domingo, 25 de agosto de 2013

Dra. Maria e Dr. Arthur ao “Dr. Puliça”: Minas é um lugar culto e pacífico

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Dra. Maria e Dr. Arthur ao “Dr. Puliça”: Minas é um lugar culto e pacífico

24 de agosto de 2013 | 13:00
O Dr. João Batista Gomes Soares recebeu, ontem, a melhor das respostas que poderia ser dada à sua histeria policialesca, dizendo que chamaria a polícia para prender, por charlatanismo, os médicos que chegassem do exterior sem o “Revalida”.
A resposta é o casal Arthur e Maria José Silva.
Ela portuguesa, ele brasileiro, médicos aposentados, com 65 e 64 anos, respectivamente.
Conheceram-se em Coimbra, estudantes de medicina.
Coimbra era para onde, no final do século 19, a nobreza brasileira mandava os filhos a estudar Direito, para quem não se recorda.
Trabalharam muito e estão aposentados. Arthur, carioca, quis voltar ao Brasil. Tem um irmão em Belo Horizonte.
Escolheram Minas, além disso, diz Maria José, por ser um lugar “culto e pacífico”.
Justamente o que não tem o comportamento do presidente do CRM mineiro.
Será que o Dr. Arthur e a Dra. Maria José, que trataram de pessoas em Portugal por mais de 30 anos, não servem para tratar dos pobres de Minas Gerais?
Será que o Dr. João Batista vai, com uma tropa de meganhas, surpreendê-los em plena consulta, para lavrar o flagrante de curandeirismo?
O Dr. Arthur lembra, além disso, que a precariedade dos meios materiais, jamais o impediu de atender aos portugueses pobres; portanto isso não o impediria de atender aos mineiros carentes.
Tão diferente do doutor “Puliça” , que vive usando a desculpa da – verdadeira, verdadeira, sim – precariedade para justificar a recusa dos médicos brasileiros de atender à população…
“Quando comecei a trabalhar em Portugal como médico de família… Eu costumo dizer que fui trabalhar em uma garagem transformada em centro de saúde. Portanto, estou habituado a qualquer tipo de trabalho”
Junto com eles chegaram outros dois médicos, os que vão na frente, na foto.
Carlúcio Avelino de Souza, de 40 anos, vai para Rio Pardo de Minas, perto da sua cidade natal, Salinas, no Norte do estado. Nascido em Abadia dos Dourados, no Alto Paranaíba, Sidney Tomás da Cunha, de 45, ficará em BH. Carlúcio e Sidney são graduados na Universidade de Cádiz (Espanha), e trabalhavam em Portugal.
Nenhum deles entende o ódio do Dr. João Batista.
“Não entendo isso, porque temos formação altamente qualificada. Toda a vida tivemos trabalho muito intenso”.
Talvez não entendam porque, exceção à Dra. Maria José, tenham saído do Brasil quando os médicos ganhavam uma miséria, mas muitos deles ainda encaravam sua profissão como algo maior do que uma fonte de renda.
Quanto aos erros, que o Dr. João Batista diz que não vai socorrer, é bom que pense com mais humildade. Erro pode acontecer com todo mundo, até com ele próprio.
Afinal, não foi um erro a aposentadoria do Dr. João Batista ter ficado sustada no Tribunal de Contas da União por irregularidades processuais que alguém cometeu?
Tomara que o doutor tenha tido ajuda e que ninguém o tenha julgado com ódio e precipitação.
Por: Fernando Brito

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