Presidenta
Dilma Rousseff durante discurso na abertura da 67ª Assembleia-Geral das
Nações Unidas. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff condenou hoje (25) a violência na Síria e
afirmou que a maior parte da responsabilidade pelo conflito armado
recai sobre o governo de Bashar al-Assad. Ao discursar na abertura da
67ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, Dilma disse que a oposição síria
também tem responsabilidade e apelou às partes em conflito para que
deponham as armas. Ela defendeu a diplomacia e o diálogo como única
opção para encerrar a crise na Síria.
“Assistimos consternados à evolução da gravíssima
situação da Síria. O Brasil condena, nos mais fortes termos, a violência
que continua a ceifar vidas nesse país. A Síria produz um drama
humanitário de grandes proporções no seu território e em seus vizinhos.
Recai sobre o governo de Damasco a maior parte da responsabilidade pelo
ciclo de violência que tem vitimado grande número de civis, sobretudo
mulheres, crianças e jovens. Mas sabemos também da responsabilidade das
oposições armadas, especialmente daquelas que contam com apoio militar e
logístico de fora”, disse.
No discurso, a presidenta pediu o fim do embargo econômico à Cuba e voltou a defender a criação de um Estado Palestino.
“Reitero minha fala de 2011, quando expressei o apoio do
governo brasileiro ao reconhecimento do Estado Palestino como membro
pleno das Nações Unidas. Acrescentei, e repito agora, que apenas uma
Palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios de
Israel por paz com seus vizinhos, segurança em suas fronteiras e
estabilidade política regional”, afirmou.
A presidenta também reafirmou o pleito brasileiro pela reforma do
Conselho de Segurança das Nações Unidas. Segundo Dilma, a crise iniciada
em 2008 mostrou que é necessário reformar os mecanismos da governança
mundial.
“As guerras e os conflitos regionais, cada vez mais
intensos, as trágicas perdas de vidas humanas e os imensos prejuízos
materiais para os povos envolvidos demonstram a imperiosa urgência da
reforma institucional da ONU e em especial de seu Conselho de Segurança.
Não podemos permitir que este Conselho seja substituído – como vem
ocorrendo – por coalizões que se formam à sua revelia, fora de seu
controle e à margem do direito internacional (…) O recurso fácil a esse
tipo de ação é produto desse impasse que imobiliza o Conselho. Por isso,
ele precisa urgentemente ser reformado”, defendeu.
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