Dilma discursa em visita às obras da P-74 no Estaleiro Inhaúma no Rio de Janeiro
O Brasil tem hoje condições de voltar a ter a segunda maior indústria
naval do mundo, como já aconteceu nos anos 80. A afirmação foi feita
nesta quarta-feira (11) pela presidenta Dilma Rousseff, ao visitar as
obras de construção da plataforma de petróleo P-74 no estaleiro Inhaúma,
no Rio de Janeiro.
“Durante muito tempo, lutamos para que o Brasil tivesse,
de fato, um ressurgimento grande da indústria naval. Hoje vim aqui e vi a
capacidade que nós temos de produzir, que temos trabalhadores capazes
de levantar essa produção e mostrar ao mundo aquela que foi a segunda
maior indústria naval do mundo nos anos 80 voltou e vai ser uma das
maiores indústrias navais do mundo”, afirmou.
A presidenta lembrou que, em 2003, quando era ministra de Minas e
Energia do governo Lula, constatou que não havia sequer dois mil
trabalhadores na indústria naval e hoje são 70 mil. “Os empregos eram
criados não no Brasil. Os japoneses agradeciam, porque era criado lá, ou
na Coreia ou em Cingapura”, disse.
“Diziam pra nós que não tinha jeito, que não tinha essa
história de fazer plataforma no Brasil, de abrir estaleiro, criar
empregos pra metalúrgicos que queriam obter postos de trabalho quando
abrisse a indústria naval. Era um sonho e que estávamos loucos. Vejo
aqui, novamente, o acerto da decisão para que construíssemos o que foi
possível aqui no Brasil. Que acreditássemos na qualidade do trabalhador,
que ele tinha capacidade de criar riqueza para esse país. Gerar emprego
para esse país. E, sobretudo, plataforma, sonda, tudo aquilo que a
indústria de petróleo e gás tinha poder de consumir, demandar e ser
oferecido”, afirmou.
Em entrevista
após visita às obras da P-74, Dilma disse estar realizada por
contribuir para o renascimento da indústria naval no Brasil. Ela afirmou
ainda que o pré-sal será “um instrumento e um passaporte para o futuro,
porque tem indústria naval e porque também nós destinamos os royalties e
metade do fundo social para a educação”.
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