1 km e condições de receber aeronaves de pequeno e médio porte, com até 50 passageiros. O local não tem funcionários e sua operação é considerada irregular pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Critérios adotados pelo governo foram técnicos, diz Aécio

A obra foi executada pelo Departamento de Obras Públicas do Estado (Deop) e faz parte de um programa lançado por Aécio para aumentar o número de aeroportos de pequeno e médio porte em Minas. Dos 29 aeroportos que receberam investimento do Estado entre 2003 e 2014, seis não foram homologados pela Anac.Aécio  governou Minas Gerais de 2003 a 2010.

O candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves, afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que, “Não se levou em conta de quem era a propriedade do terreno”. A pista teria um quilômetro e condições de receber aviões de pequeno e médio porte.

 De acordo com a reportagem, o aeroporto tem pelo menos um voo semanal e é usado por Aécio sempre que ele visita a cidade.Contudo, segundo a Folha, Aécio não respondeu quantas vezes usou o aeroporto, e o motivo pelo qual o local, construído com dinheiro público, tem uso privado.

sábado, 19 de julho de 2014

Lula: quem trata o
trabalhador na porrada ?

A Copa para o Padilha começou agora, disse Lula.
Lula sabe o que significam essas Datafalhas ...

O Conversa Afiada reproduz press-release da campanha do Padilha, aquele que vem aí de jaleco branco (por falar nisso, veja o que a Dilma disse do Arrocho Neves sobre o Mais Médicos):

São Paulo, 18 de julho de 2014 – O pontapé inicial da campanha do ex-ministro Alexandre Padilha ao governo do Estado de São Paulo foi dado nesta sexta-feira, 18, em caminhada pelo centro de São Paulo que contou com a presença de lideranças políticas da aliança Para Mudar de Verdade (PT, PR e PCdoB) e da militância. A concentração aconteceu na Praça do Patriarca. Padilha cumprimentou os militantes, tirou fotos e ouviu declarações de apoio. Ao lado do ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, do senador Eduardo Suplicy, do presidente estadual do PT, Emídio de Souza, do vice Nivaldo Santana  e de deputados federais e estaduais, o candidato caminhou até a Praça da Sé, marco zero de São Paulo, onde participou de um ato político, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reuniu mais de 5 mil militantes.

Padilha fez questão de ressaltar as diferenças existentes entre as candidaturas que disputam o governo do Estado. “De um lado estão aqueles que governam este Estado há 20 anos; de outro, estão aqueles que governaram São Paulo 20 anos antes dos tucanos. Os dois grupos têm uma coisa em comum: para eles, o movimento sindical tem que ser tratado com tiro, porrada e bomba. Aqui, neste carro de som, estão aqueles que têm o verdadeiro compromisso com os trabalhadores e trabalhadoras do Estado de São Paulo”, afirmou.

O candidato manifestou a disposição que tem para disputar o governo paulista. “Eu estava esperando por este dia. Vamos começar a conversar com as pessoas sobre os problemas do Estado de São Paulo. Hoje começou a campanha de rua. Não haverá um lugar aonde a gente não vá para conversar com a população sobre as nossas propostas.  Quero falar olho no olho, no coração de vocês: venham comigo, porque estaremos juntos para ganhar as eleições. Faremos o Estado se transformar no campeão da democracia, ampliando direitos a cada cidadão que vive em São Paulo.”

O ex-presidente Lula fez menção às pesquisas eleitorais. “Depois que a gente adquire a experiência que eu adquiri, perdendo três eleições, você aprende que a pesquisa serve de referência para nos dar direções. Em setembro de 1989, quando faltava um mês para a eleição, eu tinha apenas 5,7% das intenções de voto e eu fui para o segundo turno da disputa. Quem vai ser eleito governador é aquele que apresentar a melhor proposta para a sociedade paulista”, declarou. “Nada é mais importante do que cada homem e cada mulher acreditar naquilo que o candidato fala. A Copa para o Padilha começa agora e começa com conversas com o povo”, completou Lula.

Em meio à crise hídrica que vive a população do Estado de São Paulo, o ex-presidente lembrou que “há 20 anos os tucanos governam São Paulo e agora nem água para beber eles estão garantindo ao povo paulista”.

