sábado, 17 de maio de 2014

 

No Encontro de Blogueir@s: Se ressuscitam “negócio morto”, tucanos deveriam ter se antecipado à crise da água, diz Lula

publicado em 16 de maio de 2014 às 10:50
Fotos Mohamad Hanjoura
Da Redação, texto revisado para acréscimos:
Falando a blogueiros e ativistas digitais hoje, em São Paulo, o ex-presidente Lula disse que é preciso mostrar aos jovens o que era o Brasil “no mar de rosa dos tucanos”. Segundo ele, boa parte da juventude desconhece as mudanças que aconteceram no Brasil desde quando ele assumiu o Planalto, em 2002.
Afirmou estar preocupado com a negação da política, dizendo que nenhum país do mundo melhorou depois disso. “Negação da política leva a Mussolini ou a golpe militar, como aconteceu no Brasil”, afirmou.
Lula citou vários números sobre crescimento econômico, criação de empregos e obras realizadas durante os governos dele e de Dilma Rousseff para compará-los com o que foi feito anteriormente. Deixou claro que as comparações serão o mote de sua participação na campanha de 2014.
O ex-presidente criticou a falta de água em São Paulo.
“A questão da Cantareira. Ah, se fosse da sua responsabilidade, Haddad… o que teria acontecido com você? Inauguraram um negócio chamado volume morto. Se eles têm capacidade de ressuscitar um negócio morto, por que não fizeram antes?”, afirmou diante do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
É uma referência ao uso do chamado “volume morto” dos reservatórios para evitar um racionamento na cidade.
“Será que ninguém pensou em fazer mais um poço?”, disse. “Será que pensam que nordestino que vem morar em São Paulo não bebe água?”, brincou.
Lula afirmou que a falta de planejamento demonstrada pelo governador paulista Geraldo Alckmin, que resultou na crise do fornecimento de água vivida em São Paulo, é parte do “choque de gestão” tucano.
Presente ao encontro estava o candidato do PT ao governo paulista, o ex-ministro Alexandre Padilha.
“Vamos ouvir muito falar de ‘choque de gestão’ nesta campanha. Significa redução de salário e desemprego”, atacou Lula.
O ex-presidente prometeu aos presentes se engajar na batalha pela regulamentação da mídia eletrônica, nos moldes do que acontece em outros países ocidentais, como a Grã Bretanha, com o objetivo de combater a concentração, garantir mais ampla liberdade de expressão e limitar a propriedade cruzada.
Sobre a Copa do Mundo, disse que não faz cálculos econômicos. Acredita ser uma oportunidade extraordinária para o Brasil mostrar seu rosto ao mundo. Defendeu o direito às manifestações e reiterou que é contra uma lei antiterrorismo ou que limite o uso de máscaras. “Esconder pobre está fora de qualquer cogitação”, afirmou, em referência à tradicional maquiagem que acompanha os megaeventos.
PS do Viomundo: A este respeito, como dissemos ontem em um debate televisivo na TV Brasil, o Brasil não é a Alemanha e não tem nenhuma obrigação germânica na Copa.

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