Senador Eunício, que teve fazenda invadida, diz que terra é produtiva
A assessoria do senador e
candidato ao governo do Ceará, Eunício Oliveira (PMDB), confirmou que a
fazenda ocupada por trabalhadores sem-terra pertence ao parlamentar;
segundo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), cerca de 3
mil famílias ocuparam a área de 20 mil hectares na maior ocupação feita
em Goiás nos últimos dez anos; em nota, a equipe de Oliveira garante
que a propriedade rural, localizada entre as cidades goianas de Alexânia
e Corumbá, é produtiva e opera há mais de 25 anos em uma região livre
de conflitos agrários
Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil
A assessoria do senador e candidato ao governo do Ceará, Eunício Oliveira (PMDB), confirmou que a fazenda ocupada por
trabalhadores sem-terra, na madrugada de hoje (31), pertence ao
parlamentar. Segundo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST), cerca de 3 mil famílias ocuparam a área de 20 mil hectares
(segundo o MST). De acordo com o movimento, é a maior ocupação feita em
Goiás nos últimos dez anos. Um hectare corresponde aproximadamente às
medidas de um campo de futebol oficial.
Em nota, a equipe de Oliveira garante que a propriedade rural,
localizada entre as cidades goianas de Alexânia e Corumbá, é produtiva e
opera há mais de 25 anos em uma região livre de conflitos agrários.
Assegura também que a Fazenda Santa Mônica cumpre todas as normas da
legislação tributária, trabalhista e ambiental, razão pela qual o grupo
classifica a ação do MST como “um ato surpreendente”.
“Confiamos na atuação das autoridades, em todas as esferas de
responsabilidade, no sentido de, o mais rápido possível, apresentarem
soluções pacíficas para o caso”, acrescenta a nota. Assessores do
senador informaram à reportagem que um representante legal da
Agropecuária Santa Mônica está se deslocando para o local.Segundo o MST, a ocupação visa a alertar a sociedade para o fato de que a maior parte dos deputados e senadores da atual legislatura representa os interesses dos grandes produtores rurais, em detrimento dos produtores familiares e trabalhadores do campo, de onde famílias são expulsas pela especulação fundiária.
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