sábado, 30 de agosto de 2014

Programa de Marina tem pegadinha para acabar com regra de aumento do Salário Mínimo.


Programa de governo de Marina Silva, coordenado por banqueira, e ainda mais do banco Itaú, só podia dar nisso.

Lá na página 45 (figura abaixo), está escrito que para manter baixa a inflação, uma das coisa a fazer é "Reduzir o nível de indexação da economia".

Desde o governo Lula, em acordo com as centrais sindicais, foi construída uma política de recuperação do valor do Salário Mínimo, com a regra de reajustar com o crescimento do PIB de dois anos atras mais a taxa de inflação do ano anterior. Dilma manteve essa regra e vai continuar mantendo no segundo mandato.

Essa política é criticada pelos economistas demotucanos, tanto os que assessoram Marina como Aécio. Consideram uma indexação por estar atrelado a índices de inflação e de crescimento.

Ao propor essa desindexação, a regra de aumento real do salário mínimo entra na linha de tiro da equipe econômica de Marina.

Na página 53 há uma única e vaga menção a "valorizar o salário mínimo", sem dizer como, e sem mencionar nada sobre a regra atual, nem propor nenhuma outra regra diferente. Ou seja, não tem compromisso nenhum de manter a regra atual.


O “Morcego Verde”: PSB agora diz que jato era “doação” à campanha do PSB

30 de agosto de 2014 | 09:09 Autor: Fernando Brito
morcego
Mudou tudo.
O jato que servia Eduardo Campos e Marina Silva na campanha e que se acidentou em Santos, dia 13, matando o candidato do PSB não foi mais  ”emprestado de boca” ao ex-candidato, mas “doado” por  três empresários misteriosos.
A versão agora, segundo os coordenadores da campanha de Marina Silva – Márcio França e Válter Feldman – é a de que o aparelho foi “doado” ao PSB pelos dois  empresários que coordenaram o pagamento, o acusado de contrabando Apolo Santana Vieira e o dono de factoring João Carlos  Lyra Pessoa de Mello, além de um tal Eduardo Ventola, aliás Bezerra Leite, tudo através de “laranjas”.
A tal história do “ressarcimento”  foi abandonada.
“”Antes tinha se falado em ressarcimento, mas essa expressão foi abandonada.”, anuncia Feldman à Veja.
O país e a imprensa estão assistindo à uma vexatória montagem de explicações legalmente aceitáveis, ainda que incompatíveis com o mais elementar bom-senso.
Saem notas e pequenas notícias, aqui e ali mas não há uma investigação jornalística digna deste nome e até a ação do Ministério Público se inaugura com duas semanas de atraso, e com previsão de término nas calendas gregas em matéria eleitoral.
E é tão complexo o caso, assim?
Apenas três perguntas derrubam inapelavelmente esta história.
1. Alguém pode “doar” um bem que não é seu, mas objeto de leasing (arrendamento mercantil) à Cessna? Você pode doar o seu automóvel, um golzinho que seja, a alguém sem liquidar ou transferir o leasing que fez lá no banco para comprá-lo?
Não preciso responder, não é?
Se, como foi anunciado, pediu-se a transferência do leasing à Cessna – e isso não foi de boca – que empresas e com que documentação se apresentou o pedido? E se foi “doação pessoal” dos empresários, pediu-se a transferência para eles, pessoas físicas?
Onde está o documento enviado à Cessna?
2. Onde estão os recibos eleitorais e o documento de doação de um bem que há três meses tinha sido entregue a Eduardo Campos? Estão sendo feitos agora? Os empresários se livram das indenizações devidas aos moradores que tiveram suas casas destruídas e o PSB assume as indenizações, com o dinheiro público do Fundo Partidário e dos doadores da nova candidata? Vai aparecer um documento devidamente autenticado, por um cartório de Recife ou, quem sabe, de um município da periferia da cidade?
Documentos desta natureza têm de ser reconhecidos por autenticidade, como é uma transferência de um prosaico automóvel.  Qualquer falsificação disto deixa rastros facilmente identificáveis e não sei se alguém seria tolo de participar de uma montagem deste tipo.
3. Onde estão aos tais “doadores”. Escondidos? Nem sequer uma imagem deles foi publicada até agora, salvo um pequena e antiga foto de Lyra. Apolo Vieira só existe nos processos de contrabando que correm em segredo de Justiça. Será que nenhum jornal os acha  nos seus apartamentos de luxo em Boa Viagem? Porque comprariam um avião de mais de R$ 20 milhões para “dar” a Eduardo Campos? Quem são, onde vivem, o que possuem?
O Cessna Citation XLS matrícula PR-AFA é o “Morcego Verde” destas eleições.
Mas os PC Farias continuam incógnitos.
Nossa imprensa não parece interessada em expô-los à opinião pública.

