Aécio e
Andréa Neves determinam nova devassa no Novojornal
Utilizando a máquina policial e
fiscal do Estado e a cumplicidade de alguns integrantes do MPMG e do TJMG
irmãos Neves tentam vingança
Por Marco
Aurélio Carone
Como dito
em outras reportagens, fazer jornalismo em Minas Gerais transformou-se em
atividade de alto risco, principalmente se a proposta é uma linha editorial
independente, não se sujeitando às determinações da censora oficial Andréa
Neves.
Em 2008,
o Novojornal foi empastelado por forças da Polícia Militar, por
determinação do então Procurador Geral, Jarbas Soares, a serviço de Andréa
Neves, comandada pela promotora Wanessa Fusco dirigente da recém criada
Promotoria de Crimes Cibernéticos.
De posse
de uma medida cautelar concedida pela Juíza da Vara de Inquéritos de Belo
Horizonte, apreendeu todos os equipamentos da redação, arquivos contábeis e os
servidores do portal jornalístico, tornando-o indisponível na internet com a
terminação .com.br.
Quatro
anos depois, o TJMG reconheceu o crime cometido contra o portal jornalístico e
condenou o MPMG a devolver os equipamentos apreendidos, assim como liberar o
acesso ao .com.br. O que até hoje não foi obedecido. No acórdão, os
desembargadores relataram a violência e o absurdo praticado contra o Novojornal.
Insatisfeitos
com a perda no TJMG e diante da intransigente prática de liberdade de imprensa
exercida pelo Novojornal − mostrar ao país o que realmente ocorreu e
ocorre em Minas Gerais − Andréa e Aécio Neves deram início a um projeto de
vingança, no intuito de desmoralizar e fechar o Novojornal.
Eles
utilizaram um novo inquérito, desta vez na Delegacia de Crimes Cibernéticos da
Polícia Civil, subordinada ao delegado Marcio Naback. Esse já é conhecido por
sua atividade criminosa em forjar provas e desaparecer com processos e
documentos a serviço dos Neves e da conhecida “Gangue dos Castros”.
Neste
processo depuseram o Procurador de Justiça, Jarbas Soares; o prefeito de BH,
Márcio Lacerda; o Secretário do Governo Estadual, Danilo de Castro; o
Desembargador José do Carmo e o Juiz Christiano de Oliveira Cesarino. Todos
relataram fatos que já se encontram sendo analisados pelo Poder Judiciário e na
grande maioria já julgados de maneira favorável ao Novojornal.
Porém,
como agora ficou provado o objetivo do inquérito não era analisar possíveis
crimes de calúnia, injúria e difamação. E sim, servir de pretexto, para
solicitar na já conhecida Vara de Inquérito outra medida cautelar, desta vez
para quebra do sigilo, telefônico, fiscal, bancário, contábil e de e-mails,
objetivando promover uma devassa contra o Novojornal e seu diretor
responsável.
Segundo o
delegado Pedro Paulo Uchoa Fonseca Marques, o objetivo do procedimento havia
passado de calúnia à investigação de possível prática de extorsão. Durante o
depoimento prestado pelo representante legal da empresa Nova Opção, pessoa
jurídica que edita o Novojornal, na presença do advogado Dr. Dino
Miraglia o delegado informou:
“Nada foi
encontrado a respeito de extorsão, nas gravações apareceram foram denúncias de
práticas criminosas do delegado Marcio Naback em relação aos crimes ocorridos
em Ipatinga por este motivo estarei enviando a questão para a corregedoria e
Delegacia de Homicídios”.
É
evidente que não era este o verdadeiro intuito das escutas telefônicas. Elas
visavam ter acesso às fontes do Novojornal, o que se tornou inviável
diante da maneira tradicional do diretor responsável do portal em contatar suas
fontes. Porém, diante de mais esta derrota, partiram em busca de novas
acusações e investigações. Quem estaria financiando o Novojornal?
Durante
dias, permaneceram no mais completo sigilo dentro da empresa de contabilidade
que atende o Novojornal, constrangendo e causando medo nos profissionais
ao fazer minucioso levantamento em busca desta resposta. Novamente as ações
foram infrutíferas, pois, todas as movimentações financeiras do Novojornal
estavam rigorosamente contabilizadas.
Além da
pouca publicidade em função da atitude de Andréa Neves ligar pessoalmente para
os anunciantes, informando que eles estariam patrocinando um jornal contra o
Governo de Minas, a origem dos recursos que mantiveram os principais investimentos
do Novojornal nos últimos cinco anos eram provenientes de contratos de
empréstimos conhecidos como “mútuo”, de sua antiga sócia para sociedade.
Recursos estes obtidos da venda de patrimônio que lhe havia sido doado por seu
pai.
Gerentes
dos bancos foram assustados, funcionários do Novojornal foram
constrangidos e ameaçados − alguns chegando a pedir demissão por medo −
prestadores de serviços foram literalmente subornados em busca de alguma
informação que pudesse criminalizar a atividade do Novojornal.
Na
delegacia, o diretor responsável do Novojornal, ciente de que se tratava
apenas de mais uma armação optou por só falar em juízo.
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