domingo, 19 de janeiro de 2014

Telebras e IslaLink formam parceria para cabo submarino Brasil-Europa

15 de janeiro de 2014
Caio e ZioberA Telebras vai constituir uma empresa com o objetivo de construir e operar o Cabo Submarino Brasil-Europa: a JVCo (Joint-Venture Company) será uma empresa brasileira, com participação acionária de 35% da Telebras + 20% de fundos de investimentos + 45% da IslaLink Submarine Cables. A autorização para assinatura de um pré-acordo de acionistas foi dada na terça-feira (14) pelo Conselho de Administração da Telebras.
A previsão de investimentos no projeto é de US$ 185 milhões. Os acertos para a abertura da joint-venture já começaram e a Telebras espera concluir essa etapa até junho, iniciando as operações já no segundo semestre deste ano. A previsão é de que o cabo entre em operação 18 meses após o início das obras, informou o presidente da Telebras, Francisco Ziober Filho, durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (15) para divulgar as ações da empresa para 2014. A entrevista serviu também para o ex-presidente Caio Bonilha explicar a sua decisão de deixar a empresa, conforme carta de renúncia do cargo, por motivos pessoais, apresentada ontem ao Conselho de Administração.
Bonilha explicou que além desse cabo a ser construído em parceria com a IslaLink, empresa que tem larga experiência na área, inclusive com diversos cabos na Europa, a Telebras também tem uma parceria com a Angola Cable, na construção de um cabo interligando aquele país africano. “Nossa participação nesse projeto da Angola Cable é ceder um ponto de aterragem para o cabo que eles estão construindo até os Estados Unidos, com passagem pelo Brasil. O ponto de aterragem será em Fortaleza”, informou.
Atualmente, há cinco cabos submarinos ligando o Brasil e o exterior, sendo que quatro deles vão para os Estados Unidos e apenas um para a Europa.
Em seu balanço de gestão, Caio Bonilha explicou que decidiu antecipar a sua saída da empresa – ele tinha mandato até abril de 2015 – por entender que a Telebras entrou em um novo ciclo de funcionamento, agora voltada para atender as redes de governo, com mais segurança, investindo na construção de redes de fibra óptica metropolitanas, além de se dedicar à conclusão de outros projetos que já iniciou, como a compra do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação Estratégica (SGDC) e também à ampliação do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) aos municípios mais distantes e isolados do País.
Desde a sua reativação, em 2010, a Telebras construiu uma rede de fibra óptica de alta qualidade e segurança de 25 mil km, interligando todas as regiões brasileiras. As obras agora estão na conclusão do anel óptico que vai atender a FIFA para transmissão de vídeos de alta definição (HDTV) dos jogos da Copa do Mundo de 2014. E também estender a rede de fibra óptica para atender ao PNBL no interior do Nordeste e da Amazônia.
Acordo com a Silica Networks Argentina e a Silica Networks Chile
A Telebras também celebrou memorando de entendimento com as empresas Silica Networks Argentinan S.A. e Silica Networks Chile S.A. para estabelecer parceria para construir, operar e manter uma rede de fibra ótica para estabelecer uma conexão entre o Brasil, na cidade de Uruguaiana (RS), e a Argentina, na cidade de Paso de Los Libres, província de Corrientes, com ligação direta ao Chile, o que possibilitará à Telebras o acesso às redes na costa do Pacífico.
Silica Networks Argentina e Silica Networks Chile são detentoras de redes de fibras ópticas com backbones de alta capacidade que interligam as cidades de Santiago do Chile, Mendoza, Cordoba, Rosario, Buenos Aires, Bahía Blanca, Neuquen, Bariloche, Osorno e Paso de Los Libres.
fonte:telebras

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