Uma eleição reduzida aos banqueiros: PIB menor, bolsa em alta, Itaú derrota Dilma e mercado elege Marina

publicado em 29 de agosto de 2014 às 20:22
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De nada!
Da Redação:
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do G1
Vamos ver se entendemos direito:
1. O mercado financeiro dispara às custas de especulação eleitoral, praticamente depondo Dilma Rousseff do Planalto;
2. A “educadora” Maria Alice Setubal, a Neca, acionista do Banco Itaú, foi uma das coordenadoras do programa de governo de Marina Silva. O programa de Marina Silva, socialista, apresentado oficialmente hoje, como pode-se ver abaixo promete “assegurar a independência do Banco Central o mais rapidamente possível, de forma institucional, para que ele possa praticar a política monetária necessária ao controle da inflação”. Ou seja, as pessoas eleitas pela população para representá-la não vão apitar nada na chamada macroeconomia; elas que se virem na microeconomia. E se der na telha do BC provocar recessão e desemprego para controlar a inflação? As pessoas não vão apitar, através de seus representantes eleitos, nos aumentos das taxas de juros que eventualmente beneficiem a acionista Neca, rentistas e banqueiros. BC independente de quem?
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Para fechar o círculo perfeito, o Itaú informa a clientes, ainda segundo o G1, que a bolsa subiu porque a derrota de Dilma foi “precificada”, ou seja, a presidente foi sacrificada no altar dos que vão se beneficiar da implementação de um programa de governo que uma acionista do Itaú ajudou a escrever.
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Tudo isso com você, caro eleitor, apenas assistindo.
Para completar, nas 242 páginas do programa de governo de Marina Silva, já “eleita” pelo mercado, há um eixo inteiramente dedicado a “aprofundar” a democracia e aumentar a participação popular. Se depender do que está escrito lá, o brasileiro vai poder apitar em absolutamente tudo, desde que deixe a macroeconomia na mão dos banqueiros.
Falta inventar alguma coisa?

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Mensagem lula para pequenos e médios municípios

Mensagem lula para pequenos e médios municípios

247 – Depois de ser confrontada pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Xapuri (Acre) por intitular Chico Mendes, uma de suas referências, de representante da “elite nacional”, Marina Silva passa por outra saia-justa.
A filha de Chico Mendes, Ângela Mendes, crava seu apoio a presidente Dilma Rousseff e diz que Marina é “um enorme ponto de interrogação”.
Leia a declaração feita pelo Facebook:
Ok, alguns amigos me pediram uma posição sobre a candidatura da Marina e a menção que ela fez ao meu pai como sendo ele da “elite”.

Vamos lá, eu respeito e admiro muito a Marina pela sua trajetória de vida, pelo esforço pessoal com que venceu todas as dificuldades impostas à ela como o analfabetismo, doenças e toda espécie de discriminação, até pelo modo com que consegue envolver a todos com seu discurso ecologicamente correto e bem acabado, mas pra mim isso não basta pra governar um Brasil como o de hoje, tenho muitas dúvidas, de todos os tipos, Marina pra mim ainda é um enorme ponto de interrogação, pra começar: desistiu do PT (utopia do passado) quando poderia ter resistido como fazem hoje tantos PTistas históricos mesmo não tendo o mesmo espaço que a elite que tenta dominar o partido, não resistiu à pressão enquanto ministra quem me garante que vai resistir à pressões ainda mais forte se eleita presidente? Com tantas concessões feitas pela cúpula do PSB, aliás todas as concessões possíveis, penso eu que será que tramam as cabeças pensantes desse partido caso consigam eleger Marina? Terá ela realmente liberdade pra governar? Não sei, como será esse mandato em rede, apenas com os melhores? Quem são esses melhores e quais critérios serão utilizados pra escolha desses “melhores”? minhas dúvidas são pra Marina, mas minhas esperanças são pra companheira Dilma, que ela consiga, se eleita, continuar melhorando o Brasil, com uma política que tem problemas mas que não admite dúvidas.
Ah, quanto ao fato do Chico ser da elite, considero que foi apenas uma infeliz comparação, nem precisa de todo esse mimimi.
247 - A Policia Federal classificou o ex-governador José Serra entra os investigados no caso do cartel de trens e metrô em São Paulo.
Pela primeira vez, Serra faz parte da lista de 28 pessoas intimadas pelo delegado Milton Fornazari Junior para apurar o caso de conluio de multinacionais, denunciado pela Siemens, que atuou desde a gestão de Mario Covas (1998).
O ex-governador de São Paulo e atual candidato do PSDB ao Senado foi intimado a depor no 7 de outubro, dois dias após o primeiro turno das eleições.
As investigações querem saber se ele atuou a favor das multinacionais CAF e Alstom, conforme indicam e-mails e o testemunho do executivo Nelson Branco Marchetti. Serra e o ex-secretário dos Transportes Metropolitanos José Luiz Portella teriam pressionado a Siemens a desistir de medidas judiciais para anular a vitória da espanhola CAF, em um certame para o fornecimento de 320 vagões. Caso a alemã avançasse nas ações judiciais, Serra anularia a licitação, segundo o delator.
Assessoria de Serra disse que "estranha muito a inclusão do nome dele nesse inquérito às vésperas da eleição, sobretudo depois que o Ministério Público Estadual, e até o procurador-geral de Justiça, arquivaram a mesma investigação".
Leia aqui reportagem de Lilian Venturini sobre o assunto.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Bastam 3 minutos para Ciro Gomes definir Marina Silva - O atraso para o Brasil