Ao encerrar o discurso, Lula manifestou o compromisso que terá com as campanhas de Padilha e da presidenta Dilma Rousseff:  “Nenhum de nós que concorreu às eleições para o governo paulista tem a mesma competência que Padilha tem para cuidar do Estado de São Paulo. A sua campanha, junto com a da companheira Dilma, é prioridade na minha vida. Aquilo que eu puder fazer para eleger Padilha e reeleger Dilma, podem estar certos de que farei e irei me dedicar 24 horas por dia”.

 

Ruas desmentem Datafolha: Padilha é o candidato das multidões.

Foi só fazer uma caminhada pelo centro de São Paulo para abrir a campanha de rua a governador, que Padilha, ao lado de Lula e do senador Suplicy, levou milhares de militantes e cidadãos às ruas.

Padilha é o candidato da Saúde, da educação, do emprego, da casa própria (e com água na torneira), da segurança pública, do metrô e trens ampliados e menos lotados, sem propinão tucano. Do desenvolvimento econômico e da prosperidade social.

Alckmin é o candidato da enrolação da Folha e do Datafolha, que "ajeitou" pelo menos 12 pontos para o Aécio parecer que "empataria" no segundo turno. Quantos pontos a mais o Datafolha arrumou para o Alckmin? Nem os tucanos acreditam no Datafolha. Todos sabem que Padilha terá pelo menos cerca 30% dos votos válidos no primeiro turno e é o mais sério candidato a disputar o segundo turno com Alckmin, e com chances de vencer.

Esperança, dignidade e oportunidade: palavras-chave para a juventude


quinta-feira, 17 de julho de 2014

247 – A cúpula dos Brics resultou num ganho comercial de peso para o Brasil. A brasileira Embraer fechou a venda de 60 jatos comerciais E 190 para a China. Outros 31 acordos de cooperação comercial entre os dois países foram assinados. Entre estes, o Eximbank chinês ampliou para US$ 5 bilhões a linha de crédito já existente na instituição para a mineradora Vale.
O valor do negócio da Embraer é estimado em US$ 2,8 bilhões de dólares, em razão de cada avião ter preço listado de US$ 47 milhões. A companhia aérea Tiajin Airlines encomendou 40 aeronaves, enquanto o Banco Industrial e Comercial da China solicitou outros 20.
O presidente chinês Xi Jinping iniciou com um encontro com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, hoje pela manhã, visita oficial de dois dias ao País. Ocorre em seguida à 6ª reunião da cúpula dos Brics, onde foi anunciada a criação do Novo Banco de Desenvolvimento, com capital de US$ 50 bilhões, e de um fundo comum de reservas de US$ 100 bilhões entre os cinco sócios do grupo.
Além dos ganhos comerciais, o Brasil sai fortalecido dessa maratona diplomática que também envolveu, na segunda-feira 14, um encontro entre Dilma e o presidente da Rússia, Vladimir Putin. A diplomacia brasileira foi reconhecida como a principal patrocinadora da aproximação entre os Brics e os países latino-americanos que compõem a Unasul.
Abaixo, notícia da agência Reuters:
Eximbank, da China, amplia linha de crédito de US$5 bi para Vale
BRASÍLIA (Reuters) - O chinês Eximbank deverá estender uma linha de crédito de 5 bilhões de dólares para a mineradora brasileira Vale, segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira por ocasião da visita do presidente chinês ao Brasil.    
A linha de crédito do Eximbank visa apoiar a compra de navios e equipamentos de companhias chinesas pela Vale.
O acordo "estabelece base para a extensão de linhas de crédito do Eximbank à Vale, para apoiar a aquisição ou locação, direta ou indireta, de equipamentos e embarcações de empresas chinesas", disse a nota.        
O valor total do crédito, de 5 bilhões de dólares, é válido por três anos.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Lula fala à juventude sobre as eleições de 1989 e democracia



