sábado, 11 de outubro de 2014

PARA ARMÍNIO, MINAS NÃO MERECIA INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS

Por: Equipe Dilma Rousseff - - Atualizado em 11/10/2014 - 02h08
Armínio Fraga, o banqueiro que o ex-governador de Minas Gerais e candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, gostaria de ter como seu homem forte da economia se vencesse as eleições, declarou que os investidores estrangeiros não deveriam levar dinheiro para Minas. Foi no dia 1º de outubro de 1999. Armínio foi a Nova York, se reuniu com investidores e desaconselhou investimentos em Minas.

Ele estava irritado porque o governador de Minas, Itamar Franco, havia conseguido barrar um acordo que entregava o controle da Cemig, a empresa de energia elétrica de Minas, a sócios americanos. Na época, o governo tucano vendeu à empresa Southern Electric 32% das ações da Cemig, uma das mais importantes empresas do setor no Brasil, pelo preço mínimo de R$ 1,1 milhão. Eleito governador, Itamar considerou a venda lesiva aos interesses de Minas e barrou na Justiça o acordo que dava o controle da Cemig aos sócios privados.

Irritado com a defesa que Itamar fez dos interesses do Estado, Armínio foi a Nova York pedir que os estrangeiros não investissem mais em Minas. Sua atitude foi amplamente criticada no Brasil.

"O senhor Armínio Fraga ainda não se deu conta de que não pode pretender representar no Brasil os interesses financeiros que tantos lucros lhe renderam ao longo de sua vida de banqueiro no exterior", disse Itamar Franco em nota à imprensa. Ele se referia ao fato de Armínio ter sido um dos homens fortes do especulador George Soros, em Nova York.

A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) classificou as declaracoes de Armínio de "absurdas, infelizes e despropositadas". O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) repudiou "com veemência" a posição de Armínio.

A questao que fica agora é como o eleitor pode acreditar que alguém que desejou o pior para Minas Gerais e defendeu interesses de empresas americanas pode falar em desenvolvimento para o Estado e para o Brasil?

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