VIDEO CIRO DESMONTA MARINA

Povo vai bem, mas noticiário o induz a achar que o país vai mal

Segundo Ibope, avaliação do governo Dilma sobe e maioria (76%) se diz satisfeita com a vida. E se 30% pensam que a economia vai mal, como pode 68% acharem que sua vida estará melhor em 2015?
por Helena Sthephanowitiz publicado 27/08/2014 17:32, última modificação 27/08/2014 18:24
reprodução
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Como pode o povo estar otimista com o futuro e ao mesmo tempo acreditar que a economia vai mal?
Na pesquisa Ibope divulgada na terça-feira (26), Dilma Rousseff (PT) subiu dois pontos na espontânea, chegando a 27%. Marina Silva (PSB) teve 18%, e Aécio Neves (PSDB), 12%. A pesquisa espontânea é aquela que reflete melhor a firmeza do voto, porque apenas pergunta em quem o eleitor votará, sem mostrar nenhuma lista de nomes. Responde quem já tende a ter definido o candidato de sua preferência.
Na sondagem estimulada, feita em seguida, mostra-se um disco com as opções de candidatos, e o pesquisado escolhe um dos nomes. Quem só responde diante do disco de opções tem queda por aquele candidato naquele momento da sondagem, mas é mais incerto se a intenção declarada se converterá em voto na urna.
Na simulação de primeiro turno estimulada, segundo o Ibope, Dilma cresce pouco em cima da espontânea. Sobe de 27% para 34% no primeiro turno e para 36% no segundo turno. Nota-se que 34% corresponde a quem avalia o governo da presidenta com bom e ótimo, o que pode representar seu piso de votos, abaixo do qual ela dificilmente cai. Há outros 36% que avaliam seu governo como regular, e pelo menos uma parte destes votará em Dilma, coisa que a pesquisa não captou, mas significa que a campanha da presidenta tem todo este segmento do eleitorado para explorar e crescer. Se apenas um terço de quem avalia o governo como regular, com viés positivo, votar em Dilma, a probabilidade de vitória da presidenta continua alta.
Marina sobe de 18% na espontânea para 29% na estimulada no primeiro turno e para 45% num eventual segundo turno. Seu momento eleitoral é o melhor possível. Mas algo próximo de certeza de votos mesmo ela só tem de cerca de 18% dos pesquisados. Os demais ela ainda precisa convencer o eleitorado a converter em intenção em voto. Marina tem o nome conhecido por ter participado das eleições de 2010 com boa votação, mas não tem propostas bem conhecidas.
É uma faca de dois gumes. Ela pode tanto consolidar votos como perdê-los, quanto mais suas propostas (ou falta delas) forem conhecidas. Uma coisa é simpatia por uma imagem abstrata de novidade, como uma roupa que parece bonita na vitrine de uma loja. Outra coisa é o conhecimento mais profundo da candidata e avaliar o que ela pode fazer de fato nos próximos quatro anos, se vencer. É como experimentar a roupa da vitrine para decidir se compra. Pode não vestir bem no corpo da pessoa como parecia na vitrine.
Dilma sobe de 27% na espontânea para 36% no segundo turno, sempre segundo o Ibope. Marina salta de 18% para 45% na mesma simulação. Dilma sobe só um terço de seus votos firmes na sondagem do princípio ao fim do processo eleitoral. Marina mais do que dobra, subindo uma vez e meia. É improvável que ao longo da campanha eleitoral Dilma conquiste tão poucos novos votos e Marina conquiste tanto sozinha. Seria necessário Dilma fazer tudo errado e Marina tudo certo para isso acontecer.
Aécio é quem está em maiores apuros. Tem 12% de votos firmes na espontânea e 19% na estimulada de primeiro turno, e corre o risco de ver sua candidatura esvaziar-se mais se consolidar a polarização entre Dilma e Marina. Precisa provocar uma difícil reviravolta para voltar ao jogo.
Na prática, mesmo na simulação de segundo turno que é apenas uma sondagem pouco confiável nesta fase da campanha, se for para levar a sério os números do Ibope, o que se pode concluir é que as intenções de votos declaradas em Dilma estão próximas de seu piso, batendo com as avaliações de bom e ótimo de seu governo. As em Marina estão próximas de seu teto. Logo, Dilma tem espaço, e muito, para crescer. Já Marina tem que se esforçar para não cair.
A própria pesquisa mostra a avaliação do governo Dilma subindo. Mostra também uma coisa inusitada. A grande maioria dos brasileiros (76%) diz estar satisfeita com a vida atual que leva. E 43% acham que sua própria situação econômica está boa ou ótima. Só 13% acham que está ruim ou péssima. Outros 68% estão otimistas acreditando que sua própria vida estará melhor em 2015. Quando perguntados sobre a economia do país, a situação se inverte: 30% dizem estar ruim ou péssima, contra 24% dizendo que está boa ou ótima. Mesmo assim, 45% acham que a economia do Brasil estará melhor no ano que vem contra apenas 13% que acham que estará pior.
Como pode o povo se sentir bem economicamente, estar otimista com o futuro e ao mesmo tempo acreditar que a economia “do país” vai mal? Só o efeito do noticiário extremamente negativo sobre a economia, descolado da realidade, explica. Colar as duas realidades é, talvez, o maior desafio da campanha de Dilma. Para alegria de seus correligionários, é relativamente fácil explicar o óbvio: que o Brasil é exatamente o mesmo país onde o povo brasileiro vive, e não o das manchetes alarmistas que mais parece um país estrangeiro, que nada tem a ver com onde vivemos.
Aquela história de votar com a mão no bolso, de acordo com a sensação de bem-estar social, favorece Dilma, mas ainda não está refletida nas intenções de voto, por uma abstrata visão negativa do país propagada no noticiário, como se os brasileiros não vivessem nele. É muito improvável que esse quadro permaneça até o fim das eleições. Esse é o maior desafio da campanha de Marina Silva, além de contradições sobre a tal “nova política”, a começar por suposto uso de empresas laranjas, com indícios de caixa dois, para bancar despesas de campanha da chapa Eduardo-Marina, no caso do jatinho.
247 - As imagens acima são as primeiras que conectam a ex-senadora Marina Silva ao jato PR-AFA, que desabou em Santos há 15 dias, matando o ex-governador Eduardo Campos e outras seis pessoas.
A aeronave pertencia ao grupo AF Andrade, de usinas falidas de etanol em São Paulo, e foi repassada a amigos de Eduardo Campos, que assumiram o pagamento de parcelas pendentes do leasing. Para isso, montaram um escabrosa operação financeira, com o uso de laranjas. O principal pagamento veio de Eduardo Ventola, dono, em Recife, de uma factoring, tipo de empresa normalmente usada para esquentar recursos de caixa dois.
Ontem, no Jornal Nacional, Marina Silva afirmou que não sabia quais eram as condições da aeronave e comprou a versão do PSB, sobre um empréstimo que seria pago no fim da campanha. 
Uma tese, no mínimo, curiosa. Afinal, o que levaria três empresários de Pernambuco a assumir empréstimos com um dono de factoring para comprar um avião que eles próprios não usariam? Ontem, em Santos, Antônio Campos, irmão do ex-governador, visitou vítimas do desastre e prometeu que a família poderia pagar os danos materiais. Um sinal de que a família, indiretamente, assume a propriedade do avião e tenta conter os danos políticos da lambança.
Leia, abaixo, a análise do Tijolaço sobre o caso:
MARINA ACABA SE SE ASSOCIAR A UM CRIME ELEITORAL

