quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Minas de Aécio tem dívida recorde e queda na competitividade. Cadê o choque de gestão?

As contas que passaram pelo choque de gestão de Aécio Neves e Antonio Anastasia em Minas Gerais tiveram resultados negativos para o estado. Embora Aécio diga por aí que o modelo deu certo e que, se eleito, vai implementá-lo em todo o Brasil, os índices de Minas Gerais,ao final de uma década de governos tucanos, apontam para a direção contrária.
Nos 10 anos de governo do PSDB em Minas (2003-2013), enquanto o PIB brasileiro teve uma média de crescimento de 3,8% a.a., o PIB do estado cresceu (link is external) menos:  3,29% a.a (link is external). Ao se analisar apenas o governo de Aécio (2003-2010), enquanto o Brasil crescia a 4,03% a.a., Minas crescia (link is external) a 3,8% a.a., o que fez com que o estado caísse da 9ª para a 12ª posição entre as unidades da federação.
 Minas Gerais tem a 2ª maior dívida entre os estados brasileiros (link is external), com um crescimento real de 14% (link is external)  nos anos do governo Aécio Neves. Além disso, com os governos tucanos, Minas perdeu sua competitividade econômica, ou seja, a sua capacidade de se posicionar no mercado em diversas frentes. O Ranking Brasileiro de Competitividade elaborado pela The Economist mostra que o estado caiu 3 posições (link is external), passando do 3º para o 6º lugar no período entre 2011 e 2013, quando era governado por Anastasia (que abandonou o posto de governador em abril deste ano para ser um dos coordenadores da campanha de Aécio).
E como isso tudo tem um resultado (negativo) direto na vida das pessoas, o serviço de fornecimento de energia, por exemplo, sofreu os impatos da gestão tucana. A Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) presta um dos piores serviços à população, conforme atesta o ranking da Aneel, e pratica tarifas que não se encontram entre as mais baratas do Brasil.  Ainda no começo deste ano, ao pedir um reajuste de 29,74% nas tarifas de energia, a Cemig veiculou uma propaganda enganosa na televisão (link is external) colocando a culpa do aumento no governo federal e foi desmentida pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). O caso teve grande repercussão negativa para a companhia mineira, que foi acusada de fazer a ação para favorecer a campanha dos tucanos em Minas Gerais. A Aneel explicou que autorizou um aumento máximo de 14,24%, sendo que a Cemig poderia aplicar um reajuste menor.
Tudo isso fez com que a Cemig ficasse em 25º lugar, dentre 35 distribuidoras de grande porte, no ranking feito pela Aneel em 2013 para medir a qualidade do serviço prestado em 2012, ano em que o fornecimento de energia da companhia foi interrompido por 14 horas e 42 minutos (link is external), duas horas e sete minutos a mais do que o limite máximo estabelecido pela Aneel.
Como já mostramos aqui, o choque de gestão de Aécio também teve impactos negativos em outras áreas de Minas Gerais. Esse legado nada positivo dos tucanos em Minas Gerais fez com o que o estado desse uma votação expressiva para o PT no primeiro turno das eleições. O fato de o tucano Aécio Neves ter perdido em seu próprio colégio eleitoral mostra que a Minas vitrine que eles mostram como sucesso do choque de gestão tem muito a esconder da herança  deixada pelos governos tucanos no estado. Esse tipo de gestão não serve de modelo para ser exportado para o resto de Brasil. Quem já conquistou muito não quer voltar ao passado.

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