quarta-feira, 2 de abril de 2014

Resposta à reportagem da Folha de S. Paulo sobre obras da Petrobrás

31 de Março de 2014
Na sexta-feira (28/3) o jornal Folha de São Paulo enviou um levantamento à assessoria do Ministério do Planejamento sobre supostos atrasos e aumento em valores de obras do PAC 2. A resposta enviada pela assessoria alertava para a inconsistência metodológica do levantamento, pelo fato de considerar valores de sete anos atrás sem considerar nem a inflação e nem a variação cambial do período. 
 
Após a resposta enviada pelo Ministério do Planejamento, a reportagem recuou e passou a considerar a inflação do período na matéria publicada hoje (31/3) com o título "Custo de obras da estatal no PAC sobe 30%". Mesmo assim continuou inconsistente metodologicamente por desconsiderar a variação cambial do período. 
 
Segue resposta na íntegra que foi encaminhada ao jornal na sexta-feira (28/3).  
 
O Ministério do Planejamento considera que o levantamento feito pelo jornal Folha de São Paulo é inconsistente em termos metodológicos. A comparação é feita com valores de sete anos atrás, sem considerar, nem a inflação, nem a variação cambial do período. 
 
Além disso, a análise desconsidera totalmente o contexto histórico de retomada das grandes obras no Brasil. O país estava há duas décadas sem fazer grandes investimentos em infraestrutura. Para se ter uma ideia, a área de petróleo ficou 30 anos sem construir uma refinaria e 20 anos sem construir nenhum navio de grande porte. Com o início do PAC, em 2007, o planejamento e os investimentos em infraestrutura no País foram retomados. Apenas nessas duas áreas, duas novas grandes refinarias estão em construção, 13 foram reformadas, sete navios de grande porte e 15 plataformas de petróleo foram entregues.  
 
Vale destacar que todo esse processo de retomada dos investimentos priorizou a produção nacional, criando oportunidades de crescimento da indústria de bens e serviços, criando empregos, gerando riquezas e divisas para o Brasil.
 
A retomada desse processo implicou em superar algumas dificuldades como, por exemplo, a falta mão de obra qualificada, poucas construtoras estruturadas e com capacidade de execução, baixa capacidade do setor público e privado para a elaboração de projetos. 
Dessa forma, alguns empreendimentos tiveram suas estimativas de valor baseadas em projetos preliminares e num contexto de mercado desaquecido.  O que acarretou aumento nos valores iniciais de algumas obras, além da necessidade de modificações nos cronogramas.
 
Mesmo assim, temos diversos exemplos de antecipações de datas de conclusão ou início de operação de empreendimentos, bem como redução de valores. Como por exemplo, Campo Sapinhoá – Piloto de Produção que antecipou a data de conclusão em três meses; Campo de Lula – Piloto 2 de Produção que reduziu o custo em R$200 milhões e antecipou a conclusão em um mês; plataforma P-58 – Parque das Baleias que foi concluída na data prevista; e o Sistema Logístico de Etanol que reduziu o investimento em R$800 milhões. 

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