Independente do resultado “marquetológico” da entrevista de Marina Silva ao Jornal Nacional – e eu acho que foi desastroso – há um elemento gravíssimo nas declarações da nova candidata do PSB.

Marina confessou o conhecimento de um crime eleitoral e a participação nos benefícios desta transgressão.

Ela confessou saber que o avião era produto de um “empréstimo de boca” que seria ‘ressarcido” – se é ressarcido, tem preço – ao final da campanha.

Poderia, se fosse o caso, dizer que não sabia dos detalhes da contratação do serviço, feita por Eduardo Campos. Mas está amarrada de tal forma no assunto que teve de se acorrentar à fantasiosa versão do PSB.

Que é uma aberração jurídica e contábil, que não pode prevalecer – e não prevalece – em qualquer controle de contas eleitorais.

Até no Acre de Marina Silva o TRE distribui um formulário onde o dono de um veículo, mesmo que seja um Fusca 82, assine a cessão e atribua o valor em dinheiro do bem.

O que dirá para um jato de R$ 20 milhões!

Não há um contrato sequer, não há preço estabelecido e, sobretudo, as empresas (ou o laranjal) que tinha o controle do avião não se dedicam à locação de transporte aéreo.

É um escândalo de proporções amazônicas.

Só menor do que o escândalo que é, depois de tantas confissões, o silêncio do Ministério Público.

Todos se lembram da Procurador Sandra Cureau, que por um nada partia para cima do Presidente Lula e da candidata Dilma Rousseff.

Está mudo, quieto, silente.

Acovardado diante dos novos santos da mídia.

A partir de agora, prevalecendo isso, se podem emprestar prédios, frotas, aviões, até uma nave espacial para Marina ir conversar com Deus.

De boca, sem recibo, sem contrato, sem papel.

Na fé.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Dilma Rousseff: programa eleitoral de 26/08 (NOITE)

 

Dilma Rousseff: programa eleitoral de 26/08 (NOITE)

Marina não era responsável pelo jatinho. Mas passou a ser, agora, cúmplice do “ah, o papel sumiu”

