Energia cara na conta de Alckmin
Governador paulista recusa renovação de concessões, que poderia reduzir as tarifas de energia em 20%. Sem a Cesp, presidente Dilma não atinge meta do plano; ontem, ações da companhia subiram 8,9%. Já as da Eletrobras caíram quase à metade desde que concordou com a adesãoConforme o plano da presidente Dilma, que já retirou encargos federais da conta de luz, empresas do setor devem baixar seus custos em troca de renovar as concessões que terminariam nos próximos anos.
Na Eletrobras, empresa na qual a União detém 52% das ações, 95,06% dos votantes foram favoráveis à adesão às novas regras propostas pelo governo.
A Cteep recomendou a prorrogação da renovação de seus contratos em acordo com as normas estabelecidas pela MP 579. A mudança de posição da empresa foi uma vitória do governo, já que em novembro o mesmo Conselho de Administração havia recomendado aos acionistas a não adesão ao pacote elétrico do governo.
No entanto, sem a Cesp, diretamente ligada ao governo de São Paulo, de Geraldo Alckmin, e ao PSDB, a previsão de analistas é que a redução de tarifa não passe de 18%. “Os cálculos apresentados têm falhas gritantes. A proposta do governo federal foi insuficiente para atender às necessidades da companhia”, disse o presidente da Cesp, Mauro Arce. A empresa, segundo o executivo, garantirá o fluxo de caixa nos níveis atuais até o vencimento dos contratos vigentes.
Após a decisão, as ações da Cesp, que haviam caído 37% desde o plano de corte de tarifas, subiram 8,9%. As ações da Eletrobras já caíram quase à metade desde o anúncio pela MP e ficaram estáveis.
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