Este homem merece mais um mandato em São Paulo?
Pinheirinho, agressões a professores, estudantes e, agora, a manifestantes que protestam contra aumentos de ônibus, assim como a jornalistas que faziam o seu trabalho; esse tem sido o histórico repressivo da Polícia Militar de São Paulo que, ao mesmo tempo, tem-se mostrado incapaz de conter a escalada do crime; para o governador, tudo bem: "Temos a melhor polícia do Brasil"; mas será que o povo de São Paulo tem um governador à altura dos desafios que o estado enfrenta?
Em 2014, um dos pontos centrais para o julgamento de sua gestão, será a eficácia da área da segurança pública. Até agora, a Polícia Militar de São Paulo tem-se mostrado corajosa e agressiva para enfrentar cidadãos, mas incapaz de combater o crescente problema da criminalidade. Para recordar atos repressivos recentes, basta citar casos como a desocupação do Pinheirinho, a prisão de estudantes da USP, as agressões a professores em greve e, agora, a violenta e absolutamente desproporcional reação a um protesto que reclama contra o aumento das tarifas de ônibus. Na última quinta-feira, mais de 200 pessoas foram presas, dezenas ficaram feridos e 15 jornalistas foram agredidos enquanto realizavam seu trabalho - um repórter fotográfico, Sérgio Silva, da Futura Press, corre o risco de ficar cego.
Qual foi a resposta de Geraldo Alckmin? "Temos a melhor polícia do Brasil". Além disso, ele afirma que os protestos são de "natureza política" - o que não encontra amparo nos fatos, uma vez que uma pesquisa Datafolha, publicada hoje, aponta a avaliação do transporte público em São Paulo como a pior de todos os tempos.
Além disso, a "melhor polícia do Brasil", não tem sido capaz de conter a escalada da violência nem a percepção de insegurança por parte da população. No primeiro trimestre deste ano, houve 86.860 crimes violentos no Estado e os números não param de crescer desde 2010, quando Alckmin foi eleito. No primeiro trimestre daquele ano, houve 78.003 ocorrências, seguidas de 78.611 no ano seguinte e de 84.592 nos primeiros três meses de 2012. Neste ano, o salto foi de 10% e nada indica que a política de segurança do governo Alckmin esteja contribuindo para melhorar as estatísticas da violência.
Falha no combate ao crime, a polícia paulista também protagoniza cenas como as que foram vistas no mundo inteiro nos últimos dias. Spray de pimenta e balas de borracha atiradas contra manifestantes que, em sua grande maioria, tentavam protestar pacificamente contra uma causa que é justa. Afinal, o transporte público, que também é responsabilidade parcial do estado, envergonha o país.
Alckmin não vê nada de errado. Mas em 2014 será julgado por seus atos, suas palavras e, sobretudo, seus resultados.
FONTE: BRASIL 24/7
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