247 – Mesmo de bom humor, vestido todo de preto e disponível para ser abraçado e fotografado por equipes de catadores de lixo de São Paulo, o ex-presidente Lula, ao seu modo, não deixou sem resposta a mais recente manifestação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para quem Lula "jamais se explica, só acusa". O ex-presidente petista havia dito que existiu "corrupção escondida" no governo de FHC. Este, por seu lado, registrou em texto no site Observador Político, ligado ao Instituto FHC, que Lula "é incapaz de autocrítica". Tratava-se de um referência ao desfecho da Ação Penal 470, o chamado mensalão, encerrada com a condenação de ex-líderes do PT.
- Eu não leio o Fernando Henrique, devolveu Lula, curto e seco, aos jornalistas que o abordaram, na manhã desta quarta-feira 16, durante inauguração da Central Mecanizada de Triagem Carolina Maria de Jesus, na zona sul da capital paulista.
O ex-presidente compareceu à inauguração do equipamento – uma grandiosa central de coleta e processamento de lixo reciclável, com acesso aberto a todas as cooperativas de catadores de resíduos sólidos da cidade – com uma dupla intenção. Lula sempre foi ligado aos catadores de lixo paulistanos, com quem se acostumou a almoçar nos dias de Natal dos últimos anos. A ideia era prestigiá-los e, ao mesmo tempo, dar mais visibilidade à inauguração feita pelo prefeito Fernando Haddad.
A inauguração foi concorrida. Com equipamentos de reciclagem de lixo comprados na França, a central é a segunda inaugurada na gestão de Haddad. O prefeito se comprometeu com a meta de elevar de 1% - índice de dezembro de 2012, ao final do governo de Gilberto Kassab, do PSD – para 10% o volume de lixo reciclado em São Paulo. As duas centrais em funcionamento já elevaram esse índice para 7%. Como há outras duas centrais prontas para serem inauguradas ainda este ano, a meta será batida.
Haddad lembrou que existem, em todo o mundo, apenas outras oito centrais de reciclagem de lixo como a inaugurada hoje em São Paulo. Mas, na América Latina, a que foi inaugurada hoje é a única.
- Leva algum tempo para as pessoas perceberem, mas estamos desenvolvendo o mais amplo programa ambiental que a cidade já teve. Ele engloba desde a melhoria do transporte coletivo, para evitar ao máximo o uso dos meios individuais, até a inauguração de centrais modernas como essa e de novos parques.

Coletiva da presidenta Dilma desta quarta (16/07)

Jornalista: É injusto dizer que o Brasil cedeu na presidência do banco?
Presidenta: O Brasil não cedeu porque não tinha… não era dono do… eu acho fantástico! eu acho isso típico! do Brasil, se a gente tivesse ficado com a primeira vice-presidência, a imprensa, hoje, estaria dizendo: o Brasil perdeu a sede.

Dilma: Brasil não cedeu
porque não é dono

Chamar de “ceder” é “típico do Brasil”.

Charge de Rafael, do jornal O Povo, sugerida pela amiga navegante Tatiana Lobatto, no twitter




Dilma, de forma didática, explica numa coletiva nesta quarta-feira (16), no Palácio do Alvorada,  o que foi o acordo para criar os BRICs.

Explica o sistema de alternância, a igualdade de condições – os cinco países têm o mesmo peso acionário – e como vai funcionar o Banco: será gerido por um Conselho de Administração que o Brasil vai presidir.

E terá dois escritórios – o central, em Xangai, na China, e na África do Sul.

Breve, terá um na América Latina, com escritório no Brasil.

Ouça o áudio e veja que ela se diverte com o “não vai ter Copa”, e descreve o momento histórico em que Lula e ela avisaram ao FMI que iam pagar o que deviam – e o diretor do FMI, um sr. Rato, espanhol que presidiu um banco que quebrou, pediu para o Brasil não pagar …

(E lembrar que o Príncipe da Privataria quebrou o Brasil três vezes e três vezes foi de pires na mão ao FMI …)


Leia a íntegra da entrevista:


Entrevista coletiva concedida pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, após assinatura de atos
Palácio da Alvorada-DF, 16 de julho de 2014


Jornalista: Foi satisfatório, presidenta, o que foi fechado ontem lá nos BRICS?
Presidenta: … absolutamente. Veja vocês, cinco países criam um banco, fazem um acordo contingente de reservas, um banco com capital subscrito e bem significativo, com partes iguais para todos, com a governança compartilhada. Isso muda as condições de financiamento desses cinco países, são os Brics. Isso não é satisfatório? Além de um acordo contingente de reservas de 100 bilhões? Eu acho que tem de olhar com uma perspectiva mais séria e de médio ou longo prazo para isso que (incompreensível) ontem lá em Fortaleza. Acho que é extremamente relevante para esses cinco países. Extremamente. Muda as condições tanto de financiamento, quanto cria uma rede de proteção.

