quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

País necessita ter tecnologia própria

 

Como podemos dizer que produzimos avião se o sistema inercial de voo, computador de bordo, motor, e até a hélice é importada dos americanos, a grande verdade é que apenas criamos carcaça de aeronaves, tanto é que o governo americano impediu a venda de tucanos para a venezuela, esse país pode dizer que é dono do que produz?

 O Governo brasileiro, precisa investir e gerar a estrutura para que se possa construir seus próprios aviões com peças 100% nacional, mas não se pode pensar que empresas privadas farão isso pela nação.

Saiu no Tijolaço, abaixo:

Protecionismo é ruim só quando é nosso

A decisão dos EUA de cancelar a compra dos aviões Super-Tucano (20 unidades, com possibilidade de chegar a 55 aeronaves) para treinamento de sua Força Aérea não tem nenhuma razão formal ou burocrática.
É o bom e velho protecionismo em ação.
A Embraer cumpriu todas as regras: associou-se a uma empresa americana, ia produzir lá 80% da aeronave – aqui, nossas exigências de conteúdo nacional raramente superam os 65% -  e não havia questões de tecnologia a transferir.
Ao contrário, aliás, o fato de o avião da Embraer contar com sistema inercial de voo, computador de bordo, motor, hélice, e outros sistemas de origem norte-americana foi a razão para aquele país impedir-nos de vende-lo à Venezuela.
Mas na hora de ceder à pressão do lobby da Beechcraft e da Lockheed, aí os aviões não são “suficientemente americanos”.
E é claro que isso tem a ver com a questão da compra dos caças do programa FX-2, no qual os americanos querem nos vender os F-18 da Boeing.
E os bobocas aqui dizendo que o que vale é a “análise técnica” dos aviões. A oficial-aviadora Eliane Cantanhede, da esquadrilha da Folha, então, é brevetada nisso.
A possibilidade de um avião destes ser prejudicado em combate por um fiapo tecnológico é tão perto de zero que não é possível nem imagina-la.
Mas o poder gerado pela transferência de tecnologia e pela capacidade nacional de realizar, em ponto maior, projetos bem sucedidos como o do Super-Tucano é evidente.
E tecnologia, no poder bélico hoje, como em todos os tempos, é a verdadeira arma.  Abrir mão dela é desarmar-se.
O que não seria mau, se todos os fizessem. Mas não fazem.

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