quarta-feira, 18 de dezembro de 2013


Grippen: Brasil opta pela transferência de tecnologia

18 de dezembro de 2013 | 21:05 Autor: Fernando Brito
grippen
À parte as considerações sobre a economia – tanto no preço de compra quanto na manutenção e vôos de treinamento e vigilância – a escolha dos caças suecos Grippen NG foi, ao que tudo indica, determinada pelos compromissos assumidos com a transferência de tecnologia e abertura dos códigos-fonte dos sistemas de aviônicos e armas embarcados no aparelho, que ainda está em fase de desenvolvimento, sendo uma versão superior ao  que já opera em diversas forças aéreas.
O fato de os suecos abrirem o processo de desenvolvimento dos caças ao Brasil é outro fator que certamente pesou muito, pela possibilidade de versões mais adequadas às necessidades brasileiras: alcance de vôo em condições de combate e capacidade de operar em pistas curtas e improvisadas em estradas, facilitando a dispersão da frota em caso de ataque.
O fato de que os suecos dependem dos EUA para a motorização dos caças não parece ser tão relevante quanto uma dependência tecnológica, concentrada hoje nos sistemas de detecção e armamento. A França, depois do episódio da NSA, acabou por mostrar até onde vai seu alinhamento com os americanos, o que significaria, também, um risco.
E foi, afinal, a escolha técnica da Aeronáutica.
O importante é que o Brasil se equipe o quanto antes para sua defesa aérea, que inclui agora os cobiçadíssimos campos de petróleo.
A configuração do nosso poder aéreo é eminentemente defensiva e nosso poder de ataque deve, basicamente, ser capaz de constituir dissuasão para a aproximação de embarcações porta-mísseis. Combate ar-ar é restrito à aviação naval eventualmente embarcada em frotas agressoras.
Junto com uma aviação de caça ligeira, o essencial é associa-la a uma força de submarinos capaz de criar dificuldades para uma ameaça aérea e balística naval ao nosso território.
E esse processo, tão atrasado, não podia mais ficar esperando.

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