JC avisa: “Roger Agnelli quase quebrou a Vale”
Foto: Edição/247
Geólogo que fez as maiores descobertas minerais do Brasil nos últimos anos, João Carlos Cavalcanti alerta mercado sobre o megaprojeto de André Esteves, do BTG Pactual, e Roger Agnelli: "Não vai dar certo"; ele lembra que, na Vale, Agnelli tentou comprar a Xstrata por US$ 90 bi e foi impedido por Dilma
“Esse negócio que está sendo feito entre o Roger Agnelli e o André Esteves não vai dar certo”, crava a respeito da recém parida B&A Mineração, associação entre a AGN Agroindustrial de Agnelli e o BTG Pactual Participações. “Capital com capital, sem trabalho, não gera riqueza, é o homosseaxualismo da atividade empresarial”, diverte-se. Conhecido pela opinião franca, o geólogo é hoje fonte de informação dos principais meios de comunicação empresarial do planeta.
O centro da crítica de JC está na direção que Agnelli deverá impor ao novo negócio. “Ele não é geólogo, é contador. Vai se atrapalhar com o que tem pela frente”, aposta. Com capital de US$ 520 milhões, a B&A avisa que irá “explorar oportunidades de investimentos no setor de mineração com foco no Brasil, América Latina e África”. Desde já, é certo que parte do dinheiro será usado para aquisições. “Os sócios do Agnelli precisam ter cuidado”, alerta JC. “Na Vale, ele tentou comprar a Xstrata (mineradora australiana) por 90 bilhões de dólares, foi a Dilma que não deixou”, recorda. “A Vale teria quebrado ali mesmo”. Logo após a tentativa formal de compra, em 2008, quando a mineradora brasileira então presidida por Agnelli até mesmo saiu a mercado para captar recursos, a Xstrata perdeu substancialmente seu valor e chegou a ser avaliada em US$ 10 bilhões. No início deste ano, foi vendida à Glencore por US$ 26 bilhões.
JC, diga-se, é bom de previsões. Além das descobertas de jazidas minerais que o tornaram um dos homens mais ricos do País, ele se adiantou ao mercado financeiro na certeza de que os empreendimentos de Eike Batista em petróleo e gás, por meio da OGX, estavam envolvidos numa bolha de super estimativas. “O mercado comprou os olhos azuis de Eike e não o que ele efetivamente tem para vender”, disse JC à agência Bloomberg. Agora, em relação a seu olhar sobre o futuro da B&A, não custa lembrar o ditado: quem avisa amigo é.
Abaixo, notícia desta quinta-feira 12 do portal G1 sobre anúncio da criação da B&A Mineração:
O BTG Pactual anunciou na manhã desta quinta-feira (12), em fato relevante encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a associação com a AGN Agroindustrial, Projetos e Participações, empresa controlada por ex-presidente da Vale Roger Agnelli.
A associação formará a B&A Mineração que irá explorar oportunidades de investimentos no setor de mineração, com foco no Brasil, América Latina e África.
O investimento previsto será de US$ 520 milhões para custear o plano de negócios, desenvolvimento e expansão orgânica por aquisições da nova empresa.
A conclusão da operação está sujeita à verificação de condições típicas para esse tipo de negócio.
O anúncio da parceria acontece depois que no início deste mês, a BTG Pactual Participations vendeu fatia que tinha na holding focada em óleo e gás STR Projetos e Participações em Recursos Naturais (STR RN) por 699,7 milhões de reais.
fonte: brasil247
Nenhum comentário:
Postar um comentário