Abril perde o pudor e prega vaia contra cubanos
Num texto antológico, pelo que tem de pior e mais asqueroso, a retrospectiva de Veja sobre o ano de 2013 defende a agressão que médicos cearenses cometeram contra profissionais cubanos; "Vaias contra a empulhação" é o título do artigo, que compara os médicos cubanos a escravos e questiona a capacidade desses profissionais, cujo trabalho vem sendo reconhecido e aplaudido pela população brasileira; ao revelar sua verdadeira face, Veja já sinaliza que irá jogar pesado contra a candidatura de Alexandre Padilha, em São Paulo, e fará o possível e o impossível para reeleger Geraldo AlckminA vergonha produzida pela imagem foi tão intensa que até mesmo os mais hidrófobos representantes da direita brasileira recolheram as armas. Quando as primeiras pesquisas sinalizaram amplo apoio da população brasileira ao Mais Médicos, candidatos de oposição também passaram a defender o programa.
No entanto, em sua retrospectiva de 2013, Veja publicou um texto antológico, pelo que tem de mais asqueroso, e que revela sua verdadeira face. Na prática, a publicação da Editora Abril defende as vaias aos cubanos e sinaliza que fará o possível e o impossível para impedir que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, se eleja governador de São Paulo, encerrando um ciclo de vinte anos do PSDB no poder.
Eis o texto de Veja, chamado "Vaias para a empulhação":
"Em
Cuba, para combater a última epidemia de cólera, o governo mandou dar à
população gotas de um remédio homeopático. Como se sabe, diversos países
erradicaram a cólera no século XIX melhorando suas condições de
saneamento básico. Mas para que investir em tratamento de água e redes
de esgoto quando se podem receitar umas gotinhas, não é mesmo? O
programa Mais Médicos, do governo brasileiro, trouxe de Cuba não apenas
profissionais explorados, vigiados e mal pagos – importou também a
lógica da empulhação castrista. É mais simples, afinal, lotar o interior
do país de cabos eleitorais do governo, ops, profissionais treinados
pelo estado amigo de Cuba, do que resolver o problema da falta de
estrutura da saúde em lugares que nunca viram um aparelho de ultrassom e
em cujos prontos-socorros falta até dipirona. Essa deficiência
sistêmica, contra a qual se insurgem profissionais brasileiros,
certamente não será uma questão para os forçosamente dóceis médicos
cubanos. E é o escamoteamento desse problema – e suas consequências para
o agravemento da saúde no Brasil – que está na origem das vaias que
recebeu de colegas brasileiros o cubano Juan Delgado (em Fortaleza).
Como os demais profissionais importados da ilha de Fidel, ele repassa ao
governo de seu país a maior parte dos 10 000 reais que recebe, é
monitorado por espiões e obrigado a viver longe da família para quem nem
pense em desertar. Tudo isso afronta as leis brasileiras, para não
falar dos direitos elementares de qualquer cidadão livre. Mas, como sabe
o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, idealizador do programa e
candidato ao governo de São Paulo em 2014, quem ousaria ser a favor de
menos médicos?"
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