Eu queria lembrar que nós propusemos o acordo contingente de reservas, e a Índia propôs o banco, o novo Banco Brics. E hoje, nós, dois anos, um pouco mais de dois anos daquela proposta, hoje… ontem, hoje, no sentido do presente, nós conseguimos realizá-la. Nós tivemos… é um processo complexo, não é algo trivial e eu acredito que isso signifique bastante para o cenário multilateral internacional, é muito importante que isso ocorra. Como vai ser também essa relação que nós vamos estabelecer a exemplo do que foi feito lá na África do Sul, quando nós fizemos uma reunião com os países africanos, nós faremos aqui com os países da Unasul, que também é muito importante no relacionamento Brics.



Jornalista: É injusto dizer que o Brasil cedeu na presidência do banco?
Presidenta: O Brasil não cedeu porque não tinha… não era dono do… eu acho fantástico, eu acho isso típico do Brasil, se a gente tivesse ficado com a primeira vice-presidência, a imprensa, hoje, estaria dizendo: o Brasil perdeu a sede. O que se trata é de um banco, um banco gerido por um conselho de administração que o Brasil preside, por um conselho de ministros que a Rússia preside, com um presidente que a Índia tem no primeiro banco e localizado lá na China com um escritório nos dois continentes, tanto na África, como na sequência, na América Latina, no Brasil. Na África, na África do Sul e aqui no Brasil. Isso significará uma forma de gerir o banco que vai ser a mesma forma que os Brics têm. Eu não sei se vocês sabem, mas nós temos uma forma Brics de falar e de fazer a alternância, por exemplo, na direção da Cúpula: começa com B, nós somos o primeiro, depois foi a Rússia, depois a Índia, depois a China e o S é de South Africa, foi a África do Sul. Agora voltou para mim. Nós temos essa forma rotativa de gestão. Por quê? Porque entre nós cinco, nós optamos sempre por um padrão igualitário, um padrão em que todos os países têm o direito de assumir a direção. Então, é absolutamente, eu diria assim, inadequado avaliar o resultado dessa Cúpula, sim. Cada país tem o seu papel e vai tendo nas outras esferas, sistematicamente. Agora, a diretoria e o conselho vai ser integrado por pessoas indicadas pelos países Brics. A diretoria, o conselho e a representação dos ministros será uma representação que vai refletir esse fato básico: o Banco é um banco que não tem um país com um poder acionário maior que o outro. Essa é a realidade dos Brics. E eu acho que é mais importante perceber o efeito disso.

Me perguntaram ontem se significaria, por acaso, abertura, que nós estávamos abrindo mão da nossa presença em outras instituições multilaterais. De maneira alguma. Um dos pontos de pauta de ontem foi o problema da reforma acertada no G-20 das instituições financeiras multilaterais como o FMI, por exemplo. Por quê? Na distribuição de cotas do FMI, lá não tem refletido o poder, a correlação de forças econômica dos países que integram o G-20, que são as vinte maiores economias do mundo. O que nós reivindicamos, por exemplo, no FMI, é que haja aquilo que foi acertado quando da criação do G-20 e toda reação diante da crise de 2007-2008, foi acertado que haveria essa adequação, a representação econômica dos países seria refletida no acordo de cotas. Nós não temos o menor interesse em abrir mão do Fundo Monetário. Pelo contrário, temos interesse em democratizá-lo, tornar o mais representativo. O novo Banco dos Brics não é contra, ele é a favor de nós. É diferente, é uma postura completamente diferente, e terá sempre uma postura diferenciada em relação aos países em desenvolvimento.

Também me perguntaram – eu já antecipo porque o que vocês perguntam eu sei o que é -, também me perguntaram que países que poderão fazer, que não são Brics, que poderão pedir para…



Jornalista: … integrar o Bloco.
Presidenta: Não, não é integrar. Para receber financiamentos. Eu quero dizer para vocês que o Banco sequer foi formado, mas nós olharemos com … sequer ainda, ele vai levar  uns dias, um tempo para estabelecer a sede, colocar o presidente, começar as reuniões. A integralização foi aprovada, do capital, tudo isso. Agora, ele tem um tempo. Nessa medida o que eu quero afirmar é o seguinte: nós sempre olharemos com muita generosidade os nossos empréstimos. Agora, eles serão feitos com padrões absolutamente de boa gestão. Ninguém vai sair por aí, nem é esse papel do Banco dos Brics, fazendo qualquer ação financeira sem fundamento técnico, sem base, sem avaliação.