26 de agosto de 2014 | 12:56 Autor: Fernando Brito
marinaxale
Hoje, mestre Janio de Freitas diz, em seu artigo na Folha, que Marina não teve, ao que tudo indica,  responsabilidade pessoal no arranjo que deu a Eduardo Campos dois aviões ilegalmente mantidos pela Bandeirantes Companhia de Pneus: “a composição que a comprometeu com a campanha foi muito posterior à inclusão do jato nas atividades de Eduardo Campos e do PSB”.
Janio, além das informações que sustentam essa sua afirmação, tem razão. E, correto como é, aponta a desfaçatez de Aécio Neves em cobrar explicações, quando ele próprio as retardou e deu, de forma, insustentável, ao aeroporto que mandou fazer com dinheiro público para uso privado.
Ontem, este blog disse com todas as letras, ao comentar a declaração de Marina Silva de que precisava do “tempo necessário” para dar “explicações com a devida base legal“:
“há uma resposta simples, que não precisa de tempo algum: “eu não sabia de quem era o avião, Eduardo não me disse” ou “Eduardo me disse que pertencia a fulano”.Pronto, assunto encerrado: a senhora poderia não saber ou ter apenas a informação que o cabeça de chapa lhe deu sobre o avião. Ninguém esperaria que Marina  fosse pedir a nota fiscal a ele antes de embarcar.”
À medida em que não deu respostas simples assim e, pior, não as exigiu dos dirigentes da, agora, sua própria candidatura, passou a uma atitude de cumplicidade com o que há de imoral, além de ilegal, nesta história.
Porque ela, Marina Silva, é beneficiária política de uma tragédia e ela própria uma das artífices da entronização de Eduardo Campos como “mártir” da nova e moralizadora política.
O novo tesoureiro de sua campanha, Márcio França, acaba de debochar do país ao dizer que pode não haver documentos a provar de quem era o jatinho, porque “os papéis estavam no avião”.
França deveria ter amanhecido fora do cargo de homem de confiança do dinheiro de campanha, no mínimo.
Mas  se lê em O Globo  que, de fato, é com isso que se trabalha para dar “a devida base legal” ao que é ilegal:
“Dirigentes do partido dizem que há duas possibilidades para o comitê não ter prestado contas do avião na primeira parcial entregue à Justiça Eleitoral no dia 2: ou Campos teria feito um “acordo de boca” com os empresários que puseram a aeronave à sua disposição ou o contrato com os termos de uso estava dentro do avião no momento do acidente.” 
E encerraram o CNPJ do comitê financeiro, para que mais não haja, como se isso resolvesse a questão moral e, mesmo, a legal.
Ora, à parte a inequívoca responsabilidade solidária  legal – na lei eleitoral e  nas leis financeiras e tributárias – como vice de Eduardo Campos, poder-se-ia alegar, de fato, que politicamente Marina  estava fora do caso do avião.
Mas já não está, porque age – ao menos, até agora – com omissão e cumplicidade com o que já sabe ser a busca de artifícios – e sabe-se lá de que falsificações de documentos – para justificar uma ilegalidade e uma imoralidade.
E o faz em benefício próprio,  para obter vantagem.
E isso, infelizmente, acaba sendo a descrição mais eloquente de caráter de uma pessoa que busca amealhar o voto dos brasileiros apresentando-se como a personificação da ética e apta a dirigir um país de 203 milhões de habitantes.
Ética é para os outros, quando convém. Para si, basta um ar humilde e compungido?

Lula fala sobre o fim da invisibilidade dos pobres no Brasil



DEBATE ENTRE OS CANDIDATOS A GOVERNADOR DO CEARA


Assista ao debate do O POVO entre os candidatos ao governo do Ceará

segunda-feira, 25 de agosto de 2014


Juvandia Moreira: Itaú passou motosserra em mais de 16 mil empregos desde março de 2011

