Padilha ao 247: "Mais Médicos irá a 46 milhões"
Escalado pela presidente Dilma para liderar a assistência às populações mais atingidas pelas enchentes de verão, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, falou com exclusividade ao 247, nesta quinta-feira: "A situação no Espírito Santo é dramática e as pessoas precisam deixar suas casas"; segundo ele, há alertas de novas chuvas, que podem atingir também o Rio de Janeiro; em relação ao Mais Médicos, o ministro promete 13 mil profissionais até março, que atenderão a uma população de 46 milhões de brasileiros; no entanto, ele deve deixar o governo antes disso, para mergulhar na disputa ao governo paulistaNo Espírito Santo, 50 mil pessoas estão fora de suas casas – 5 mil em ginásios ou outros espaços públicos e 45 mil em casas de parentes e amigos. "Os que ainda não saíram de seus lares precisam deixar o apego de lado e sair", afirma. Segundo o ministro, nos próximos dias, haverá chuvas fortes, que também podem atingir o Rio de Janeiro.
Até agora, já foram enviados membros da Força Aérea Brasileira para as regiões atingidas e a Força Nacional do SUS (Sistema Único de Saúde) tem coordenado o envio de medicamentos (leia mais aqui).
A correria de Padilha também tem outro motivo. Até o fim de janeiro, ele deve deixar o Ministério da Saúde para mergulhar de cabeça na candidatura ao governo de São Paulo. Aos aliados, ele tem dito que é preciso "virar a chave".
A principal bandeira do ministro será o Mais Médicos, que foi tema do balanço de fim de ano da presidente Dilma. Hoje, 6.658 profissionais atuam no programa, atendendo a uma população potencial de 23 milhões de brasileiros, antes desassistidos ou mal assistidos, em 2.177 municípios e até em distritos indígenas. "Até março, serão 13 mil médicos, cobrindo uma população de 46 milhões de brasileiros", adianta o ministro.
Padilha afirma que a rapidez na execução do programa, que começou a ser implementado, na prática, depois das manifestações de junho deste ano, é fruto de um extenso planejamento. "O Mais Médicos foi idealizado no começo do governo Dilma e foi sendo dimensionado a partir das demandas dos prefeitos de várias regiões do País e de todos os partidos".
O número de 13 mil médicos, diz ele, é fruto desse trabalho. "Com essa quantidade de profissionais serão atendidas as demandas de todos os prefeitos que apontaram necessidade de mais médicos em seus municípios", diz. Sobre a velocidade de implantação, até agora sem anormalidades, Padilha coloca seu argumento. "Nós temos pressa porque a população tem pressa", afirma. "Não é mais aceitável chegar a um posto de saúde e ter que voltar dias depois por falta de médicos."
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