Então, eu quero dizer para vocês que eu acho um momento significativo. E não é aqui só no curto prazo, ele é significativo no longo prazo. De fato ele reflete um mundo mais multipolar.



Jornalista: Presidenta Dilma, a gente tem visto a senhora, essa semana, com a Cúpula dos Brics, chefes de estado e todo mundo da América do Sul, a gente está numa época de campanha eleitoral. Quando que a gente vai ver a senhora na rua fazendo campanha…

Jornalista: … a partir da próxima semana começa uma agenda intensa?

Presidenta: Olha, eu sou obrigada a ter duas atividades. Uma atividade é a minha atividade como Presidente, ela se sobrepõe à outra, necessariamente. Eu tenho responsabilidades com o país. Então eu estou representado o Brasil na Cúpula dos Brics. Eu vou fazer campanha quando estiver no momento em que eu possa fazer campanha.


Jornalista: A partir da semana que vem, presidenta?
Presidenta: Olha, eu tenho de avaliar quando é que começa essa campanha.


Jornalista: Ainda não deu tempo de pensar direito, não?
Presidenta: Meu querido, eu saí da Copa do Mundo, que vocês acham, não sei hoje o que vocês acham, mas imagino que vocês devem achar que foi muito bem sucedida, porque se não achassem isso nós estaríamos diante de uma situação muito grave que é não perceber a própria realidade. Nós fizemos um imenso esforço, o governo fez um imenso esforço para essa Copa ser o sucesso que foi. Nós nos esforçamos, nós organizamos várias áreas. Se vocês olharem a quantidade de avião que subiu e desceu nesse país sem atraso significativo, ou seja, abaixo, inclusive, do padrão internacional. Se vocês olharem todas as atividades na área de segurança, na área de garantia do trânsito adequado das seleções, dos turistas, do trânsito… não estou falando do… deslocamento dessas pessoas, e de toda a estrutura, imensa estrutura que foi montada, um planejamento para essa Copa ser o sucesso que foi, vocês saberiam que eu saio disso e entro nos Brics que também requer todo um cuidado. Afinal de contas, tem cinco chefes dos países Brics, mais todos da Unasul, que se eu não me engano dão 12, dão 12. Então, são 17 chefes de estado agora nesse momento. E ainda por cima, com visitas bilaterais. Amanhã tem uma visita bilateral com a China, muito importante, por exemplo.


Jornalista: Presidenta, a criação desse novo banco cria uma independência com o FMI de uma certa forma?
Presidenta? Olha, eu não diria isso. Eu não sou dependente do FMI. O dia que esse país – eu estava presente, é um momento histórico – era presidente do FMI, o Rato, aquele do Banker, vocês entrem na internet e olhem o que é o Banker, um dos bancos espanhóis que quebraram. Ele era presidente do FMI quando o governo brasileiro pagou a nossa dívida. A partir desse momento, nós, nunca mais dependemos do FMI. O FMI nunca mais dirigiu a política brasileira. A nossa relação com o FMI passou de relação devedora para credora diante da crise em 2008-2009-2010, e mesmo no nosso período, 2011 e 2012, nós contribuímos com recursos para estabilizar algumas situações. Queria lembrar do… vocês lembram do guarda, do… chama Firewall, aquela proteção que se queria criar para evitar que a crise do Euro se aprofundasse, nós contribuímos. Então, nossa relação com o FMI há muito tempo é uma relação de independência. Nós, em relação ao FMI, temos reivindicações, com eu expliquei, de mudança na distribuição de cotas. Dependência, jamais!


Jornalista: Presidenta, na semana que vem a senhora recebe dirigente do Bom Senso Futebol Clube e até times de…
Presidenta: … eu não vou antecipar minha agenda… vocês não… não. Agora eu estou em Brics, semana que vem nós mudamos o disco. Um beijo para vocês.


Jornalista: mas a senhora está animada para essa nova agenda, presidenta?