publicado em 25 de agosto de 2014 às 17:02
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juvandia
Juvandia Moreira: “O discurso do Itaú de banco sustentável está muito longe da realidade, da sua prática; é propaganda enganosa”
por Conceição Lemes
Na última terça-feira 19, aconteceu, em São Paulo, a primeira rodada de negociação da campanha nacional dos bancários de 2014.
Nos seis primeiros meses de 2014, os cinco maiores bancos atuando no Brasil tiveram lucro líquido de R$ 28,5 bilhões. Alta de 16,5% em relação ao mesmo período de 2013.
O Itaú Unibanco foi o campeão. No primeiro semestre de 2014, lucrou R$ 9,5 bilhões. Salto de 33,2% comparado ao primeiro semestre de 2013. O dobro da média dos cinco maiores bancos.
Itaú- balanço 2
Na mesma semana, Maria Alice Setúbal, a Neca, coordenadora do programa de governo de Marina Silva, disse em entrevista à Folha e ao UOL que, se eleita, a candidata do PSB à presidência da República dará autonomia formal, por lei, ao Banco Central.
Neca é filha do banqueiro Olavo Setúbal (1923-2008) e acionista do Itaú, assim como a sua família. Participa do Conselho Consultivo do banco. O Itaú foi autuado pela Receita Federal e recebeu uma multa de quase R$ 19 bilhões.
“Mesmo lucrando tanto, o Itaú cortou 16.602 postos de trabalho de março de 2011 a junho de 2014”, denuncia Juvandia Moreira. “O banco diz que está fazendo ajustes, mas é demissão em massa, mesmo, para potencializar os seus lucros. Quem fica, fica sobrecarregado.”
“O Itaú fez uma reestruturação e deixou agência com dois funcionários apenas: um caixa e um gerente operacional”, revela. “Eles não tinham pausa no trabalho, que é obrigatória por lei. É impossível isso. O cliente não é bem atendido e o trabalhador, sobrecarregado, adoece. Falta compromisso social do banco.”
“O discurso de banco sustentável está muito longe da realidade, da sua prática ”, avalia Juvandia. “É propaganda enganosa.”
“O Itaú deveria ser mais responsável com os seus trabalhadores, assim como com a sociedade, praticando tarifas e taxas de juros mais plausíveis”, defende.
Juvandia Moreira é presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Justamente a base sindical onde o Itaú tem o maior número de funcionários. Ela integra o comando nacional da categoria que está negociando com a Federação dos bancos (Fenaban) a pauta de 2014.
Segue a nossa entrevista na íntegra. Nela, Juvandia faz uma radiografia do Itaú, principalmente da relação do banco com os seus trabalhadores, revelando um retrato desconhecido fora da categoria.
Viomundo – Neca Setúbal,  coordenadora do programa de governo de Marina, diz que ela, se eleita presidenta, dará autonomia formal, por lei ao Banco Central. O que acha?
Juvandia Moreira – Nós, bancários, somos contrários. No Brasil, a única responsabilidade Banco Central é cuidar da moeda. Nós defendemos um BC atento também à questão do emprego.
Se ele toma uma medida que afeta o setor produtivo, ela, consequentemente,vai atingir o emprego. Achamos que o Banco Central tem que dialogar com as políticas do governo. Não pode ser independente de forma alguma. Insisto: a independência total do Banco Central seria ruim para o trabalhador.
Viomundo – No primeiro semestre de 2014, o Itaú teve lucro líquido de R$ 9,5 bilhões. O que representa isso?
Juvandia Moreira – O lucro do Itaú aumentou 33% num semestre. Se olharmos outros setores da economia, supera o de todos os outros setores. Supera ainda o dos demais bancos (veja tabela ao final).
Esse lucro significa também que é alta a taxa de juros cobrada dos consumidores pelo Itaú. Nós só perdemos atualmente para Madagascar e Malaui.
Viomundo – Mas a alta taxa de juros ao consumidor não é exclusividade do Itaú.
Juvandia Moreira —  Concordo. A taxa de juros cobrada do consumidor é mais ou menos parecida nos diferentes bancos. Mas no Itaú ela é muito alta. A do cheque especial está em 172,39% ao ano!
Veja outras taxas de de juro cobradas pelo banco.
Taxa de juros - Itaú
Viomundo – No que o Itaú Unibanco se diferencia dos outros bancos?
Juvandia Moreira – Demissão em massa.  Mesmo lucrando tanto, o Itaú eliminou 14 mil  postos de trabalho de junho de 2011 a junho de 2014. E se considerarmos de março de 2011 a junho de 2014, o corte é ainda maior: 16.602.
Em março de 2011, o quadro de empregados do Itaú Unibanco era de 104.022 pessoas. Em junho de 2014, caiu para 87.420.
Nesse período, portanto, o número  trabalhadores foi reduzido em 16.602. E esse corte seria ainda maior se, em 2013, o Itaú não tivesse agregado 1.194 trabalhadores provenientes da Credicard, incorporada pelo banco.
Viomundo – O Sindicato cobrou essas demissões? Qual a alegação do Itaú?
Juvandia Moreira  – Cobramos, claro. Fizemos paralisações. Denunciamos. O Itaú nega que fez demissões em massa. Diz que está fazendo ajustes. Só que são demissões em massa, mesmo!
Cortou postos pra potencializar ainda mais os seus lucros. Os trabalhadores que ficam no emprego, ficam sobrecarregados demais. Essa é uma realidade nacional do que acontece no Itaú.
Viomundo – Esses 16,6 mil postos eliminados ocorreram onde?
Juvandia Moreira  — O banco não divulga esses dados. Mas é claro que o corte foi maior em São Paulo, onde o Itaú tem o maior número de trabalhadores. Mas os cortes não foram numa área só. Ocorreram nos centros administrativos e nas agências. Foi de forma generalizada, no Brasil inteiro.
Viomundo – Quando vocês questionam essas demissões o Itaú leva em conta?
Juvandia Moreira – Imagina, claro que não! Tanto que na próxima semana nós vamos discutir com a Fenaban as demissões nos bancos privados. É uma grande prioridade nossa.
Do nosso ponto de vista, os bancos estão fazendo uma nova reestruturação. Eles estão transformando as agências em agências de negócios. Expulsando o cliente de dentro da agência. É uma dificuldade hoje em dia você pagar uma conta de luz ou água, por exemplo, numa agência. Os bancos estão se recusando a fazer esse serviço e eles não poderiam se recusar a fazê-lo.
Viomundo – No Itaú também?
Juvandia Moreira  – Também. O recebimento de contas é hoje em dia considerado custo pelos bancos; então, eles querem eliminar esse custo.
Eles querem que você coloque as contas no débito automático. Ou que vá pagá-las nos correspondentes bancários, que são principalmente as lotéricas.
Viomundo – Neste momento, que banco está demitindo mais?
Juvandia Moreira — O Santander.  De junho de 2013 a junho de 2014, ele eliminou quase 3 mil postos de trabalho. Ele também foi o que proporcionalmente mais cortou de 2011 para cá. Agora, em números absolutos, o  campeão é o Itaú.
