terça-feira, 1 de julho de 2014

Assessor do Aécio quer privatizar Universidades Públicas! Pode isso, produção?

Pode ser que você não lembre, caro leitor. Pode ser que você seja muito novo, ou que nunca tenha parado para pensar sobre isso, mas houve uma época em que o Brasil não construiu universidades durante muito tempo. Sim: o Muda Mais procurou, procurou, procurou, mas não achou nenhuma universidade construída durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (link is external), entre 1995 e 2002 (se você achar, manda pra gente!). Diferente do período dos governos Lula e Dilma, que terminará 2014 com 18 universidades e o recorde de 1 milhão de alunos em universidades públicas.
Certo, Muda Mais, e por que estamos relembrando isso? Ah, explicamos agora. O candidato tucano à presidência da República,  Aécio Neves - correligionário e amigo do FHC - ,muito fala sobre a importância do crescimento do ensino superior e técnico no Brasil (será que ele não ouviu falar sobre os 8 milhões de matriculados no Pronatec, criado pela Dilma? Ou até das 18 universidades federais e 173 campi construídos nos últimos 12 anos?), mas se esquece que o povo tem memória.
O seu assessor e integrante da agenda política e econômica (link is external), Samuel Pessoa, em artigo publicado no último domingo (29) na Folha de S. Paulo, defendeu integralmente a privatização das Universidades Públicas no Brasil (link is external), como você pode ver no trecho abaixo do texto, intitulado "Universidade Paga":
O ensino universitário deve ser pago. Note que esse fato independe de a instituição de ensino superior ser legalmente pública ou privada.
Em seu texto, o economista sugere o pagamento das mensalidades através do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), e esquece de grande parte da população pobre do país que só conseguiu entrar nas Universidades Públicas por meio da política de cotas (link is external), criadas no Governo Lula. Pessoa esquece também da criação do Prouni, que atende cerca de 3 milhões de pessoas no país, com bolsas de estudos parciais e integrais (e o DEM - que é a mesma coisa do PSDB - é contra...).
Pessoa reproduz a crença do seu partido, o PSDB: a mercantilização do ensino superior. Para o PSDB, o ensino é moeda de troca - ou de investimento: apenas quem é capaz de pagar tem direito a formação. Uma premissa bem diferente do que se tem visto nos governos mais recentes e progressistas do país: a universalização e interiorização das universidades e escolas técnicas no país, fomentando o desenvolvimento econômico e cultural de microrregiões, estimulando a estruturação setorial do país e a educação do seu povo.
O Muda Mais defende a universalização da educação no Brasil como prioridade e agenda primária de nossos governantes. A possibilidade de retrocesso, a privatização e a exclusão de milhões de brasileiros desta nova realidade que estamos vivendo não condiz com o Brasil que pode seguir em frente, falando do futuro.

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