segunda-feira, 22 de abril de 2013



Em Washington, Lula diz que desenvolvimento da África é parte da solução para a crise mundial



  • Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
  • Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
O desenvolvimento do continente africano, com mais infra-estrutura, distribuição de renda e inclusão social deve ser visto como uma das portas de saída para a crise mundial. Foi o que disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o jantar anual da Africare, em Washington, neste sábado (20). Lula lembrou que atualmente cerca de um bilhão de pessoas vivem no continente, 300 milhões delas em situação de insegurança alimentar. Há mais uma década, o continente cresce a uma taxa média de 6% ao ano, o que atrai investidores do mundo todo. Mas mesmo assim o continente segue enfrentando antigos problemas. “Acredito que deve ser obrigação transferir tecnologia e valorizar a mão de obra local, contribuindo de todas as formas possíveis para o desenvolvimento dos países africanos”, defendeu o ex-presidente.
Para baixar fotos em alta resolução, visite o Picasa do Instituto Lula.
Lula citou como exemplo o Programa de Desenvolvimento de Infraestruturas na Áfica (Pida – www.pidafrica.org). Os africanos mapearam as principais demandas de infraestrutura no continente e buscam parceiros para fazer essas obras acontecerem. Nos últimos 10 anos, desde a eleição de Lula presidente, o Brasil se tornou um parceiro importante do continente africano e empresas brasileiras estão presentes em diversas obras de infraestrutura na África.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na noite deste sábado (20) em Washington do jantar anual Bispo John T. Walker, organizado pela Africare. Maior organização afro-americana focada no desenvolvimento e assistência ao continente africano, a Africare fez nesta noite a entrega de sua premiação anual. Os homenageados da noite foram o presidente americano Barack Obama e o empreendedor africano das telecomunicações Mo Ibrahim.
Em 2010, o presidente Obama doou parte da premiação que recebeu com o Nobel da Paz para a Africare criar um programa de saneamento básico em Gana. Ele receberá um prêmio em reconhecimento ao impacto que sua atitude teve sobre a vida dos ganeses beneficiados pelo programa.
Lula, que foi o vencedor do prêmio de liderança (African Leadership Aeard) em 2011, em reconhecimento a suas “incontáveis contrubuições ao comércio, investimento e relações diplomáticas entre Brasil e África” enquanto foi presidente do Brasil. O governo Lula mudou a prioridade da política externa brasileira e trabalhou para ampliar as relações entre o Brasil e os países africanos. Foram 33 viagens presidenciais ao continente, com a criação de 19 novas embaixadas.
O prêmio de liderança deste ano foi entregue ao empresário sudanês Mo Ibrahim, um dos primeiros responsáveis pela popularização dos telefones celulares na África. Ao lado de diversas atividades filantrópicas, Mo Ibrahim criou a Mo Ibrahim Foundation, responsável por incentivar a democracia e transparência na África. Anualmente, a fundação confere um prêmio a ex-governantes africanos que trabalharam para melhorar a vida de seus cidadãos. Ele criou ainda um índice de governança para acompanhar os esforços dos governos africanos em uma governança democrática e responsável.
O jantar, com a presença de mil convidados segundo os organizadores, é uma oportunidade única para que vários atores interessados no desenvolvimento da África se encontrem e discutam oportunidades conjuntas de trabalho. Entre os brasileiros presentes estão o embaixador Paulo Cordeiro, subsecretário-geral político para África e Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores, diretores do Instituto Lula, consultores da FGV Projetos e representantes de empresas que são parceiras da Africare, como a Vale.
FONTE: INSTITUTO LULA

Nenhum comentário:

Postar um comentário