São postos cortados, eliminados. Não são puramente demissões, cujas vagas serão preenchidas na sequência. Agora, se formos considerar as demissões para contratar outros funcionários, muitas vezes ganhando menos, os números crescem muito mais. Isso é o que nós chamamos de rotatividade da mão de obra, que também está na pauta da campanha salarial de 2014.
Viomundo – O Itaú Unibanco divulga esses números?
Juvandia Moreira – Não.
Viomundo — E como vocês ficam sabendo? 
Juvandia Moreira – Pelos balanços. Também nas conversas e reuniões com bancários de todo o Brasil.
Viomundo – A propaganda do Itaú diz que é um banco preocupado com você, ou feito para você. Como ficam os bancários nessa história?
Juvandia Moreira – Os trabalhadores que se danem. Itaú, Bradesco, Santander e  HSBC só pensam em potencializar os seus lucros.
O discurso de banco sustentável, preocupado com o social, está muito longe da realidade, da prática do Itaú. É propaganda enganosa.
Este ano nós tivemos de parar uma agência do Itaú na Zona Norte da cidade de são Paulo porque só tinha dois funcionários.
O Itaú fez uma reestruturação e deixou a agência apenas com um gerente operacional e um caixa. Eles não tinham pausa, que é obrigatória por lei.
Viomundo – Os dois funcionários faziam tudo?!
Juvandia Moreira – Tudo! Nós conseguimos colocar mais um funcionário na agência.
Viomundo – Em entrevista na semana passada, você me disse que  a alta lucratividade dos bancos era à custa das demissões, condições inadequadas de trabalho, metas abusivas e da saúde dos seus funcionários, entre outros fatores. Isso acontece também no Itaú? O Itaú tem algum diferencial em relação à questão saúde?
Juvandia Moreira – Sim. E sim. Tem um problema que está acontecendo no Itaú e nós estamos questionando. É a revalidação de atestado médico, que é proibido pelo Código de Ética Médica.
Viomundo – O que é revalidação do atestado médico?
Juvandia Moreira – O funcionário passa no médico do convênio que o Itaú disponibiliza para os seus funcionários. O médico diz que ele tem uma depressão grave e precisa de um afastamento de 60 dias, por exemplo.
Acontece que, para afastamento acima de 15 dias, o funcionário precisa de um atestado do banco para dar entrada no INSS.
O que faz o Itaú? Marca para o funcionário passar no médico do trabalho da empresa.  í, o médico diz: você não vai ficar afastado 60 dias, você tem só gastrite…vai  cuidar da sua gastrite. Afastamento de cinco dias resolve o teu problema.
Isso é a revalidação do atestado médico, uma coisa que o Itaú tem feito muito aqui em São Paulo.
Viomundo – E aí o que acontece?
Juvandia Moreira – Como o funcionário não vai para o INSS, o caso não caracteriza possível adoecimento decorrente do trabalho. Com isso, o Itaú subnotifica os números dos seus adoecimentos.
Viomundo – Por quê?
Juvandia Moreira – Normalmente é para diminuir o tempo de afastamento, para que não seja superior a 15 dias, pois, aí, o caso tem de ser notificado ao INSS.
O INSS tem uma classificação sobre o grau de risco no ambiente de trabalho. Os bancos em geral têm grau 3. É o máximo de risco.
Pois bem, dependendo do número adoecimentos a empresa, aumenta a porcentagem de imposto que ela terá de pagar sobre a sua folha de pagamento. Esse imposto chama-se Seguro Acidente de Trabalho (SAT).
Viomundo — O imposto é proporcional ao número de pessoas afastadas por doenças relacionadas ao trabalho?
Juvandia Moreira — Sim. A alíquota de 1% é quando a atividade do setor é considerada de risco leve, 2% de risco médio e 3% quando o setor apresenta risco grave.
Isso depende do risco associado àatividade preponderante da empresa. No caso do Itaú a alíquota é de 3%, pois o risco dos bancos é considerado grave.
Viomundo – Em termos de dinheiro, quanto representa?
Juvandia Moreira — O banco não disponibiliza essa informação, mas com base nas despesas com remuneração de pessoal estima-se que o gasto em 2013 tenha sido da ordem de R$ 195,4 milhões.
Viomundo – Ou seja, o Itaú subnotifica as doenças do trabalho. Mesmo escondendo a realidade, ele tem risco 3?
Juvandia Moreira — É. Por isso mesmo eles escondem os números de adoecimentos. Nós queremos que o Itaú pare de revalidar o atestado médico. Para a Febraban, a função do médico do trabalho é fazer isso. Nós achamos que não.
Primeiro, o Código de Ética Médica proíbe que o médico revalide um atestado de outro médico.
Segundo, a função do médico do trabalho não é revalidar atestado de outro médico.  Ele tem de estar preocupado em verificar se aquele ambiente de trabalho está causando adoecimentos ou não. Se estiver, ele tem de propor mudanças.
Terceiro, a própria legislação diz que a função do médico do trabalho é preventiva. Ou seja, principalmente acompanhar os exames periódicos e detectar onde estão os problemas que podem gerar doenças  na empresa e orientá-la nas mudanças.
Não é o que nós temos visto nos bancários em geral. Muito pelo contrário. Nós temos visto eles não darem o afastamento, diminuírem para menos de 15 dias, mudarem o CID [Código Internacional de Doenças], de forma a que o problema não se relacione a uma doença do trabalho.
Em vez de adotar políticas que melhorem o ambiente de trabalho e, assim, reduzir os adoecimentos, eles querem reduzir o risco nos bancos, escondendo as doenças.
Viomundo –  Por quê?
Juvandia Moreira – Apenas com a intenção de reduzir o [pagamento do] SAT.  Se a  empresa é responsável, o que ele faz? Melhora o ambiente de trabalho e não esconde os adoecimentos. Esconder adoecimentos não é atitude de empresa responsável.
 Viomundo – Na sua opinião, o que o Itaú deveria fazer?
Juvandia Moreira – Deveria ser mais responsável com os seus trabalhadores, assim como com a sociedade em geral.
Com os seus funcionários, melhorando a gestão dos processos. Por exemplo: adotando metas exequíveis, humanas, de trabalho; não escondendo o adoecimento dos seus funcionários do INSS.
Com a sociedade, praticando tarifas e taxas de juros mais plausíveis.
Apenas com os ganhos de tarifas e prestação de serviços —  não é a sua principal conta – o Itaú cobre a sua folha de pagamentos e sobra. Na verdade, essas receitas pagam uma folha e meia do Itaú.
Não estou falando da intermediação financeira, que são os juros. Repito: a taxa de juros do cheque especial do Itaú é estratosférica. Está em 172,39% ao ano! Absurdo total.
Só sendo mais responsável com os seus trabalhadores e a sociedade o Itaú será realmente sustentável, concordam?
 Balanços dos cinco maiores bancos atuando no Brasil: 1º semestre de 2014
     Fonte: Sindicato dos Bancários de SP, Osasco e Região
Bancos - Balanço 1º semestre de 2014

