Agredida pelo Jornal Nacional, Dilma se defende
Foi inacreditável a ação eleitoral do Jornal Nacional contra a presidente Dilma Rousseff; William Bonner fez perguntas quilométricas; Patrícia Poeta chegou a fazer cara de nojo e a colocar o dedo em riste diante de Dilma em razão do "nada" que teria sido feito na área da saúde em 12 anos, ditos com ênfase pela apresentadora; Dilma mal teve a oportunidade de responder perguntas que eram acusações, como sua suposta incapacidade de se cercar de pessoas honestas e os números da economia; quando teve oportunidade falar, Dilma disse que seu governo "estruturou o combate à corrupção" e que "nenhum procurador foi chamado de engavetador-geral da República"; ela lembrou ainda o baixo desemprego e a inflação que se aproxima de zero nos últimos meses; não foi entrevista, foi agressão, fora de qualquer padrão civilizado de jornalismo; presidente conseguiu falar sobre o progama Mais Médicos e informar que a inflação está baixando, com zero de elevação em julhoBonner parecia o mais irritado, mas Patrícia não quis ficar atrás. Ela chegou a apontar, em riste, o dedo para a presidente, insistindo que o governo dela e do ex-presidente Lula não fizeram "nada" na área da saúde. A presidente conseguiu dizer, entre interrupções da entrevistadora, que hoje, ao contrário do passado, o atendimento de saúde pública atinge 50 milhões de brasileiros.
No início da entrevista, Bonner perguntou, por mais de um minuto, sobre "corrupção e mal feitos, citando uma série de ministérios e também a Petrobras.
- Qual a dificuldade de formar uma equipe de governo com gente honesta?, questionou ele, mais ao estilo botequim de esquina do que o que emprega normalmente, todos os dias, à exceção dos domingos, na bancada do JN. O jogo de apertar a presidente ficou claro desde o primeiro momento.
A própria Dilma percebeu e não intimidou com a postura da dupla. Procurou responder a todas as perguntas, mas não dando as respostas que Bonner e Patrícia esperavam.
- Fomos o governo que mais estruturou o combate à corrupção e aos mal feitos, respondeu Dilma. "Nenhum procurador geral da República foi chamado no meu governo de engavetador geral da República", acrescentou.
William Bonner insistiu no tema da corrupção, usando ênfase sobre Dilma:
- Um grupo de elite do seu partido foi condenado por corrupção, são corruptos, mas o seu partido protegeu essas pessoas. O que a sra. acha da postura do PT?, disse ele.
Dilma não respondeu diretamente, optando por lembrar sua posição institucional:
- Enquanto eu for presidente da República, não externarei opinião pessoal sobre decisões do Supremo Tribunal Federal. Eu tenho a minha opinião, mas não vou externá-la.
Patrícia perguntou sobre saúde, mas Dilma afirmou que seu governo leva assistência de saúde a 50 milhões de pessoas.
Bonner atacou de novo:
- A sra. considera justo culpar ora a crise econômica internacional, ora os pessimistas pelo baixíssimo crescimento da economia brasileira, com inflação alta?
- A inflação cai desde abril e, agora, atinge zero por cento. Por outro lado, todos os lados antecedentes ao segundo semestre mostram que haverá crescimento frente ao primeiro semestre.
Bonner não pareceu satisfeito com a resposta, mas em razão do tamanho das perguntas, especialmente, viu que o tempo de 15 minutos estava estourando:
- Eu vou garantir um minuto para a sra. encerrar.
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