Dilma convoca população para a reforma política!



 

 Seca provoca corrida por poços artesianos no interior de São Paulo

LUCAS SAMPAIO
DE DE CAMPINAS

Com mais de 2 milhões de pessoas sob racionamento oficial e rios cada vez mais secos, o interior de São Paulo vive agora uma corrida por poços artesianos –que começa a alcançar também a região metropolitana.
Os poços são uma alternativa viável de abastecimento de água, segundo especialistas consultados pela Folha, mas a expansão enfrenta dificuldades, como alto custo, excesso de demanda e lentidão na análise de licenças.
A procura pelo serviço aumentou, segundo as empresas do setor, e a espera para perfurar um poço pode chegar a 45 dias.
"Tenho programação de obras até outubro", diz Hailton Bassan, gerente da Guirado & Guirado, de Indaiatuba (a 98 km de São Paulo).
O número de licenças de perfuração concedidas aumentou 83% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2013, segundo o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), órgão estadual que analisa os pedidos. Foram 178 contra 326 concessões emitidas no Estado.

Adriano Vizoni/Folhapress


Condomínio em Vargem Grande Paulista investiu na instalação de poço artesiano para driblar escassez
Um poço não custa menos de R$ 20 mil. As empresas também não garantem que haverá água nem que será de boa qualidade, e dizem que a licença pode demorar até um ano para sair. Apesar de tudo isso, a procura cresce.
"O desespero é grande, o pessoal está querendo fazer poço até em casa", afirma Éverton Antunes, da Prosondas, de Indaiatuba. "Temos recebido muitas ligações de Guarulhos, Itu e Valinhos, cidades que mais têm sofrido com o racionamento", diz.
As águas subterrâneas são utilizadas no abastecimento público em cerca de 75% dos municípios do Estado, principalmente na área do aquífero Guarani (reservatório subterrâneo do Estado), que abrange as regiões de Presidente Prudente, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto. São 26.462 poços no Estado, segundo o Daee, dos quais 2.701 estão na capital (8%).
Nas regiões de São Paulo e Campinas, as mais afetadas pela falta de chuva e pela crise do sistema Cantareira, há pouca água subterrânea, por isso quase todo o abastecimento público provém de águas superficiais (rios e mananciais). As subterrâneas (poços) são exploradas em caso de necessidade.
Mesmo assim, estima-se que sejam retirados cerca de 10 m³/s de água do solo na Grande São Paulo, metade do que é enviado para a região metropolitana pelo Cantareira hoje. Isso torna os poços artesianos a quarta maior fonte de água da região, atrás de três represas.
"Em condições normais, nosso maior cliente é o industrial. Hoje, a procura está em todos os segmentos", diz Fernando Daleffe, da Edisonda, de Campinas. "Muitos condomínios, de casas ou apartamentos, têm nos procurado."
CONDOMÍNIO
Rodrigo Krisciunas está construindo um condomínio de dez casas em Vargem Grande Paulista (a 44 km da capital) e optou por fazer um poço artesiano em vez de ligar o empreendimento à rede de água da Sabesp.
"Os condomínios têm de se virar. Se for esperar o governo, falta água", afirma ele, que gastou R$ 60 mil na obra.
Ricardo Hirata, especialista da USP em águas subterrâneas, estima que existam 12 mil poços artesianos hoje na Grande São Paulo, dos quais 3.000 ou 4.000 são legalizados. Mais 800, afirma, deverão entrar em funcionamento entre o começo deste ano e o fim do próximo.
"Vai ter uma corrida aos poços, disso eu não tenho dúvida", diz Júlio Cerqueira Cesar Neto, ex-diretor de planejamento do Daee.
fonte:folha de sao paulo. OBS: A FOTO DO ALCKMIN NAO EXISTE NA MATERIA, ELA NAO FARIA ISSO.